𝑴𝒚 𝑸𝒖𝒆𝒆𝒏 𝒐𝒇 𝑯𝒆𝒍𝒍

13.

  Já era 12:57 da manhã, e eu estou no bar conversando com meu barmen.

- Essa foi a melhor que você já trouxe, está saindo mais que água - James fala pegando o saquinho de balinha.

- Essa belezinha foi cara, é bom ser da boa mesmo - Falo tomando meu copo com whisky.

  Levanto do banco e vou até o palco, começo a verificar se tudo está perfeitamente arrumado para a apresentação de hoje. As horas se passam rapidamente, distraio minha cabeça o tempo inteiro, tento manter meu foco no trabalho e tento evitar pensar em Angel. Ou eu sinto saudades e vou atrás dela no mesmo segundo.
  E eu preciso de um tempo, todos os meus trabalhos, tarefas, tudo eu estou deixando para depois e só estou focado nela. Isso está atrapalhando nos negócios.

- Está em casa? O que aconteceu? Já enjoou do seu novo brinquedinho? - Sebastian fala se aproximando e colocando uma bolsa pesada em cima do palco.

- Ela não é um 'brinquedinho' - Corrijo ele e abro a bolsa, encontro alguns pacotes de coca e dou um leve sorriso.

- Então é sério? É um relacionamento? - Sebastian me olha surpreso e eu reviro os olhos.

- Quanto tem aqui? - Pergunto abrindo um pacote, coloco uma de minhas garras para fora e pego um pouco do pó branco, coloco no meu nariz e puxo.

  O lado bom de ser um híbrido, é que meu lado humano adora drogas, meu corpo tão chapado quanto qualquer outro. O lado ruim é que a brisa dura menos tempo que o dos outros, por conta do lado que é demônio, mas o lado prositivo ter o lado demônio é que, não importa quantas drogas eu uso, não posso ter uma overdose.

- Uns três kilos no geral - Sebastian da de ombros e me olha por um tempo.

  Sinto meu coração acelerar, a euforia toma conta de mim e o bem estar me atinge.

- Ela é boa né? Com essa belezinha, duas carreiras e você fica acordado por três dias -  Sebastian ri me olhando - E então, você não respondeu... O que você tem com Angel? - Sebastian fica curioso.

- Ela é minha, é tudo o que você, ela e todos precisam saber - Falo e pego a bolsa, entrego para James e ele leva para o andar de cima.

- Isso é o suficiente para ela? Porquê eu não sei se você sabe, mas nós humanos adoramos um rótulo - Sebastian monta uma confusão em minha mente e eu franzo as sobrancelhas o encarando.

- Não amo ela, Sebastian. Não estou apaixonado por ela, tudo não passa de um acordo, e diversão - Falo sentindo minha mente me deixar tonto.

- Tem certeza que para ela é só isso? Quanto mais intenso fica as coisas, mais ela pode te ver como um namorado ou algo assim - Sebastian ri e eu bufo.

- Ontem a gente... - Penso um pouco e Sebastian começa a ter uma crise de riso.

  Angel mau se importava comigo, mau deixava que eu a tocasse. E depois que rolou tudo aquilo no banheiro, ela simplesmente sentiu ciúmes de mim. Ela passou a me ver diferente.

  Droga.

- Tarde demais para você cara - Ele diz ainda rindo.

- Qual é, não é bem assim. Ela é uma mulher, não uma garotinha passando pela puberdade, ela sabe como as coisas funcionam. Ela sabe que um relacionamento só existe quando os dois confirmarem que é um - Falo tentando me tranquilizar.