capítulo 12

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Henrique Moretti (conforme prometido... HOT)

Eu me vejo na obrigação de admitir ao menos para mim mesmo que eu venho insistentemente me questionando se insistir na minha relação com a Bea vai mesmo dar em alguma coisa ou se eu só estou protelando o óbvio fim.

Passei três anos ininterruptos ligando para ela, implorando por uma mísera oportunidade de me explicar para tentar fazer tudo voltar as boas e ela seguiu firme na decisão de me fazer sentir menos significante do que um mísero verme, mesmo assim eu não desisti.

Depois disso, quando ela voltou para o solo italiano eu vi uma possibilidade de conseguir atingir o meu objetivo, afinal é muito mais difícil ignorar alguém pessoalmente do que por telefone, e quando ela aceitou voltar a ter essa confusa relação comigo eu quase explodi de felicidade.

Para mim era uma certeza que pouco a pouco iríamos nos ajustando e ela iria decidir por si mesma me ouvir e acabaria vendo que eu nunca a traí.

Porém desde então eu não percebi muitos avanços, ela aceita meus beijos e meus carinhos avidamente, no entanto se mantém emocionalmente distante e isso me deixa maluco.

Antes de trazer ela para o piquenique que eu arrumei pensei ativamente eu jogar tudo isso para o alto e desistir dela, per Dio, eu estou pagando uma penitência dura demais sem ter cometido o erro do qual estou sendo acusado, posso não ser o homem mais íntegro do mundo, estou verdadeiramente longe disso, mas posso garantir que eu não mereço viver atormentado pelos cantos por um amor que me despreza.

Mas então ela sorriu para mim e toda essa certeza se esvaiu com a mesma força com a qual chegou me fazendo esquecer de tudo o que eu havia pensado.

Esse sorriso é o bastante para eu saber que ela me ama, por mais que se negue a admitir, e eu vou permanecer aqui firme pelo maior tempo que eu conseguir.

— Por que está me olhando assim?— Bea perguntou segurando o riso enquanto estende a mão para um morango coberto de chocolate belga.

— Por que você é tão linda quanto é teimosa.— Retruquei deitando na toalha.

— Eu não sou teimosa, Moretti.— Reclamou revirando os olhos tal qual uma criança teimosa faria ao ser contestada.

— Uma pena, eu adorava quando você era teimosa...— Respondi sugestivamente dando voz aos meus pensamentos mais criativos.

Desde que eu e ela voltamos a ficar juntos ainda não tivemos uma relação sexual, com isso já é fácil imaginar que eu preciso de uma quantidade sobrehumana de banhos gelados por dia apenas por pensar nela.

A menção ao seu nome então, me deixa enlouquecido por completo.

— E você ainda gosta disso? Eu lembro que você gostava de ser um grande mandão.— Bea retrucou mechendo um pouco as pernas. Como não preciso de manual para ler os seus trejeitos entendi no mesmo segundo que ela está ficando instigada o que só me incentivou ainda mais a prosseguir.

— E estou doido de vontade de ser assim novamente.— Respondi apoiando o peso do meu corpo em um cotovelo para ter apoio o bastante para com a outra mão, acariciar levemente sua coxa até a base da saia.

Meus dedos formigaram de vontade de subir um pouco mais, mas me contive.

A sedução inicial sempre fez parte das nossas preliminares, não vou agir como um adolescente cheio de hormônios para estragar tudo.

— E o que você está esperando? Eu estou aguardando as ordens, senhor.— Bea disse com a voz leve e arrastada de uma forma a quase arranhar a minha pele, fiquei estasiado com a deixa perfeita para agir.

Maldita Perdição - Livro 3 da Série: Família Fontenelle Where stories live. Discover now