Capítulo 12

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— Você está bem, Black?

Regulus desviou o olhar dos dois garotos vestidos com trajes da sonserina, ele deveria ter pressionado por mais detalhes, mas ele está quase atrasado e mesmo sem flagrar os dois garotos, essa noite já seria ruim o suficiente.

Todos parecem saudáveis e seguros, então ele decidiu relevar isso por hora. Deus sabe que ele está estressado nos últimos dias por causa de toda essa confusão de Câmara Secreta.

Ele adoraria se trancar em seu quarto e dormir por dois dias inteiros, mas um dia — mais de dez anos atrás — ele disse sim à proposta de trabalhar em Hogwarts como professor de Poções e diretor da casa Sonserina. Mais ou menos na mesma época que ele aceitou seu lugar entre o Wizengamot como lorde e chefe da casa Black.

Os arrependimentos que ele tinha de suas estúpidas decisões da juventude.

— Preciso de uma bebida — ele respondeu. Sua cabeça já doía e ele nem chegou ao Ministério para o baile de natal ainda.

Ele suspirou muito cansado, e se virou para Stevens. Ela estava usando um vestido azul escuro com uma capa preta por cima, as cores mais escuras que ele a viu vestindo nos últimos meses.

— Tenho certeza que terá de sobra no baile — ela disse inclinando a cabeça para o lado, os olhos semicerrados avaliando-o.

— Bem, vamos — ele ofereceu o braço a ela — não quero que Nott tome todo o bom álcool sozinho.

Ela parecia querer dizer algo, mas pensou melhor e só aceitou o braço.

Inicialmente, Regulus apenas iria para o baile do Wizengamot porque ele evitou ir nos últimos dois anos e ele realmente precisava fazer um pouco de política. Mesmo que isso seja uma forma de tortura, considerando que ele terá que lidar com seus antigos companheiros de ceita, e todos eles continuam tão despreziveis quanto quando eram jovens.

Mas agora ele teria que tentar arranjar respostas de Lucius sem entregar que foi por meio de Draco que ele ficou sabendo. O que considerando sua particular escolha de repudiar aberta e publicamente o Lorde das Trevas e todos os seus atos, tornava as coisa mais difíceis principalmente com aquele loiro aguado.

Pelo menos não seria só sua noite a ser uma chatice interminável. Stevens estava indo a festa com ele apenas porque estavam saindo do mesmo lugar, Hogwarts. Ela para seu contínuo azar estava em um encontro semi a cegas com algum conhecido de seu cunhado.

Isso teria sido divertido de assistir, mas agora ele tem que submeter a si mesmo a arrogância de Malfoy.

[...]

Ele tentou, Regulus diria isso até o último dia de sua vida, ele tentou. Mas aguentar os longos monólogos de Lucius sobre as suas besteiras antiquadas o levou muito perto do limite.

Muito perto de dar um soco ou azarar o idiota depois de mais um comentário misógino sobre uma Auror, que esteve no grupo dos quais foram a Mansão Malfoy em uma investigação para apreender objetos de magia das trevas.

Ele e Narcisa estavam se lamuriando como vítimas de uma perseguição infundada do Ministério contra eles, porque como Malfoys eles são uma família muito rica e influente e não deveriam ser tratados assim.

Regulus nunca foi grato as aulas de sua mãe — por motivo de ela o punir sempre que falhava em algo — principalmente as sobre boas maneiras e como se portar perto de outras pessoas, como não deixá-los saber o que você está pensando, tudo isso são memórias ruins de sua infância, mas muito útil hoje em dia.

Na verdade, mesmo que ele quisesse não ter passado por nada disso, todos os ensinamentos de sua mãe o salvaram. Todas as coisas sobre ser superior, sobre se comportar em público, sobre controlar suas expressões e principalmente sobre Oclumência em geral foi o que o permitiu sobreviver a Voldemort enquanto era um de seus seguidores, e a Dumbledore agora.

Câmara Secreta: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 2)Where stories live. Discover now