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𝑺𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒂-𝒇𝒆𝒊𝒓𝒂
10:50

  No dia seguinte acordei e me arrumei rapidamente, coincidentemente, Richard me ligou do hospital e pediu para que eu fosse urgente para lá. Fui correndo, me perguntando o que havia acontecido, já que na ligação ele me pedia mil desculpas e estava ansioso.
 
  Eu moro no meio da cidade de Cincinnati, em Ohio, e todas as coisas são próximas da minha casa, seja escolas, hospitais, restaurantes ou parques. É fácil chegar na maioria dos lugares, mas admito que um carro iria me ajudar muito.
Porém, minha família não tem tantas condições para comprar um carro para mim, meu pai e minha mãe dividem um para eles e eu só posso ter um meu se eu trabalhar e comprar sozinha. Diferente dos meus colegas de classe, eu não sou alguém que frequenta a alta sociedade e exibe por aí sua porsche e suas bolsas Gucci.

  Chego no hospital e vou até a recepção, assim que a atendente me vê ela liga para Richard e avisa que já estou esperando na recepção. Ele autoriza minha entrada, e eu subo a enorme escada do hospital e vou até seu escritório.
Bato na porta e assim que escuto a voz grave do homem, abro a porta e entro.
Ele estava com uma expressão cansada e confusa em seu rosto.

- Sinto muito, Angel. Eu cometi um erro - Ele começa trêmulo - Eu confundi seus exames, troquei eles. Você está completamente saudável - Ele diz ansioso.

  De um jeito bizarro eu não me sinto nervosa e nem ao menos surpresa. O que Aiden disse roda minha mente tantas vezes que me deixa tonta, como se um grande "eu avisei" piscasse em minha testa sem parar. Ele estava certo, como ele sabia que eu não estava doente? Como ele sabia que eu não tenho tumor nenhum?

- Sinto muito por ter cometido esse erro, eu estava m aewuito mau no sábado. Marcia me pediu o divórcio e eu...eu insisti em trabalhar mesmo com a mente tão ruim. Acabei trocando os exames - Ele começa e abaixa a cabeça

- Não se preocupe, está tudo bem Richard. É a primeira vez que você comete um erro como esse, e eu não vou contar para o meu pai. Além disso, eu que fiquei com a boa notícia - Falo dando de ombros.

  Eu só quero ir para casa, chorar e agradecer a Deus por eu não morrer tão cedo, e de um jeito tão doloroso e triste.
Sinto muito para a outra pessoa e por sua família, mas agradeço por não ser eu.

- Sinto muito mesmo, Angel. Isso não vai se repetir. E obrigado por não contar nada - Ele aperta minha mão e eu me levanto de sua mesa.

  Caminho para fora da sala com lágrimas nos olhos, e desço a enorme escada. Me surpreendo ao encontrar Aiden parado na porta do hospital, encostado no batente da porta com os braços cruzados e com um sorrisinho vitorioso em seu rosto.

- O que faz aqui? - Pergunto assustada.

- Vim buscar meu prêmio - Ele diz cínico e eu reviro os olhos.

- Invasão, assédio, perseguição. Sua lista de crimes só está aumentando, não tem medo que eu vá até a polícia? - Pergunto passando reto por ele.

- Se me quisesse longe, você já teria mandado eu ir embora a muito tempo, já teria chamado a polícia. Só que, antes que você surte e chame agora só para me desafiar, preciso lhe avisar que a polícia não iria conseguir me manter longe de você, e agora você é minha por direito, temos um acordo, e é impossível romper um acordo com o diabo, anjinha - Ele caminha atrás de mim pacientemente.

𝑴𝒚 𝑸𝒖𝒆𝒆𝒏 𝒐𝒇 𝑯𝒆𝒍𝒍 Where stories live. Discover now