ANELY - XIV - Fantasmas do passado

63 5 16
                                    

{⚠️⚠️ALERTA DE GATILHO ⚠️⚠️⚠️⚠️}

"O fogo da raiva que me consome é o mesmo que quero usar para incendiá-lo!"
{Isso é um desabafo...}

Era por volta das 9 da manhã quando uma ambulância preta que mais parecia uma geladeira dessas duplex chegou no hospital para me levar a um outro hospital que a polícia julgou ser mais seguro para mim. Estava internamente feliz em ver a justiça finalmente funcionando.

Dália foi comigo na ambulância e recebeu uma ligação de Betânia! Uma amiga nossa da faculdade que havia ido morar na Escócia, simplesmente o lugar mais fascinante do mundo pra mim, mas nunca tive oportunidade... Betânia se mudou para lá por causa de uma proposta de trabalho de sua mãe, e desde então se estabeleceu por lá. Ela era a terça parte da gente... Meu grupo de três... A, B e D, "- mas e o C? - perguntou Betânia agitada./ - O C enfiamos no cu!!! Dália respondeu igualmente agitada" Lembrei dessa cena da nossa época da faculdade e sorri com o pensamento.

Foi muito bom receber a ligação de Betânia e ouvir a maravilhosa notícia de que ela estava vindo para o Brasil, ficamos eufóricas, já marcamos uma 5 saídas para minha pós alta.

Chegamos no hospital eram umas 10:30 por aí, o lugar era lindo, com um jardim tão grande que mais parecia um parte central de alguma cidade chique, com bancos brancos e uma enorme extensão de grama bem verdinha, árvores grandes e de caules grossos, haviam três passarelas que se estendia do portão até diferentes alas do hospital, a ambulância seguiu pela terceira passarela, que ficava na lateral esquerda, queria andar até meu quarto, mas insistiram em me colocar em uma cadeira de rodas. Os seguranças da polícia que estavam sempre no hospital comigo, me acompanharam até aqui também, o que fazia sentido já que a intenção era ficar inalcançável para o desgraçado de Alberto. Os seguranças se chamavam Lio, e Mateu, ambos eram muito mal encarados. Mas tinha um terceiro que ficava mais na retaguarda e era pior que eles dois juntos. Esse terceiro eu não sabia o nome e foi ele quem empurrou minha cadeira.

- Obrigada pela ajuda, espero um dia poder fazer algo bom para o senhor também - falei tentando sondar e descobrir seu nome

--- A senhora fará algo bom para mim ficando boa, senhora. - disse seco

Mas como assim? Que pessoa gentil, gente! "Tô chocada, passada"! Pensei, e me repreendi! Eu estava aprendendo e reproduzindo o vocabulário dos meus alunos... Lamentável, professora! Ri com o pensamento. E lembrei que Dália havia me perguntado se tudo bem por mim os meus alunos do 3° ano virem me visitar e eu tinha dito não... Mas acho que mudei de ideia... Acho que eles podem me dar uma animada!!!

--- Como se chama? - perguntei, voltando minha atenção ao homem que empurrava minha cadeira

- Marlon, senhora! - disse frio

Marlon... Tai um nome com sentido agora!

- Marlon, e você gosta do seu emprego? - tentei puxar assunto quando entramos no elevador

- Sim, senhora.

- Você tem família? Digo ... Porque trabalhar assim com o perigo... Sua família deve ser preocupar muito.

- Tenho família, mas não se preocupam comigo, porque sou muito bem treinado. Eu me preocupo comigo mais que eles! Afinal minha esposa me mata se eu morrer, então... - disse dando um sinal de que não era um robô e eu gargalhei alto

- Você é muito engraçado para essa profissão, Marlon! E sua cara é totalmente o contrário da sua personalidade pelo visto!

- E a senhora também, se me dá a licença de falar abertamente!

|• Contos Sáficos •| Medo, dúvida e desejoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant