[49] Conto de fadas.

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(Aviso: Esse capítulo possui cenas gráficas que podem ser pesadas a pessoas sensíveis, logo, não me responsabilizo por eventuais gatilhos!)

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(Aviso: Esse capítulo possui cenas gráficas que podem ser pesadas a pessoas sensíveis, logo, não me responsabilizo por eventuais gatilhos!)

Ilha de Paradis, ano 848.

Os cansados orbes azuis acinzentados foram se abrindo lentamente ao tentar acostumar-se com a claridade. Sua visão estava turva, e ao tentar mover-se, sentiu seus pulsos fortemente amarrados por cordas, tal qual seus calcanhares, sentado em uma cadeira velha. Levi não sabia quanto tempo havia ficado inconsciente, seus pensamentos estavam confusos demais para tentar raciocinar, assim como seus sentidos. O que diabos haviam dado a ele? Levi não sabia. Sequer lembrava-se como parou em uma situação como aquela, mas o gosto forte e amargo da droga ainda fazia-se presente em sua garganta. Agora, tudo o que conseguia sentir era o pavor alastrando-se por seu corpo como uma doença, agravando-se a medida em que ouvia o som estridente de lâminas raspando uma na outra sistematicamente, como uma sinfonia macabra de facas sendo afiadas por mãos calejadas.

- Já acordou, querido? - Questionou adocidamente o vulto ao se aproximar, retirando suavemente a franja caindo em seus olhos, para que pudesse admirar o seu rosto. - Sabe...eu esperei muito tempo por esse momento. Fico tão feliz que você veio até mim! Facilitou tudo!

- O que..? - Murmurou atordoado, sua voz saindo rouca e fraca enquanto seu queixo era levantado, sua visão se estabilizando a medida em que a face sorridente de Berta surgia.

- Você está todo amuadinho... que dó, capitão. - Berta ri sadicamente, a lamina branca acariciando a bochecha de Levi, enquanto seu bafo quente roçava contra a pele - Ainda não percebeu? Seus dias de combate finalmente acabaram! Hoje, eu estarei te libertando..! Oh, você irá me agradecer tanto no final. Verá o quão generosa eu sou!

- O que...o que você fez comigo..?! - Uma tosse seca estourou sua garganta, enquanto seus sentidos iam voltando lentamente. Ao olhar em volta, finalmente percebeu onde estava; no abatedouro pútrido improvisado no porão da casa da mulher.

- Foi apenas uma pequena dose de sedativo, meu bem. Nada demais. Não quero arruinar o gosto de sua carne com essas drogas. - Deferiu um pequeno corte em seu rosto com a faca, arrastando-o lentamente pela sua pele enquanto falava - Porém, ainda estou em duvida se irei te comer. Veja bem, eu estive te analisando todos esses anos... vi o quanto você fuma. Acredito que não seria agradável preparar algum prato com o seu pulmão, como estava planejando.

Levi piscou algumas vezes, seu corpo seguia dormente, parecendo estar fraco e mais leve que o normal. Foi então que seu campo de visão cruzou-se com o de seus amigos, que estavam com as bocas amordaçadas, grunhindo desesperados em sua direção. Seu coração foi comprimido pelo seu peito ao ver os olhos chorosos de Hange o encarando, a mulher estando completamente apavorada amarrada em sua cadeira. Procurou por Stella, no entanto, não conseguia encontrá-la em meio à aquele breu que os envolvia, o que o fez debater-se contra as cordas que rodeavam seus pulsos, tentando soltar-se. Até ouvir um barulho do qual jamais esqueceria.

PURE BLOOD | Levi Ackerman Where stories live. Discover now