04 DECEPÇÃO

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Descendo se seus cavalos o rei e o ultimo soldado ficaram vulneráveis.

— Não respire é gás paralisante! — alertou o rei cobrindo o rostos com um lenço.

No mesmo instante ouviram o disparo de duas flechas contra o dragão, elas tilintaram na couraça prateada sem ter o menor efeito. O dragão parou ficando alerta, quando um terceiro disparo aconteceu, dessa vez indo direto no olho azul do monstro.

Erguendo-se em suas patas traseiras, o dragão conseguiu evitar o dano. Mas agora, muito irritado, urrou e atiçou suas asas. O que por um lado dissipou parte da neblina, mas ao deixar cair suas patas da frente, pronunciou palavras mágicas e o chão começou a tremer.

Os atiradores foram jogados no chão. A terra então rachou engolindo partes de seus corpos e tê-los-ia engolido completamente, se o rei não tivesse avançado, chamando a atenção do monstro prateado.

— Pare dragão! No passado lutou ao lado de meus familiares, por que agora está contra mim?

Virando o rosto na direção do rei, que agora estava caminhando até o monstro. Os olhos do dragão eram azuis e belos, mas seu olhar era petrificante.

Cadmo hesitou se aproximar mais. Então o dragão abriu sua mandíbula e urrou sobre a cabeça dele, como que para engoli-lo. Com os olhos arregalados Cadmo permaneceu de pé, olhando para o alto, apenas esperando ser devorado.

No fim o dragão parou, cerrando sua mandíbula bem acima da cabeça do rei. Expirou com força, como um urso que decide não mais atacar à presa.

Os cabelos loiros do rei, balançaram calmamente e ele fechou seus olhos para protegê-los daquela baforada fria. Ao abri-los levou sua mão para tocar aquele focinho prateado. Porém o dragão recuou.

— Tem muita coragem para um humano...

Percebendo aquela oportunidade para negociar Cadmo se adiantou.

— Salve meu filho... Vamos refazer o convenio da espada! Venha retorne ao meu lado!

Mas o dragão tornou a ficar irritado e rosnou:

— Refazer o convênio? Humilhar-me a um humano?

Dessa vez o rei recuou um passo, vendo a fera aproximar os dentes.

— Nem mesmo digno da espada você é!

Nesse momento o monstro deitou a mão sobre Cadmo, que sucumbindo ao peso, começou a ser esmagado. Enquanto isso o dragão o provocava:

— Vamos chame pela espada!

Indefeso o rei se contorceu para olhar em redor, todos os seus homens estavam caídos, não havia ninguém para ajuda-lo. Pressionado ainda mais contra o chão, parou de respirar, seu corpo foi amolecendo e a visão escurecendo. Então o rei desmaiou. O dragão cravou suas garras por baixo do corpo do rei e erguendo-o com desdém.

— Humano inútil... Mas talvez o filho... — logo atirou o rei para frente que rolou até próximo de seu cavalo e adquirindo a forma humana foi até o castelo.

 — logo atirou o rei para frente que rolou até próximo de seu cavalo e adquirindo a forma humana foi até o castelo

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No leito do príncipe a governanta chova baixo, com as mãos dadas sobre o peito e olhos fechados, suplicando auxilio divino. O vento frio que entrou pela janela, fazendo as cortinas balançarem, não a desconcentrou. Mas quando ouviu passos se aproximarem abriu os olhos calmamente e logo os arregalou.

O mais belo homem que já vira. O cabelo prateado balançava com uma brisa fria que o acompanhava. Seus olhos eram azuis e gelados como cristal. O nariz e lábios eram finos. O homem misterioso trajava uma suntuosa roupa em brocado azul e cinza. Seu corpo exalava o cheiro de chuva que se propagou por todo o ambiente.

— O que o aflige? — perguntou o rapaz com uma voz fria e impaciente.

A Lourdes saltou da cadeira que estava e descobriu o peito do príncipe, para que ele visse a marca roxa e a curva profunda das costelas quebradas, que agora parecia bem pior.

Estando ao lado da cama, oposta ao da governanta, o homem se inclinou e aproximou a mão sobre ferimento, pronunciando algumas palavras mágicas. Um ar frio encheu a sala, pequenos estalos foram ouvidos sobre o peito da criança, a pele se alinhou e a marca regrediu até desaparecer, o príncipe respirou fundo como se ressuscitasse de um afogamento e logo começou a tossir encolhendo-se para o lado onde estivera o ferimento.

— Está tudo bem alteza! Agora está tudo bem... — consolava a governanta sem segurar as lagrimas de alegria e dirigindo-se ao desconhecido, agradecia incessantemente. Mas esse já estava saltando a janela em silêncio.

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Quando o dia amanheceu os soldados caídos começaram a acordar e Ian, o mais aflito, correu até rei. Curvou-se para próximo tentando ouvir sua respiração.

—  Está respirando! — declarou aliviado.

O fiel cavaleiro apoiou a cabeça do rei, e Cadmo despertou. No começo parecia atordoado, mas logo se agitou lembrando-se do filho e fez todos correrem de volta ao castelo. Ele mesmo liderando a linha.

Na chegada, o próprio príncipe o esperava, estava de pé com uma muleta improvisada, pois sua perna ainda estava quebrada. Mas esse era o menor dos males. O encontro de pai e filho foi emocionante e dali em diante nenhuma criança admirava tanto o rei quanto seu próprio filho, Abel.

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Oi pessoal! Fiz esse banner para vocês conhecerem o rei Cadmo.

Ele é um pai jovem e viúvo, mas muito carinhoso com o filho.

Sei que muitos de vocês estão amando ver um rei bom. Por isso resolvi fazer algo especial.

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