45 Músicas para Park Jimin | ᴊᴊᴋ + ᴘᴊᴍ

031 | As long as we're together, does it matter where we go?

Gabrielle Aplin - Home

Abrindo os olhos, Jimin soltou um suspiro cansado ao perceber que ainda estava em seu quarto, o que significava que toda aquela discussão havia de fato acontecido. Não queria sair de lá, não queria continuar naquele ambiente que apenas lhe despertava sentimentos ruins, mas não tinha escolha. A festa seria naquele dia, então tudo o que poderia fazer era apenas torcer para que tudo acabasse logo para que enfim ele pudesse ir embora.

Ainda deitado, ele se forçou a rolar até a janela que ficava na parede em que sua cama estava encostada e a abriu, dando uma olhada em como estava o dia. O tempo nublado refletia o que se passava dentro de si, e tudo o que ele conseguiu foi pensar em como aquele dia era perfeito para ficar trancado no quarto sem fazer barulho e fingindo não existir.

Mas os preparativos para aquele evento grandioso que seus pais pareciam preparar já haviam tido início e não seriam interrompidos pelo seu desconforto em fazer parte da festividade. Encostado no parapeito, ele observou a grande estrutura sendo montada no jardim, bem como as mesas sendo carregadas e os decoradores trabalhando incansavelmente seguindo as orientações de sua mãe.

Soltando um suspiro cansado, ele se dirigiu até o closet onde buscou algo confortável para vestir. Acabou optando por um moletom na cor rosa que havia ganhado de Taehyung e uma saia branca que gostava muito.

Penteou os cabelos e deixou o seu esconderijo, descendo as escadas e ignorando os olhares das equipes de decoração que não estavam acostumados com o seu estilo e agora se encontravam espalhados pelo primeiro andar da mansão. Sabia que não diriam nada — por mais que seus pensamentos fossem tão altos que ele quase conseguia ouvir —, então apenas foi até a cozinha em busca de algo para comer.

— Menino Jimin! — A senhora Yang, que há anos trabalhava naquela casa, exclamou ao vê-lo abrir a geladeira.

— Bom dia, halmoni. Ou devo dizer boa tarde?

— Sua saudação está correta por alguns minutos. — Ela sorriu, o que ele retribuiu no mesmo momento. — O que quer que eu prepare para o seu café da manhã?

— Não precisa se preocupar comigo, vejo que a casa está um verdadeiro caos agora e a última coisa que eu quero é atrapalhar os preparativos para a noite.

— Besteira! Me dê isso aqui, não é saudável beber apenas yakult pela manhã e não vou deixar você cozinhar. Não quero ter a minha cozinha incendiada outra vez. — A senhora falou, dando uma leve cutucada no ombro do menino depois de pegar o que ele tinha em mãos e devolver à geladeira.

— Eu realmente preciso passar mais tempo aqui pra aprender a cozinhar. — Ele riu.

—Pensei que agora que seus pais estão de férias eu o veria mais por aqui durante os fins de semana.

— Ah... é, eu pensei que eu também, mas ainda não consigo vir aqui e... vai soar babaca se eu disser.

— Ainda não se acostumou com a ideia de ter um irmão?

— Ele não é meu irmão.

— Certo. — Ela suspirou, pegando os ingredientes que usaria enquanto ele se colocava sentado no balcão. — Posso te dar um conselho?

— Uhum.

— Dê uma chance ao menino, tenho certeza que não vai se arrepender.

— Eu não consigo. — Confessou. — Eu não consigo me aproximar dele, senhora Yang.

— Se você não tentar, nunca vai conseguir. — Respondeu com uma piscadela.

— Ele... tem estado sozinho por aqui?