Capítulo 10

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MARATONA (4/5)

- Para próxima aula quero que tragam em um pergaminho de no mínimo 60 centímetros as propriedades da poção mata-cão e suas propriedades para bruxos que não possuem licantropia, agora podem ir.

O professor de poções era um senhor velho todo enrugado, Harry acreditava que o mesmo era cego e a cobra que vivia enroscada em seu pescoço que lhe guiava, pelo visto ser ofidioglota não era surpresa por ali, muitos alunos sabiam a linguagem e era comum entre os de famílias realmente puras.

- Harry, olha isso aqui – Draco pegava um dos exemplares do Profeta Diário que ficava exposto para os alunos nos corredores – "Câmara secreta de Hogwarts é encontrada, Gina Weasley é levada para inquérito no ministério, alunos nascidos trouxas podem retorna a escola" – Virando a página, viu que a mesma possuía a lista das vítimas – "Justino... Helenora... Hermione Granger" – Draco não teve tempo de reação, Harry se empalideceu e acabou desmaiando antes de ouvir o restante da notícia.

Os olhos cinzas fitavam o moreno que logo deixou algumas lágrimas saírem, Harry estava a ponto de ter uma crise quando Draco o abraçou – Calma, ela está viva... Foi uma das vitimas não fatais, você nem me deixou terminar de ler – Sentindo que o mesmo se tremia, não o largou.

- E-ela está realmente bem? – Disse com a voz embargada.

- Sim, está, agora se acalma, apenas escuta, alguns alunos morreram sim, mas teve outros que entraram em um estado de petrificação, descobriram que era a Gina que tinha aberto a câmara, era um basilisco o monstro, Dumbledore foi afastado como diretor assim como alguns professores, se acalma.

Limpando seu rosto, viu que estava em seu quarto – Me trouxe aqui?

- Foi o Andor, ele tava passando na hora, a enfermaria tá cheia por conta dos garotos que foram mexer com a Hildur – Riu – Como foi só um desmaio ele achou melhor te trazer para cá.

Harry ainda soluçava por conta do susto, por mais que sua magoa não tivesse passado, não queria que nada de ruim acontecesse com seus antigos amigos. Não deixou de reparar como a mão de Draco acariciava seu cabelo rebelde era macia, suas orelhas logo se avermelharam – Temos alguma aula agora?

- Tem, arte das trevas, está bem para ir?

Apenas confirmando, se organizaram e foram para a aula. Draco parecia um pouco distante em pensamento – Algum problema?

- Sabe... papai me disse que Dumbledore nunca foi um homem confiável e tão pouco sã para o cargo de diretor, me pergunto o que aconteceria com você se estivesse na escola com esses ataques acontecendo... Não digo que me afastaria, mas é estranho pensar que por algum momento ele poderia estar evitando resolver o problema esperando você resolver.

- Eu?

- Pensa Harry, no primeiro ano ele deixou você enfrentar Voldemort, no segundo deixou você ser acusado de algo que nunca fez apenas por falar a língua das cobras, agora entendo e dou todo apoio as decisões de sua tia, é como se ele quisesse que você passasse por tudo isso.

Harry não parecia estar acreditando muito nas palavras de Draco, mas ao olhar para a feição do loiro entendeu o que o mesmo poderia estar sentindo com tudo, o tempo era sempre frio e sombrio, se encostou em seu amigo e segurou sua mão, não era visto com más olhos a atitude, afinal, Durmstrang era na maioria homens, apenas bons amigos.

Se Harry achava que tinha uma certa cota de azar, agora tinha certeza, Snape estava parado em frente a mesa, apesar de suas vestes serem mais grossas e com uma capa de pele de urso marrom, tinha a mesma postura e face fechada que usava em Hogwarts – Meu Merlin... – Apertou a mão de Draco com tanta força que fez o mesmo reclamar.

Querido Harry - Verônica EvansOnde as histórias ganham vida. Descobre agora