🥉Colocado no Concurso Nove Caldas / Categoria Fantasia
🥉 Colocado no Concurso Nove Caldas / Categoria Especial: Melhor Sinopse
O dragão Merak só estava interessado em pilhar livros e obras de arte, para embelezar seu covil. Quando foi importunado...
Dois meses se passaram e Abel foi coroado rei em Montbell. A cidade estava toda decorada para a festa. Do parapeito principal do castelo toda a família acenava para a multidão até mesmo seu avô e Eloisa estavam ali.
Abel no cetro com sua coroa, manto real e a espada prateada em sua cintura. Volker assistia de longe, escondido em uma das torres no castelo. Esbouçando um sorriso feliz e orgulhoso pelo sobrinho.
~ ~ ~
Depois de seis meses da coroação. Abel se despediu da população de Montbell e saiu em sua carruagem com Sonia para retornar ao castelo na Capital de Meradomum.
A ranha estava com oito meses. Aquela viagem seria muito cansativa para uma grávida, mas ela mesma insistiu que teria seu bebê no castelo onde todos os herdeiros do reino nasceram.
No caminho pararam, descansando em diversas cidades. Para o rei Abel elas estavam cheias de lembrança. Principalmente Bristol e Assaph.
As pessoas se empurravam para ver o mais novo rei e rainha. Além de contemplarem a espada em sua cintura. Muitos artistas registravam em pinturas a passagem da comitiva. Outros escreviam a história do novo rei que fez o pacto com um dragão e salvou o país, enfrentando até mesmo uma maldição.
Finalmente quando a carruagem chegou à capital, Sonia escondeu o desconforto de possíveis contrações que estava sentido. Sorria para o rei e apenas pediu que fosse logo para o castelo, pois se sentia cansada.
A carruagem real foi recebida pela governanta e vários servos que lhes deram as boas vindas. Ian estava liderando o cortejo real e abriu a porta da carruagem para sua majestade. Abel desceu e estendeu a mão a Sonia. Juntos eles entraram no castelo.
O rei estava animado para mostrar a ela sua casa. Mas depois de poucos passos no salão a bolsa esturrou e Sonia entrou em trabalho de parto.
A espera seguiu noite à dentro. O rei aflito rodeava a porta do quarto até finalmente ouvir o choro do bebê.
Ficou parado em frente à porta ansioso para que o médico saísse. Assim que a tranca girou recebeu as boas notícias e foi convidado a entrar e ver sua amada que já amamentava o príncipe herdeiro.
— Um menino majestade, parabéns!
Abel não se cabia de tanta felicidade.
Na manhã seguinte a família real teve o seu desjejum no quarto mesmo. Após Sonia amamentar o bebê a governanta sugeriu que as criadas o levassem para um passeio ao sol e para a rainha recomendou um descanso.
Abel, que estava com a criança em seus braços, resistiu ao conselho.
— Eu mesmo levarei o príncipe para um passeio.
Ninguém ousou contraria-lo. O rei beijou a testa de sua esposa e saiu com o bebê.
A criança dormia tranquila nos braços do pai quando Abel dispensou as criadas e guardas indo em direção à floresta.
Estado só em uma pequena clareira segurou o cabo da espada para chamar o dragão.
— Já estou aqui... — ouviu a voz impaciente e logo a forma humana caminhou até ele — Espero que seja algo importante! Se me incomodar com bobagens tomarei a espada!
O rei sorriu já acostumado com o mal humor forjado do dragão.
— Aqui meu tio quero que conheça o príncipe herdeiro seu nome é Cadmo!
— Já vi a criança. — a forma humana resistiu cruzando os braços, mas Abel o fez segurar o bebê.
— Volker, quero que seja parte da família. Ensinarei o príncipe a ama-lo e respeitá-lo como tal. Por isso não se isole...
— Não tenho interesse em vocês humanos!... Mas visto que ele pode ser tão irritante como você, "talvez" herde a espada. Para prevenir os erros de meu pai, eu mesmo vou ensiná-lo.
Os olhos de Abel arregalaram.
— Vai mesmo ensiná-lo? Como tutor? Quer ser o tutor do príncipe?
— Sim. Ele me chamará de mestre — Volker deixou escapar um sorriso malicioso.
— Farei o rei mais poderoso dentre todos os humanos! Mas ele ainda não esta pronto para começar... — a forma humana devolveu o bebê — Só me chama quando ele souber ler e escrever. Até lá me deixe em paz! Não ouse me chamar novamente!
Volker lançou um olhar ameaçador e um ar frio fez Abel recuar.
— Tenho contas a acertar com o ninho... Certos dragões vão aprender a me temer...
Assim se despediram.
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