Esta ficção retrata um paralelo com o cotidiano onde a pressão diária nos acarreta a olvidar de nossas próprias capacidades. Não se pode fugir da sua Natureza, aceite quem você é e lute pelos seus objetivos.
Murilo Sadi é um Adolescente de dezesset...
"O hipócrita é alguém que finge ter comportamentos corretos, virtuosos e socialmente aceitos, mas é alguém que oculta a realidade por trás de uma máscara de aparência."
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- Você está bem? - Me curvei para certificar o estado de Rebecca. Após o impacto, a cama havia sido destruída com o peso do elefante.
- Estou sim, Kiel, mas pelo jeito acabo de descobrir uma limitação que ele já sabia.
Ouvimos passos apressados de alguém subindo a escada. - Kim, você está bem? - Disse Hannah enquanto se aproximava.
- Mais confusão. – cogitei.
Hannah entra no quarto e me vê com a ripa na mão, Rebecca ainda ao chão, a janela quebrada, a cama espatifada e retalhos de panos e cordas espalhados pelo piso.
- O quê vocês fizeram com o meu irmão? - questionou enquanto revirava o local com os olhos.
- O que você fez com o Sadi? - retruquei jogando o pedaço de madeira no chão
- Ezequiel, onde está o meu irmão? Não me obrigue a forçar vocês a dizer. - caminhava em nossa direção
- Rebecca, tira a gravidade dela.
- Seria inútil. - girou as duas mãos e desaparecendo diante dos nossos olhos.
- Pra onde ela foi? - disse Rebecca procurando pelos lados
- Eu não sabia que ela podia fazer isso. Então fica de olho porque ela pode aparecer do nada.
- Eu ainda estou no quarto, mas não pretendo atacá-los. - a voz dela apenas ecoava pelo ambiente sem nos permitir identificar onde se encontrava. - Prestem atenção no que eu vou dizer. Já que estão aqui e levando em consideração o ambiente devastado, com certeza não foram nada agradáveis ao meu irmão, isso é devido porque descobriram o bilhetinho do Antônio, certo?
- Correto - respondi
- Pois bem, o bilhete é verdade, minha família tem esse costume e fomos treinados pra isso, então eu poderia deixar vocês dois inconscientes e desolados com minhas visões, marcas permanentes que nem terapia ou remédios fariam efeito. Porque foi pra isso que eu fui designada a fazer desde que descobri minhas habilidades quando tinha apenas dez anos. Eu e Kim fomos forjados para sermos armas e continuar o trabalho hipócrita de minha família. Kim cometeu um erro, que custou a vida de Antônio e ele estava abalado. Procurou consolo em Sadi, porém fomos descobertos e o pior aconteceu. Ele está desolado porque realmente ama o Sadi, precisei dopá-lo pra que ele conseguisse descansar. E olha o que vocês fizeram.
- Como vamos saber que essa história é verdadeira? Que não vai nos atacar e nos matar como fez com eles? - questionei pegando a ripa novamente do chão.
- Não vão saber, mas pelo vidro quebrado, provável que ele tenha fugido ao invés de cumprir o papel de assassino como vocês afirmam. Precisarão confiar em mim, sei que há muita coisa em jogo, provavelmente mais do que a mente de vocês consiga imaginar. Então estou tentando ser o mais plausível possível, para não piorar ainda mais as coisas.
