Aurora

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"Um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Repassado através da comunicação ou imitação às gerações seguintes." Essa é a definição mais conhecida para se dar ao termo Cultura.

O dia amanheceu, especificamente hoje, me senti levemente sufocado ao despertar, eu estava com um peso sobre os meus pulmões

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O dia amanheceu, especificamente hoje, me senti levemente sufocado ao despertar, eu estava com um peso sobre os meus pulmões. Fiquei feliz e sorria ao saber o que estava acontecendo. Foi a primeira vez que um sorriso meu aquele tinha significado, uma dúvida ainda pairava sobre a minha mente. - Por que eu? Ele estava certo, não somos tão próximos pra ele me procurar e me contar tamanha intimidada. - Acho. Contudo eu estava contente. "Ditoso", como dizia minha avó. Fiquei passando os dedos sobre os cabelos de Kim que ainda dormia profundo, abraçado sobre mim, sua respiração era calma, como de alguém realmente estava aliviado de um fardo e tranquilo.

Permaneci imóvel para que ele não acordasse e um tempo se passasse até que ele acordasse, não contei ao certo, provavelmente uns quinze ou vinte minutos depois de mim. Ele ergueu a cabeça, me olhou meio desorientado, sem entender ao certo o que estava acontecendo e onde havia passado a noite.

-Bom dia Kim. – sorri ainda mareado.

- Dia? Ah não, não, não. E-Eu dormi aqui. Eu preciso voltar pra casa, antes que sintam minha falta. - Levantou apressadamente e percebeu que poderia estar sendo arrogante comigo e disse. - Me desculpe. Bom dia, carinha. - me abraçou e me deu um beijo na testa. Eu não vi, mas tenho certeza de que naquele momento fiquei com as bochechas rosadas.

- Não tem problema, você pode ir agora, está cedo, meu despertador ainda não tocou. Então ainda são antes das seis.

- Preciso ir, está bem? Mas eu estou feliz por poder contar com você.

- Pode sim Zé, mas eu posso te fazer uma pergunta?

- Diga.

- Por que veio até mim?

- Eu confio em você, a gente tem alguma conexão. Eu pude sentir no dia em que você estava no grupo.

- Conexão?

- Alguma coisa me diz que seremos importante um para o outro.

- Atacante! Que isso, nem pagou um lanche ainda. – Cerrei os lábios como se estivesse pensativo.

- Com quem você está falando, filho? - Minha mãe abriu a porta. Naquele momento, meu coração gelou. Como eu iria explicar que um homem dormiu no meu quarto. Com os olhos arregalados, olhei para Kim, que ... Cadê? Ele simplesmente desapareceu, a roupa dele estava no chão entre a cama e a janela, porém ele havia desaparecido. Fiquei estático.

- Pensando alto, mãe. Bom Dia! - respondi com sorriso mais falso do que os que entregava para Samanta.

- Você parece assustado, sei que é estranho, saber que um amigo da escola faleceu assim de repente, olhei a caixa de e-mail e a escola não mandou mensagem a respeito de não ter aula, mas acredito que você não precise ir se não quiser. - Entrando no quarto e colocando a mão sobre minha cabeça. - Olha uma joaninha na sua mão, dizem que ela traz sorte.

NATUREZA HUMANAWhere stories live. Discover now