[22] Familia Kirschtein.

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Ilha de Paradis, ano 848

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Ilha de Paradis, ano 848.

Aquela definitivamente havia sido uma das piores semanas da vida de Stella. Frustrada, decidiu descontar toda a raiva que sentia no álcool que roubava da adega da tropa de exploração, ou de Dita, que sempre estava tão bêbado quanto ela para não perceber que seu cantil havia sumido mais uma vez. Eventualmente, era encontrada desacordada pela madrugada no refeitório por Erwin, que decidido, colocou um basta na situação ao pedir para que Joseph vigiasse a própria irmã o tempo inteiro, logo que as advertências não pareciam estar mais adiantando.

Não era apenas Levi o motivo de todo aquele colapso, a ficha de Stella enfim havia caído sobre as circunstâncias que a levaram aceitar aquela missão e que possivelmente, não sairia viva da mesma. Os ataques noturnos também voltaram com tudo, junto do trauma que sua estadia na cela escura em Marley a causou, chegando no ponto de sentir-se inconscientemente amarrada à aquelas algemas pesadas na cama, além de ser impossível se esquecer do cheiro pútrido que a cercava.

Enquanto estava com o capitão da tropa de exploração, ainda que o sentimento terrível estivesse lá, conseguia se esquecer de todo o fardo que carregava, focando-se apenas na ansiedade consequente do dia-a-dia, esperando pela noite cair para que se encontrasse com ele para jogar conversa fora. Era uma válvula de escape estar em sua companhia, de certa forma, logo que seu corpo era preenchido pela adrenalina de estar quebrando as regras.

Fora a satisfação latente de estar conquistando-o pouco a pouco.

Ela se sentia enganada de certa forma, mesmo que soubesse internamente que Levi tinha razão de se afastar - afinal, ela ainda era sua subordinada e continuava sob sua custódia. Porém, a ideia de que ele estava apenas se divertindo com ela a deixava enojada. Stella passou a ver o homem como um estorvo, um peso maior do que poderia carregar. Ela não entendia como pôde se deixar se envolver tão facilmente com alguém como ele, que desde sempre demonstrou ser desprezível.

E principalmente, sentia ódio de sí mesma por não ter sido ela a pessoa que deu o golpe final.

As falhas de Levi sempre estiveram estampadas em sua cara desde o momento que o conheceu, ela se sentia uma estúpida por ter imaginado que Levi pudesse ser alguém mais complexo do que um soldado arrogante e sórdido. Era horrível ter que passar por ele nos corredores do quartel e vê-lo de cabeça erguida, agindo como se nada tivesse acontecido e ser obrigada a sentir o seu perfume cítrico repulsivo.

No entanto, agora tudo havia chego ao fim, pois assim como ela, Levi também teve o mesmo choque. A sua implicância com a garota cessou, na verdade, ele não direcionava a sua palavra para Stella para mais nada, sempre que precisava dizer alguma coisa a ela, pedia para que Hange fizesse em seu lugar.
Berta também nunca mais encontrou duas xícaras sob a pia da cozinha pela manhã, o que a deixou extremamente triste, pois estava óbvio que algo de errado tinha acontecido entre os dois.

PURE BLOOD | Levi Ackerman Where stories live. Discover now