Capítulo 13

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Dumbledore transparecia calma e satisfação aos olhos mais atentos, não era comum esse seu ar de tranquilidade após um ataque de comensais, Verônica permanecia a maior parte de seu tempo em absoluto silêncio, apenas conversava com Harry e os garotos.

- Onde está sua mente agora? – Perguntou Remus abraçando a ruiva pelas costas.

- O que farei de minha vida, sem casa, sem emprego, Harry estará seguro, preciso procurar outro meio de poder nos sustentar.

- Sendo especialista nesse assunto, garanto que ficará bem, só que agora não tenho certeza se poderá voltar a vida de antes e ainda terá que enfrentar o ministério – Sentindo a mesma ficar tensa, a abraçou mais forte e se aproximou de seu ouvido – Dessa vez eu vou ficar com vocês.

Harry brincava com Ron e os gêmeos no quintal, apesar de tudo, ele não conseguira guardar rancor por tanto tempo, jogando os gnomos para longe acabou acertando um na cabeça de Fred, dando isso como uma afronta, começou a catar os serezinhos e uma guerra se iniciava. De um lado estava Fred e George montando rapidamente um forte e do outro Harry e Ron se escondendo atrás do carrinho de mão caído.

- Harry o que a gente faz? – Ron estava tão vermelho quantos seus cabelos – Eles vão nos matar – Um gnomo caía em sua cara e por vez mordera seu nariz.
Harry rindo da situação tirou o ser do rosto de Ron e revidou – Quero que faça o seguinte – Com um sorriso sapeca, deu uma última olhada para os gêmeos e passou seu plano para Ron.

Com o sinal, Harry e Ron saíram correndo em direção aos gêmeos que não esperavam aquela reação, para não ficarem atrás correram em direção dos dois – Agora Ron! – Jogando uma bomba de fumaça criada por George, lançou em seus irmãos enquanto Harry jogou um punhado de gnomos enfurecidos.

- Ai, ai! Mamãe! – Gritou Fred.

- Isso não vale! Vai ter voltar Roniquinho! – George corria para casa enfurecido.

- Aí caramba... a gente tá ferrado, agora eles dois vão fazer nossa vida um inferno – Choramingou.

Harry não conseguia parar de rir da situação, sendo ajudado por Ron a se levantar, puxou ar – Isso foi perfeito, o Draco vai achar muito engraçado.

- Draco? Então ele foi para Durmstrang? Vocês são amigos agora?

- Sim – Disse envergonhado – Ele não é tão mal no fim das contas.
- Cara, ele zombava da gente, da minha família.

- E foi o único que ficou do meu lado... Ron não quero estragar o que estamos tendo, é um fato, Draco e eu nos tornamos amigos, talvez sem ele lá eu já tivesse enlouquecido.

Tentando buscar as palavras certas, Ron apenas se virou e foi para dentro da casa, Harry colocou seu cabelo para trás e suspirou em frustação, a verdade que estava começando a ver o loiro além de uma simples amizade, mas não queria estragar mais do que já achara.

Arthur gritava para quem quisesse ouvir, estava sujo de fuligem – Molly? Querida! Meninos? Gina! – Pulava como um Leprechaun ao ter um pote cheio de ouro – Que dia maravilhoso!

Molly vinha com seus cabelos esvoaçados e cheio de penas de galinha – O que houve querido? Para que todo esse escândalo?

- Ganhamos o sorteio anual do profeta diário, estamos ricos! – Tirando de seu casaco uma sacola, virando-a sob a mesa, uma chuva de galões enchia o local.

- Por Merlin – Com lágrimas nos olhos, abraçou Arthur – Isso vai resolver tantas coisas.

- Podemos ir para o Egito, Carlinhos vai voltar, então podemos ir com ele, sempre quis conhecer os trouxas de lá.
Enquanto ambos discutiam sob o que fazer, Verônica não perdeu o olhar de Harry para baixo, subia as escadas sem muito ânimo. Ao entrar no quarto se deparou com o garoto sentado olhando pela janela – A gente tá incomodando, deveríamos ir logo embora.

Querido Harry - Verônica EvansOnde as histórias ganham vida. Descobre agora