Capítulo 8

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Maratona (2/5)

Snape colocava algumas poções dentro de uma bolsa quando Verônica entrou no quarto – Não dei permissão para entrar aqui.

- Estou me lixando para o que você permite ou não, o que estava fazendo ali?

- Também tenho uma vida além de Hogwarts caso não se lembre... Está saindo agora com Remus como uma família?

- E isso te incomoda? Remus mora comigo agora e sim, somos uma família, não sei porque pergunta, sei muito bem que pode ler minha mente sem permissão.

- Não faço isso com qualquer uma, ainda mais alguém como você.

O sorriso raivoso de Verônica surgiu sem ao menos que a mulher pudesse controla-lo, ergueu sua mão contra Snape, mas o homem segurou seu pulso e a pôs contra a parede – Acha mesmo que vou deixar me bater novamente?

- Tem sorte que eu não uso magia, seria um prazer te ver contorcendo em dor após um Crucio bem dado, não quero ficar mais nenhum segundo aqui – Soltou-se do homem e voltou para a sala, Harry ainda zonzo se apoiava em Remus – Meu amor, está bem?

- O que foi isso tudo tia?

- Comensais, mas ficaremos bem, vamos para casa, sabe aparatar Remus?

- Sim, não fiz na loja pois tinha muita gente, seria um problema ainda maior, se agarrem bem.

Ambos abraçaram o homem, Snape voltava ao cômodo com sua sacola – Esperem, leve isso, espalhe pela casa, terá o mesmo efeito que um feitiço de desilusão.

Sem delongas Remus voltou para a casa, Harry correu para o banheiro – Verônica, você e o Snape?

- Não, agora foco Moony, a segurança do Harry em primeiro lugar.

Assim como foi dito, espalhou a poção de cheiro estranho pelos cômodos, o garoto buscou se deitar um pouco. Verônica tinha o olhar fixo na porta, acariciava a varinha de Lily, Remus viu o nervosismo estampado no rosto da mulher – Ainda tem certeza do que queres para o menino?

- Sabe Moony, qual a probabilidade de o ataque de comensais ter sido mandado por alguém com raiva por eu ter tirado seu ovo de ouro do ninho?

- Não está insinuando que isso foi obra de Dumbledore?! Isso já é maluquice. Algum aluno da escola deve ter avisado os pais ou algo do tipo.

- Em apenas 1 dia? Até se fosse a coruja mais rápida do mundo ainda levaria tempo para organizar um ataque, ao menos que fosse de uma pessoa muito influente.

- E porque não pensa em Snape? Todos sabem que ele se diz um ex-comensal, pode muito bem ter orquestrado tudo... Para onde foi com ele ontem à noite?

- Como assim? Não fui para nenhum lugar.

Remus puxa a ruiva para perto de si e cheira seu pescoço, um rosnado sai de sua garganta – Você está com o cheiro dele no seu corpo todo, me diga de uma vez Verônica, não é a segurança de Harry em primeiro lugar?

Seu rosto se ruborizou, sua mente não formava nenhuma frase, tinha exposto seu amado sobrinho de uma forma grotesca, respirando fundo relaxou os ombros e se soltou de Remus – Desde que a gente se reencontrou na estação ano passado, costumava vim aqui as vezes... a gente... era só uns beijos, porra Remus, eu fiquei sozinha durante anos, eu iria imaginar que ceder só um pouco chegaria a esse ponto?

- Foi só isso? – Vendo que a mesma estava envergonhada e tinha lagrimas presas, abraçou e deu um beijo no topo da sua cabeça – Desculpe ter te segurado assim, não suporto aquele ranhoso, se for pedir demais não se envolva com ele.

Querido Harry - Verônica EvansOnde as histórias ganham vida. Descobre agora