Capítulo 18

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— O que vamos fazer? — Ron perguntou correndo atrás de Harry.

Eles subiram o lance de escadas e continuaram até a sala de DCAT.

— Lockhart pode ser incompetente mas vai tentar entrar na Câmara — o moreno respondeu entrando na sala — precisamos contar a ele o que descobrimos.

Lockhart não seria sua escolha para nada naquela escola, sendo muito sincero, mas Harry não vai negar que por mais impressionante que pudesse ser a ideia do loiro sendo um herói e enfrentando o brasílico, ele queria acreditar que isso era real.

Eles precisavam vencer o brasílico ou a escola seria fechada para sempre, e acima de tudo eles tinham que salvar Gina.

A irmãzinha de Ron não deveria ter se envolvido nisso, na verdade ninguém deveria ser vitima disso, mas se ele parasse para pensar talvez questionasse porque ela, uma sangue puro, foi levado ao invés de outro nascido trouxa. Mas ele não tinha que questionar sobre isso.

Ron já teve muitas razões para temer nos últimos dias, ele teve pesadelos na noite anterior depois do encontro deles com as tarantulas e agora isso.

Aquele momento, ao lado de Fred, George, Percy e Ron, quando a professora McGonagall contou a eles sobre o desaparecimento de Gina foi um dos piores de sua vida. Ele se sentiu tão incapaz e inutil quanto quando Hermione foi atacada.

A frase escrita a sangue na parede continuava assombrando sua mente.

O ESQUELETO DELA JARÁS NA CÂMARA SECRETA PARA SEMPRE

Harry faria algo para reverter isso, nem que fosse apenas contar o que descobriu a Lockhart.

Eles alcançaram as escadaria no fundo da sala de aula, subindo a até o mezanino e batendo na porta do escritório do professor.

Eles não esperaram por um convite, apenas abrindo a porta. Harry deu um passo para trás tentando entender a cena a sua frente. Estava sendo arrumado, guardado como se alguém estivesse se preparando para sair.

Uma bagunça de malões para todos os lados.

— Está indo a algum lugar? — Ron perguntou tão confuso quanto Harry.

Lockhart os encarou por meio segundo assustado, antes de começar a olhar para todos os lugares menos para eles. Seus olhos azuis arregalados, como um cervo pego no farol de um carro.

O professor balbuciou algumas coisas inteligíveis por alguns segundos antes de explicar que tem algo urgente a fazer, longe de Hogwarts.

— Mas e a minha irmã? — A confusão de Ron começou a ser substituída pela raiva, e Harry o estava acompanhando nesse sentimento.

Como ele pode só abandonar Gina, e a todos os outros. Com um simples: Eu lamento por ela. Lockhart se diz um herói, um grande, poderoso e impressiona-te bruxo, mas é só um covarde estupido assim como Harry imaginou.

— Você não pode ir agora — Ron tomou a frente, enfrentando Lockhart — você é o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

O loiro tentou dar a volta na mesa.

— Quando aceitei o emprego não tinha nada que dizia sobre...

— Você está fugindo — Harry bloqueou seu caminho enquanto falava — depois de tudo que você diz que fez.

— As histórias podem ser enganosas.

— Foi você quem escreveu — Ron rebateu.

O professor teve audácia de tentar se defender com uma história meia boca sobre venda de livros.

— O senhor é uma fraude — Harry cuspiu de volta — todos estavam certos.

— Tem alguma coisa que você saiba fazer direito? — Ron perguntou

— Oh, sim — Lockhart sacou a varinha, os meninos fizeram o mesmo — eu sou especialista em tipo de feitiço especifico, mas não se preocupem ele não machuca...

Expelliarmus — Harry lançou.

A varinha de Lockhart voou e Ron a pegou no ar. O homem ficou parado enquanto tinha duas varinhas apontadas para ele.

— Bom, nós vamos resgatar a minha irmã.

[...]

Eles entraram no banheiro feminino ouvindo os sons de lamento da Murta, algo normal a essa altura. Ela vagava pelo centro do banheiro em vez de se esconder em uma das cabines.

A fantasma, agora que Harry pode entender ser apenas uma aluna, realmente parecia jovem. Ela morreu a cinquenta anos, mas ela perpetuamente terá sua aparência de quatorze, com seu cabelo escuro preso em duas maria-chiquinha, seus óculos redondos muito parecidos com o do próprio Harry, e seu uniforme completo da Corvinal.

Agora, olhar para ela era apenas deprimente. Esse pode ser o futuro de Gina se eles não a salvarem.

Ela se virou zangada quando os ouviu entrar.

— Quem está ai? — então sua expressão mudou e ela sorriu fracamente — Olá Harry, o que você quer?

Isso deve ser considerado indelicado, Harry nunca perguntou a um fantasma antes sobre quais eram as normas ao se falar com um deles, se perguntar sobre sua morte era educado ou não, apesar de que provavelmente ele não gostaria de contar se fosse ele a alma penada vagando por ai, mas ele tem que saber, isso é uma questão de vida o morte. A educação pode esperar.

— Quero saber como você morreu?

— Oh, foi horrível — ela desceu em direção ao trio — foi bem aqui nesse box — ela apontou para a última das portas na fileira de cabines — Olivia Clebberg estava caçoando dos meu óculos, então me escondia aqui. Eu estava chorando quando ouvi alguém entrar.

— Quem era Murta.

— Eu não vi — o humor dela mudou para zangado novamente — eu estava distraída. Mas ouvi alguém falando uma língua estranha, percebi que era um menino, quando eu sai para mandá-lo ir embora...morri.

— É só isso, só morreu?

— Você não viu mais nada? — o ruivo perguntou.

— Eu vi olhos amarelos e então eu morri — ela levitou para longe choramingando — eles estavam bem ali naquela pia.

O trio se aproximou das pias em circulo.

Harry olhou mais de perto, ele não tinha notado antes, mas havia uma cobra cravada na torneira de prata.

— É aqui — ele apontou a Ron — a entrada da Câmara Secreta.

Mas como abrir?

— Diga alguma coisa — Ron disse — Fale algo em língua de cobra.

Abra — a palavra saiu de seu lábios como sempre, mas pelo aceno aprovador de Ron, ele tinha feito isso em ofliglocia.

Harry prendeu a respiração esperando pelo que vinha a seguir, eles realmente não planejaram isso.

As pias começaram a tremer e se mover para frente, abrindo em um circulo cada vez maior, ele se moveram para trás alguns passos.

Quando as pias pararam de se mexer eles finalmente puderam ver um enorme buraco no chão, pouco menor do que o formado pelas pias.

Harry se aproximou e olhou para dentro, não dava para ver nada apenas o escuro, nem mesmo um indicio do fundo.


— Bom, isso foi impressionante —Lockhart disse pela primeira vez desde que entraram no banheiro, ele dava passos lentos para trás — nós devemos...

Ele foi interrompido pelos meninos apontando suas varinhas para seu rosto.

— O senhor primeiro.


Câmara Secreta: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 2)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant