Capítulo 10

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Regulus Black

Regulus estava irritado, talvez isso fosse meio inerente a qualquer um que passe muito tempo com Dumbledore. É só olhar para Minerva para atestar isso, Regulus tem certeza que ela seria muito menos estressada se fosse professora em qualquer outro lugar.

Conviver com Lockhart estava ajudando a piorar seu humor, como se uma criança petrificada não fosse o suficiente para isso.

Toda essa coisa de Câmara Secreta é um grande pesadelo. Regulus se lembra daquele momento na reunião de professores no final de julho, quando ele pensou que nada poderia ser pior do que Lockhart. Ele sentia uma enorme saudades dessa época.

Na manhã após encontrarem o pequeno Convery petrificado, ele desceu até as estufas para poder falar com Sprout sozinho e ver as mandrágoras. Infelizmente, apesar de estarem saudáveis, as plantas ainda eram muito pequenas para fazer o tônico, e lembrando o quão lentamente elas cresciam, ele calculou que levaria muitas semanas antes de poder ter paz novamente.

Mesmo que ele tentasse se distrair com seu trabalho, os próprios alunos não o deixavam esquecer de que algo muito errado estava acontecendo.

Pelos corredores de Hogwarts, muitos alunos — principalmente da Lufa-Lufa e Corvinal — estavam chamando Harry Potter de Herdeiro da Sonserina. Isso ocorreu por vários dias, a ponto de claramente deixar o garoto desconfortável.

Apesar de que, quem realmente se sentiria confortável sendo praticamente chamado de assassino?

Em algum momento os gêmeos, Fred e George começaram a andar junto a Harry e seus amigos, anunciando em voz alta que o herdeiro estava se aproximando. Isso afastou os alunos e fez com que eles parassem de falar isso abertamente na frente do garoto.

Regulus tentou vetar isso, funcionou em sua aula a maior parte do tempo. Mas ele realmente estava mais preocupado com as outras coisas.

Enquanto ele esperava as mandrágoras crescerem o suficiente, ele passou seu tempo livre — que não era tanto assim — tentando descobrir o que realmente estava acontecendo e quem estava fazendo aquilo.

Ele cavou tudo que sabia sobre a Câmara Secreta, e nada do que descobriu melhorou o seu humor.

A lenda era basicamente de que Salazar ficou puto porquê era um tremendo escroto purista de sangue que brigou com os outros fundadores de Hogwarts e decidiu ir embora. E por alguma razão além da lógica, decidiu colocar um tipo de monstro em uma câmara que ninguém mais sabia onde ficava.

— O que quis dizer com novamente? — Regulus perguntou a Dumbledore durante sua reunião quinzenal com o velho diretor — quando falou sobre a Câmara Secreta sendo aberta?

— Há muitos anos atrás — Dumbledore respondeu coçando o queixo barbado — antes mesmo de eu ser diretor. A Câmara Secreta foi aberta, alguns alunos foram vítimas de petrificação como Convery e... bem, uma pobre aluna foi uma vítima fatal.

Coloca muitos anos nisso. Regulus pensou consigo mesma.

Algo clicou em sua mente, ele lembra alguma coisa. Muito tempo atrás sua mãe em alguma conversa que ele realmente não estava prestando atenção.

Walburga, a velha bruxa amarga que era sua mãe, comentou com desdém e zombaria a morte de uma nascida trouxa em sua época de escola. Algo sobre o Herdeiro de Salazar ter tentado cumprir as vontades de seu antepassado e expurgar os sangues ruins de Hogwarts. Regulus não se lembra exatamente do que sua mãe disse sobre isso, não foi nem com ele que ela estava falando naquele momento.

Havia só um herdeiro de Salazar Sonserino que Regulus teve a infelicidade de conhecer.

— Quando foi isso? — ele perguntou — especificamente.

Câmara Secreta: Regulus Black, O Mestre de Poções (Livro 2)Where stories live. Discover now