XXIV - Park, acordou

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Semanas se passaram, minha mente não dava descanso e meu humor não estava um dos melhores desde que voltei do Havaí.

Hajun e Hoseok me contaram que por Junseo ter adotado o filho, o garoto tinha escolha se assim os pais adotivos permitirem dele permanecer com o seu sobrenome, e, talvez possa ser isso que tenha acontecido.

Por sorte tinha essa possibilidade, pois assim eu tenho caminho com Junseo para buscar pelo seu filho quando eu bem quiser. Porém eu estava focado agora na morte da minha mãe e em saber quem foi o filho da puta que inventou a mentira de estar sendo "amigo" do outro mafioso. Isso ainda não faz sentido!!

Não vou atrás de Yang, não irei citar nomes de outros mafiosos e mesmo que eu não faça ele irá acabar descobrindo de alguma forma que eu conversei com o havaiano e aquilo não seria nada bom. Então vou manter isso longe dele por um tempo.

Jungkook... as coisas entre nós tem andado um pouco diferente do que era antes, os dias no Havaí foram bons demais, mas tudo se tornou tão mais intenso e com carícias, beijos e palavras sendo trocadas que me faziam ficar doido por cada coisa vindo dele. Claro, a conversa que tivemos ainda me assombrou nos primeiros dias, porém, foi deixada de lado quando percebi que aquilo iria me afetar.

Ontem foi aniversário dele e nós passamos a noite juntos em seu apartamento, depois fomos para a boate onde fiz questão de observar todas as mulheres e homens que o parabenizaram com uma dança em cima do palco. Foi engraçado ver sua reação com as mulheres e homens, ele demonstrou total desinteresse nas danças e fez careta quando uma das mulheres sentou em seu colo.

O barulho do celular tocando me tirou dos meus devaneios, o que me fez encarar a tela brilhando com o nome do médico responsável pelo meu pai.

Boa tarde, Park! - Seu tom de voz soou alegre e esperançoso, o que fez com que eu me ajeitasse na cadeira e respondesse seu cumprimento. - Espero que esteja tudo bem com você.

ㅡ Estou bem e você? - Indaguei e ele respondeu que estava ótimo. - Bom...

Seu pai acordou essa manhã, estava sob efeito de remédios pois se assustou e convulsionou, agora ele está acordado e não para de falar de você.

Me levantei rapidamente da cadeira e senti meu coração acelerar pela felicidade imensa que me tomou por estar escutando essas palavras. Há quanto tempo eu esperei por isso.

Avisei que estava indo e fui rápido em ir até o carro sem avisar ninguém da mansão e segui até o hospital em alta velocidade. A ansiedade era muito grande e eu tentava imaginar como seria o ver depois de tanto tempo, agora acordado, falando e me olhando. Ele iria me responder depois de anos sem dizer nada.

Em passos apressados, segui rápido até a recepção, deixando o meu nome ali e caminhando rápido até o quarto do senhor Park. A porta estava aberta e as falas eram baixas no cômodo, sentia todo o meu corpo tremer em nervosismo, ansiedade e todas as emoções que agora eu não sei descrever. Era o meu desejo nesse momento se cumprindo depois de tanto esperar.

Soltei uma respiração funda e dei pequenos passos até adentrar o cômodo, olhando por todo ele até encarar o homem que estava sentado no colchão com as costas apoiadas na cama inclinada para que ele se sinta confortável. Meus olhos inundaram pelas lágrimas, meu coração palpitou forte dentro da caixa torácica e depois de tantos anos, pude finalmente observar o meu pai desviando o olhar em minha direção e abrir um sorriso grande.

Caminhei até ele sem me importar com o médico que estava ali e o abracei tentando não colocar nenhuma força pois ele ainda estava fraco e eu não queria o machucar justo agora que ele está bem.

ㅡ Eu senti tanta a sua falta, pai. - Murmurei em um tom extremamente baixo.

ㅡ Meu pequeno, Jimin. - Sussurrou com a voz desgastada e um pouco fraca. - Estou aqui agora, filho.

Between Love And Lies (PJM+JJK)Onde histórias criam vida. Descubra agora