Capítulo 12

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Harry se mantinha agarrado a sua mãe, com alguns soluços e lagrimas, tocava em seu cabelo caído na costa, ver Verônica caída ao chão e sem respirar foi um misto de sentimentos que ignorava, não permitirá perder mais ninguém, deu atenção a aquela pequena voz que sussurrava as vezes em seus sonhos, ergueu sua varinha e usou uma das maldições que lera na biblioteca, diferente de todos os outros feitiços ao qual tinha dificuldade, aquele era como se fosse tão maleável, fresco... delicioso.

O fluxo de magia que passava por cada célula, corria por suas veias, era tão familiar que ao ver o corpo do invasor no chão não o trouxe horror, lhe trouxe a satisfação de acabar com alguém que ousou em machucar sua mãe.

Não tinha percebido que estava na Toca até sentir Verônica o abraçar trazendo a paz de espirito que precisava. Ao chama-la de mãe, não sentia que traía Lily, afinal, quem estava com ele desde sempre era ela, as lágrimas que escorriam da face da ruiva e caiam em seu colo, era o desejo da mesma que aquelas palavras fossem ditas com tanta sinceridade da parte dele.

- Como está? Se feriu? - Verônica tinha sua voz um tanto rouca.

- Bem - Harry se enfurecia ao ver que o rosto de sua mãe estava machucado - Imundos...

- Harry... ei... - Segurando seu rosto e dando um leve beijo em sua bochecha - Onde está seu tio? - Retirando o garoto de seu colo, se levantou com dificuldade, com Harry dando apoio foi até a cozinha.

- Verônica - Remus correu para abraça-la - Por Merlin, como está se sentindo?

- Tão bem quanto ser atropelada - Dando uma risada sem graça.

- Querida - Molly tinha o rosto em lágrimas, abraçou com cuidado Verônica e a levou para uma cadeira.

Olhando em volta notou quem estava ali além dos três, Dumbledore, Severus, Arthur e dois ruivos que ainda não conhecia, mas ao forçar a memoria lembrou ser os filhos de Molly. Mesmo com Remus a rondando, sabia que tinha mais alguém de olho em si, mesmo que fosse disfarçado - Como?

O silêncio quebrado pelo pigarrear de Dumbledore fez que Harry fosse direto para sua mãe e se sentasse ao seu lado - Sendo o mais sincero que posso, não faço ideia de como isso possa ter acontecido, a proteção de sangue de ambos é estável e forte demais para ser quebrada por simples...

- Comensais - Disse Severus irritado - O fato é que descobriram a casa e atingiram Verônica com um Crucios, se acharam é porque já estavam atrás a muito tempo, não duvido que tenha mais espiões dentro de Hogwarts.

- Que absurdo Severus! - Dumbledore bateu sua mão na mesa - Hogwarts é a escola mais segura que poderia existir.

- Tão segura que se minha mãe não tivesse me tirado de lá, estaria sendo julgado por algo que nunca fiz - Harry sorria sarcasticamente, o brilho de seus olhos verde esmeralda era perigoso - Como acharam minha casa? Como ultrapassaram todos os feitiços que estavam postos nela?

- Harry James Potter! - Dumbledore não levantava a voz e tão pouco gritava com os alunos, mas sua face era tão dura que todos se assustaram.

- Grite mais uma vez com meu filho que eu enfio essa varinha no seu rabo - Debilitada, Verônica tinha pego a varinha de Harry sob a mesa - É melhor todos se acalmarem e pensar bem no que aconteceu e... - Suas pernas mal podiam suportar seu peso, não foi de cara ao chão pois Harry conseguiu a segurar.

- Verônica querida, por favor não se esforce - Molly tinha sua face enfurecida - Por Merlin... Vá tomar um banho e descanse, uma poção não será o suficiente, Harry querido, vá ajuda-la.

- Mas - Dumbledore quis retrucar.

- Está em minha casa Dumbledore, aqui quem manda sou eu, ela precisa descansar, todos nós - Apontando para o relógio.

Querido Harry - Verônica EvansWhere stories live. Discover now