Capítulo 31

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Pessoal, antes de começar eu queria deixar aqui o agradecimento pela solidariedade que todos tiveram comigo. Faz uma semana que meu avô faleceu, ainda é muito triste e muito doloroso, mas é mais suportável agora, especialmente por ver quantas pessoas dedicam seu tempo para mandar uma mensagem de condolencia e de apoio. Eu li todas e agradeço muito por cada uma.

Agora aproveitem o capitulo por que afinal de contas, é por isso que estão aqui ;)



Beatrice Fontenelle


Abri os olhos lentamente sentindo a luz branca machucando as minhas corneas com força.

Caramba, será que eu morri?

Levei a mão esquerda para os olhos e o cocei, foi a minha forma de fazer a minha visão se acostumar com tanta luz de uma vez só, mas quando cheguei com a mão no meu rosto senti um tipo de fio sendo repuxando da minha veia e do meu dedo.

— Que merda é essa?— Perguntei para mim mesma observando o local onde fui repuxada dando de cara com um acesso na minha veia e uma esepecie de aparelho no meu dedo para monitorar os meus batimentos.

Estou em um hospital, eu não morri.

Não tive muito tempo para me sentir feliz e aliviada, nem para me lembrar com muita precisão de como eu vim para aqui, a porta do quarto foi tranquilamente aberta e para a minha surpresa é o Henrique quem  está entrando totalmente distraido.

Me sentei na cama e esperei ele virar de frente para mim, o que não demorou muito para acontecer.

Ele virou e arregalou os olhos, ficou alguns segundos estatico na porta apenas concentrado em olhar para mim, mas logo em seguida correu em minha direção e me envolveu em seus braços com força.

— Dio, eu sabia que devia ter ficado aqui, não queria que acordasse sozinha.— Ele murmurou como forma de advertência para si mesmo.

Eu sorri por achar graça de tanto desespero, mas antes que eu pudesse dizer algo percebi que ele esta chorando contra o meu pescoço.

— Henrique? O que aconteceu?— Perguntei aflita, será que aconteceu algo mais grave com  a Stella e ele não quer me contar? Ou com o bebe?

— Eu não devia ter saído daqui, mas me obrigaram a ir comer.— Novamente se lamentou e me apertou ainda mais contramsi.

— Henrique, Pelo amor di Dio, o que aconteceu para você estar assim?— Questionei aflita tentando me sentar ainda mais ereta, mas uma forte dor me paralizou.

Respirei fundo para centralizar a dor e fazer ela dissipar.

Moretti se afastou de mim e me encarou com os olhos vermelhos e inchados devido a tantas lagrimas.

— Como assim o que aconteceu Bea? Você entrou na frente de uma bala para me proteger, chegou aqui fraca e quase sem batimentos, teve uma parada cardiorespiratória, você quase morreu Beatrice. Tem noção do quando eu fiquei desesperado? Cazzo, eu quase enlouqueci de medo de te perder e você ainda me pergunta o que aconteceu?— Henrique me respondeu exasperado, dividido entre irritação, felicidade e alivio de certa forma. Foi ai que fleshes do que aconteceu invadiu a minha cabeça com força total.

Me lembrei da Stella me pedindo para cuidar do filho dela e do Dom, me lembrei da descarga de adrenalina que percorreu o meu corpo quando vi o cano de uma arma apontada na direção do Henrique, lembrei que não podia deixar ele ser atingido por que não podia aceitar viver sem ele, e então eu simplesmente corri e me coloquei como escudo humano para proteger a ele.

Maldita Perdição - Livro 3 da Série: Família Fontenelle Where stories live. Discover now