Anely - Capítulo IV

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                                                                                      ~*~

Abri o box.

Liguei o chuveiro.

Fechei os olhos.

Me odiei por ter dado mole para uma hétero.

E um calafrio se fez correr por toda minha espinha quando senti o corpo dela colado nas minhas costas, estremeci.

As mãos dela então se posicionaram nas laterais da minha cintura, senti minha boca ficar seca. Dália estava mesmo nua comigo embaixo do chuveiro?

Estava.

E parecia saber muito bem o que queria e o que fazia. Suas mãos apertaram minha cintura me puxando contra ela e tenho certeza que ela ouviu o meu suspiro, desligou o chuveiro, pegou o sabonete líquido na prateleira que estava do meu lado, esfregou nas duas mãos e começou a passar nas minhas costas, espalhando beeeem devagar

- Vira pra mim, Ly! – a voz dela estava num tom que eu nunca tinha ouvido, não parecia a mesma pessoa, suas palavras me davam ordens firmes, como quem não tem dúvida, como quem esperava pra poder dizê-las a muito tempo, tanto tempo que estava impaciente, eu me virei, trêmula, e totalmente entregue. Se ela não tinha escutado meus suspiros no nosso quase beijo ou agora pouco quando apertou minha cintura, agora com certeza ela sabia que eu estava entregue.

Meus mamilos estavam duros feito pedra.

E ficaram ainda mais quando ela começou espalhar o sabonete pela minha barriga. De súbito minhas pernas se fecharam, eu podia sentir minha buceta latejar, pulsar e gritar por ela. E que droga, ela sabia disso. As mãos subiram da barriga para os meus peitos espalhando o sabonete e apertando eles, a vi ficar boquiaberta enquanto apertava como quem confirmava algo que havia imaginado... um aperto com a mão direita se fez mais forte e foi seguido de uma leve massagem ao redor do mamilo, mordi o lábio. Ela com certeza não era hétero. Pensei. E nessa fração de segundo ela parou de olhar para meus mamilos enrijecidos e olhou bem nos meus olhos, se aproximou, se inclinou no meu ouvido e sussurrou:

- Sempre quis tocar neles, sabia? São lindos... perfeitos!

Foi minha vez de ficar boquiaberta, fazia quanto tempo que eu não ficava com uma menina? Uns três anos sendo bem gentil. Eu estava totalmente rendida.

- Eu quero um beijo, um beijo da minha melhor amiga no mundo inteiro.

Dei um risinho de lado e semicerrei os olhos. Pensei em uma resposta para dar, mas não a tinha. Ouvi-la dizer aquilo girou as engrenagens do meu cérebro, não pensei em mais nada, coloquei uma mão em seu pescoço e a outra na cintura e trouxe-a para mim, beijei-a. E sim, a boca dela era mesmo macia!

Não só macia, era quente, suave, escorregadia, e eu não conseguia parar de beijar a minha melhor amiga no mundo inteiro, sentindo como se cada parte minha fosse explodir, ela sabia bem o que fazer com a língua.

E durante o beijo ligou o chuveiro, mas a água definitivamente não fazia eu me sentir menos quente. Dália me pressionou contra a parede do chuveiro enquanto me beijava. Tirou minhas mãos do corpo dela e colocou-as sobre minha cabeça, me deixando totalmente desarmada apertou-as e depois encerrou o beijo se afastando um pouco, mas sem soltar minhas mãos, ficou encarrando a água escorrer pelo meu corpo e depois depositou um beijo suave no meu peito, me puxou para si, fazendo meus pelinhos eriçaram... pude ouvi-la rir baixinho antes de começar a sugar com toda vontade.

A língua dela se mexia em movimentos circulares ao redor do meu mamilo e sugava, chupava, soltava e ia para o outro em movimentos repetitivos. Fechei os olhos e senti a mão que apertava minhas mãos no alto da minha cabeça escorregar por entre meus seios. E me tocar, me penetrar por entre as pernas me fazendo revirar os olhos, indo fundo e forte, de um jeito que me fez inclinar e jogar a cabeça para trás enquanto eu explodia e escorria em seus dedos. Finalmente eu estava em casa, ali soube... eu era totalmente lésbica.

Perdida nos meus pensamentos ouvi ao longe o som de um telefone tocando e ela também ouviu:

- Merda, deve ser a Júlia. – com cuidado se afastou e levou a mão que tinha acabado de colocar na minha buceta até a boca sugando os dedos – eu sabia que era uma delícia!

- Tu não presta, sabia?

Ela sorriu abertamente, depois me deu um beijinho singelo na bochecha e sussurrou bem pertinho da minha boca:

- Eu não posso faltar hoje, por isso não vou te beijar de novo, porque se eu encostar na tua boca, eu não te solto.

E dizendo isso saiu do banheiro, me deixando totalmente sem reação ou qualquer palavra.

Quando sai do banheiro ela já estava arrumada e pegando as chaves para sair.

- Se cuida, toma sua sopa, tá? Eu não demoro. Qualquer coisa me liga!!!

- Tá bom, doutora! Bom trabalho!

Rimos disso e ela saiu pela porta sem olhar pra trás.

Deitei na cama viajando no que tinha acabado de acontecer. E em como uma droga de celular havia atrapalhado tudo... celular... por falar em celular cadê o meu? Levantei rápido da cama e o peguei na bolsa, cheio de notificações do WhatsApp que eram de ligações do meu ex... ex... eu estava livre, finalmente! E uma notificação do instagram dizia que @_lígiaS havia me enviado uma solicitação de amizade.

Levantei da cama pulando. Ela tinha me notado!!! Cliquei na notificação.  

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