Capítulo 7

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Harry nunca se importou muito com o feriado do Halloween, mesmo quando se achava nada mais do que uma aberração, como os Dursley gostavam de dizer, ele nunca achou o feriado grande coisa. Ele não podia sair para pedir doces nem ganhava algo do que Duda ganhava. Então era só mais um dia qualquer para ele.


Quando descobriu ser um bruxo esse dia em particular não ganhou nenhuma luz mais feliz. Ele descobriu que foi na noite do Halloween que Voldemort matou seus pais e destruiu o que sua vida poderia ter sido. Não havia muito o que comemorar no dia 31 de outubro.

Mesmo em Hogwarts onde um banquete especial ocorria na noite do Dia das Bruxas, a data não lhe trouxe memórias melhores para a data. Trouxe memórias inesquecíveis — Trasgo nos corredores — mas não tão boas assim.


O dia 31 de Outubro também é o aniversário de morte do fantasma patrono da Grifinória, Nick-Quase-Sem-Cabeça, e esse ano o fantasma convidou Harry, Ron e Hermione para a festa.

Harry não sabia exatamente o que esperar da festa, mas percebeu muito rápido que não era tão divertido assim. Ele, Ron e Hermione ficaram unidos por todo o tempo que ficaram entre todos os inumeros fantasmas.


Eles tentaram, mas pirraça era um ser do caos e conviver com ele, mesmo que por pouco tempo ou em uma festa é muito irritante. O poltergeist parecia só temer uma coisa e é o Barão Sangrento, o fantasma da Sonserina, fora ele, Pirraça estava mais do que disposto a estragar a mente de todos.

Um dos alvos dele foi a Murta, ela é uma fantasma de alguém que morreu jovem, ela usava o uniforme da escola em um tom cinza transparente, a única distinção que os diz de qual casa ela foi é o emblema de corvo.


A fantasma estranha e chorona parece sempre ter lágrimas para derramar, mesmo estando morta. Hermione tentou ser legal com ela e só desencadeou a fantasma gritando que a morena é mentirosa e mais choro.

— Vamos embora — Ron murmurou para Harry — podemos pegar parte do banquete ainda.


Harry concordou, não é como se tivesse algo ali para eles comerem. Depois de felicitarem o aniversariante, e mentirem descaradamente sobre estar se divertindo, eles esperaram alguns minutos antes de se despedirem e saírem de mansinho.

— Espero que o pudim não tenha acabado — Ron disse.


Harry podia ver o ruivo salivando enquanto falava sobre as comidas que estavam sendo servidas. O moreno estava distraído quando ouviu algo estranho.

— Cortar... rasgar... matar...


Harry franziu as sobrancelhas enquanto olhava ao redor, a voz era muito estranha, assustadora e fria. Ele ouviu essa voz na sala de Lockhart a vários dias atrás, mas Harry preferiu deixar para lá, mas agora estava ao que parece muito mais perto.

Harry tropeçou, apoiando as mãos na parede ele apertou os olhos para tentar entender de onde vinha a voz nesse corredor mal iluminado.


— Harry? — Hermione perguntou preocupada, colocando a mão em seu ombro — o quê...?

— Estou ouvindo uma voz — ele respondeu rápido — silêncio.

— ... tanta fome... tanto tempo...

— Ouçam — Potter disse aos amigos, não era possível que eles não estejam ouvindo.


— matar... hora de matar...

A voz estava se distanciando, seguindo pelo corredor, ficando mais fraca. Ele olhou fixamente para o horizonte, o corredor ficava mais escuro a ponto de não dar para ver a parede que ficava no fim dele.


Câmara Secreta: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 2)Where stories live. Discover now