Capítulo 9

549 74 8
                                    

MARATONA (3/5)

Algumas semanas após a ida de Harry para Durmstrang, a situação em Hogwarts havia piorado, a notícia que alguns alunos nascidos trouxas tinham morrido em ataques misteriosos levou Dumbledore a ser afastado do cargo de diretor e um inquérito ser aberto.

Verônica sentia uma certa satisfação em saber que seu sobrinho estava longe de problemas, garantiu dar tempo o suficiente para o mesmo se acostumar a sua nova rotina, assim como ela estava tranquila com a sua, Remus adorava sair com a mesma, era como voltar ao passado onde ambos viviam juntos.

- Já está pronta? – Trajado de um conjunto de alfaiataria preto, tinha seus cabelos penteados para trás – Onde deixei o perfume?

- Está no banheiro, já falei para não o deixar lá, ainda vai cair – Pondo seu colar, o objeto adornava o vestido vermelho de fenda que comprara na sua última saída, tinha dúvidas se conseguiria usar uma peça tão provocante – Chamou o táxi?

- Aparatar é mais fácil e barato, fora que já estamos atrasados.

Era noite do Jazz em um clube no meio da cidade, tinha contando ao homem sua vontade de sair e frequentar certos locais, por ser sozinha não queria se arriscar tanto, Remus aceitou sem reclamar, sua vida não poderia estar melhor, seu lobo controlado, dormindo e comendo em uma casa confortável, faria de tudo ao seu alcance em deixar Verônica feliz.

[[Daniel Castro - I'll Play The Blues For You]]

O local cheirava a whisky e tabaco da melhor qualidade, os aromas misturados aos perfumes das pessoas presentes eram tentadores – Sejam bem vindos a casa da Madame Charllotte, são apenas duas entradas? – A recepcionista trajada em um vestido curto verde cintilante, trabalhado em pedrarias mantinha um sorriso caloroso.

- Sim, apenas duas – Respondeu Remus.

O local era composto em sua maioria de tons de vermelho e dourado, Remus assim que viu não deixou de sorrir – Lembra muito a comunal da Grifinória – Disse ao pé do ouvido da ruiva, buscaram se sentar em uma mesa próxima do palco, pelo cartaz haveria um show a mais tardar. A banda tocava animada, não deixando de notar o movimento, logo se serviram de bebidas e alguns petiscos.

- Não imaginei que teria algo assim na cidade – Dando um gole na cerveja.

- Passei algumas vezes pela frente, sempre tive vontade de entrar, é incrível.

Se acostumando a sua roupa, ajeitava escondida o decote, não era de seu feitio ter tanta pele amostra – Para, está linda.

- Fala isso porque é amigo.

As luzes foram apagadas enquanto o palco iluminado, um senhor beirando seus 60 anos, com sua roupa de alfaiataria e um chapéu cobrindo metade de seu rosto se aproximava do microfone, sua voz potente deixava a todos em um modo de transe.

Alguns casais iam até a área do salão vazio para dançar, Remus segura a mão de Verônica que apenas sorrir envergonhada – Aos velhos tempos – Iluminado com uma fraca luz que alternava entre o vermelho e amarelo, descia sua mão até a cintura da mulher.

"Remus ensinava Verônica a dançar, assim como aprendera em uma das casas que morou na juventude, segurava com delicadeza a cintura da jovem, guiava a passos lentos, a jogava e trazia ao seu corpo com uma certa brutalidade que dava o toque de sensualidade que a música pedia.

Guiando a dar uma volta em torno de si, garantia que nunca ficassem além de 10 centímetros longe um do outro – Agora fique de costas e desça devagar, jogue o seu quadril lentamente de um lado para o outro – Fazendo o que Remus pedia, Verônica descia e subia com cuidado.

Querido Harry - Verônica EvansOnde as histórias ganham vida. Descobre agora