Câmara Secreta: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 2)

Capítulo 3

Regulus Black se sentou em seu lugar de sempre, na ponta da longa mesa dos professores, diretamente à frente da mesa da Sonserina. Ele fez o possível para ignorar sua antipatia por Lockhart em prol do melhor para seus alunos, ele não poderia simplesmente jogar todos os seus anos de trabalho duro para fazer seus sonserinos e os outros alunos em geral respeitarem uns aos outros, ou pelo menos não serem preconceituosos. Isso não vai ser jogado ao vento só porque Regulus acha que o loiro não tem a menor capacidade, quem dirá qualificação, para ser professor, ainda mais de algo tão importante quanto DCAT.

Pobre dos alunos que não terão aulas de qualidade, mais uma vez. Apesar de que, se ele pensar um pouco mais a fundo no assunto, Quirrell ainda ensinou aos alunos a maior parte do ano, antes de tentar roubar a Pedra Filosofal.

Com um suspiro interno ele aceita que terá que dar aulas extras dessa matéria em particular, principalmente para os alunos que estarão fazendo as provas de NOMs e NIEMs esse ano.

Será que custaria muito contratar um professor bom para essa matéria em específico? 

Tudo culpa de uma maldição.

Pelo menos é o que os professores dizem, a tantas lendas e maldições que podem existir realmente ou não pelo castelo.

Os alunos mais velhos começaram a tomar seus lugares nas mesas de suas respectivas casas. Essa noite assim como a do banquete da noite em que a Taça das Casas é entregue a casa vencedora, são as únicas noites em que as crianças e jovens precisam se sentar nas mesas específicas de suas casas, o resto do ano não há tanto rigor contra a se sentar com seus amigos ou irmãos em outros lugares, ainda assim era normal a maioria se manter em seus respectivos lugares.

Um mar de crianças e adolescentes tornavam o salão antes tranquilo e quase silencioso em uma plena cacofonia.

Assim que todos se sentam, Dumbledore dá suas breves palavras antes de anunciar o início da seleção das casas, os novos alunos entram pelas enormes portas de madeira escura. Uma fila de crianças de onze anos com seus rostos com várias expressões de espanto, felicidade e nervosismos, enquanto elas caminhavam no corredor do meio até as escadas onde o banquinho com o velho chapéu estava depositado.

Há menos crianças do que no ano passado, talvez algo por volta de metade da quantidade de alunos que começaram no ano passado.

Em meio as cabeças ele notou os fios vermelhos muito característicos dos Weasley, Regulus sabia por informações ditas por Percy e Charles Weasley de que eles possuíam uma irmã, a caçula e única mulher da família.

— Aquela garota — Stevens disse inclinando levemente na direção dele.

Ela se sentou ao lado dele como fazia normalmente, sempre foi mais fácil assim para que eles pudessem conversar, e julgar Dumbledore e os outros professores.

— A loira, não é a filha da Pandora?

Regulus seguiu o olhar, a menina em questão estava um pouco à frente da garota Weasley. Ela tinha o cabelo loiro claro, apenas mais escuro do que o de Draco, e um brinco de morango pelo que ele podia ver de onde estava se destacando contra a pele pálida.

— Sim, e ela — Regulus responde, a tristeza se infiltrando em seu tom.

Ele tentou disfarçar, mas não foi rápido o suficiente, Stevens estava olhando para ele com um olhar triste.

Era de conhecimento geral em sua época como estudante que Regulus e Pandora eram amigos, eles estavam sempre juntos, até o sexto ano quando ele recebeu a marca e se afastou de todos.

Foi doloroso para ele se afastar da única pessoa que não esperava que ele simplesmente se tornasse um Comensal da Morte. Ela era uma pessoa esperta e impiedosa em certos momentos, mas também era gentil e caridosa.