𝑴𝒚 𝑸𝒖𝒆𝒆𝒏 𝒐𝒇 𝑯𝒆𝒍𝒍

New obsession

𝑨𝒊𝒅𝒆𝒏 𝑩𝒆𝒌𝒂𝒗𝒆

𝑆𝑎́𝑏𝑎𝑑𝑜
19:30

MINHA! MINHA! MINHA!

Isso era o que se passava em minha mente enquanto eu escutava aquela desconhecida contando todos os seus segredos mais sujos e obscuros para mim.

Eu a quero, eu a desejo, e eu vou tê-la.

- Eu matei meu irmão - Ela diz me despertando dos meus pensamentos.

- O que? - Pergunto surpreso.

Mas não tanto, eu podia sentir a culpa dela, e ali estava a explicação.

Estávamos sentados no chão do corredor do andar de cima, encontrei ela aqui bebendo escondida e assim que ela me viu começou a dar a língua nos dentes. Agora estamos aqui, sozinhos, enquanto a melhor festa que eu já dei em toda minha vida, está rolando no andar de baixo.

- Quando eu era pequena, quando eu tinha 7 anos eu estava brincando com meu irmãozinho que era 2 anos mais novo que eu - Ela começa e da outro gole na vodka - Eu só estava brincando com ele, e empurrei ele na piscina - Ela da outra pausa e da outro gole.

Angel, esse era seu nome. Irônico, não é? Uma anjinha tomando vodka com o diabo. Poderia até se tornar uma história bíblica, ou alguma piada, tipo daquelas do padre num bar.

- Não acho que foi sua culpa - Falo a olhando de cima a baixo.

A garota é incrivelmente linda, é branca, tem cabelos naturalmente loiros, olhos azuis, deve ter pelo menos 1,50 de altura. Seu corpo é como um violão, cada curva sua chama minha atenção.

- Ah, foi sim! Eu empurrei ele e não contei para ninguém quando seu corpo foi achado. Eu poderia ter falado, mas vi meus pais chorarem debruçados sob aquele pequeno corpo, e tudo o que eu sabia fazer era olhar - Ela diz apontando para meu rosto - Alguém já te disse o quão lindo você é? - Ela me observa e eu arqueio uma sobrancelha.

Não sei se ela estava tentando evitar esse assunto, ou se só era o álcool fazendo efeito.

- Digo o mesmo para você, anjinho - Murmuro malicioso.

- Sabe eu estou contando tudo isso para você, porquê eu vou morrer em 6 meses! - Ela diz e eu arregalo os olhos.

É, bem que falam que o senso de humor de Deus é sombrio.

Mas que se foda, se for para tê-la por 6 meses, eu irei ter, não é isso que vai fazer eu desistir dela, velhote!

Eu preciso provar ela, preciso provar sua alma. Seu cheiro é doce, tão doce que fazia eu gozar sem nem mesmo precisar tocar nela.

Sabe o quão raro é encontrar uma alma assim? Não falo das crianças, suas almas puras e doces não significavam nada para mim, estou falando o quão raro é encontrar um adulto com a alma com o mesmo cheiro, a mesma essência. Nem mesmo as malditas freiras tem uma alma assim, acredite em mim, eu sei do que estou falando.
Eu ainda me lembro do gosto amargo da irmã Madeline.

- E por que está se confessando? Ainda não entendi, anjinho. Eu não tenho cara de padre, não é? Aposto que se eu fosse um e pisasse na igreja, tudo queimaria como no inferno - Falo pensando na cena e abro um sorriso - Eu faria cada freira dançar nua para mim, como um antigo ritual - Dou risada e a garota ri baixo.

- Você é bem estranho, né? - Pergunta e eu arqueio a sobrancelha.

- Você não tem ideia do quanto - Admito e pego a garrafa de sua mão.