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𝑨𝒏𝒈𝒆𝒍 𝑭𝒍𝒐𝒓𝒚

𝑇𝑒𝑟𝑐̧𝑎-𝑓𝑒𝑖𝑟𝑎
10:15

  Já de banho tomado, depois de fazer toda minha higiene matinal, escolho uma roupa para ir à escola.
  Esse é meu último ano, e estou grata por passar despercebida esse ano. Ser insignificante, invisível não é tão ruim quanto as pessoas pensam, na realidade, eu até que curto isso. Já fui alvo de bullying anos atrás, e depois que conheci Tyler e Isis, isso mudou, e pude viver meu ensino médio de um jeito tranquilo.

  Tyler e Isis são meus melhores amigos, e por mais que eu não tenha contado para eles sobre meus últimos dias, eu os amo, eles são extremamente importantes para mim e eles sabem quase tudo sobre minha vida.
  Entre os três, eu sou a mais fechada, a mais reservada. E eles já se acostumaram com isso, tem momentos em que eu estou extremamente próxima deles, e fico por perto a todo momento. E as vezes, como ultimamente, eu me afasto e fico quieta no meu cantinho sem falar com ninguém.
  Isis acredita que são os momentos em que eu tenho recaídas na minha depressão, e Tyler acha que eu só sou bipolar, ou algo do tipo.

  Talvez, quem esteja certa é Isis.

  Com 10 anos eu passei a entender o que havia acontecido quando eu era nova. E entrei numa depressão profunda. Passei a descontar minha culpa na comida, eu só comia e aos poucos fui ganhando peso. Eu vivia de cabelo preso porquê detestava pentear e por estar engordando passei a vestir roupas mais largas, apenas para esconder meu corpo.
E 11 anos fui diagnosticada pelo psicólogo com depressão profunda. Porém, desisti da terapia depois que meu psicólogo surtou dizendo que eu precisava me abrir com ele e contar a verdade. Que eu só poderia receber o tratento quando eu me abrisse com ele, quando eu fosse verdadeira. Eu não contei e fui embora, disse para meus pais que o motivo de não querer mais fazer terapia era porquê já estava bem.
E Com 12 anos comecei a entender que eu sofria bullying, e na mesma idade ele ficou ppior, por causa da minha aparência, foi quando conheci Tyler e Isis, eles me defenderam e passaram a cuidar de mim, com a condição de que eu teria que reagir e começar a cuidar de mim também. Foi o que eu fiz, comecei a perder peso, mudei meu estilo e as coisas começaram a melhorar.

  Menos minha autoestima, apesar de saber que estou diferente agora, em minha cabeça eu continuo sendo aquela garota. O que me faz querer ser invisível, passar despercebida.

  Vou até meu closet e pego uma calça jeans preta, ela marca bem meu corpo, admito que minha bunda fica linda nela, mas prefiro não deixar tão a mostra, pelo menos na escola.
  Visto um cropped preto e por cima uma blusa preta que eu sei que não vou precisar tirar até o fim da aula. Nos pés coloco meu tênis preto da Nike, eu prendo meu cabelo num coque frouxo a evito passar maquiagem.
  Pego minhas coisas e saio de casa rapidamente, eu já havia faltado ontem, eu não quero chegar atrasada hoje.

  Caminhando pela rua indo até meu ponto, uma moto para ao meu lado, fazendo eu levar um enorme susto. É uma Ninja H2R toda preta, eu reconheceria essa moto até mesmo numa droga de trânsito, já havia lido sobre ela.
  Encantada pela moto, acabo esquecendo do pequeno infarto que levei, e que uma pessoa está me encarando fixamente por trás daquele capacete.

  O homem está usando uma calça jeans preta, um tênis igual ao meu e uma jaqueta de couro preta, com uma camisa preta lisa por dentro. Seu capacete tambem era preto e isso me faz sorrir de canto.

- Você é fugitivo? - Solto a piada tentando ver quem é.

  A pessoa tira o capacete e arregalo os olhos ao ver Aiden.

𝑴𝒚 𝑸𝒖𝒆𝒆𝒏 𝒐𝒇 𝑯𝒆𝒍𝒍 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora