15 CURA

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Dois dias se passaram e Ian está feliz em ter o príncipe ao seu lado decidindo os detalhes do cerco contra Vermont. Mas a tranquilidade de Abel lhe chama a atenção a um detalhe.

— Alteza, fico feliz que esteja confiante, mas não deveria está com sua espada?

— Não se preocupe Ian. Ela está com nosso aliado mais precioso. Tenho certeza que ganharemos muito mais que essa guerra.

Ian não esconde sua insatisfação.

~ ~ ~

Faltava apenas um dia para a partida.

Abel se encontra, naquela manhã, sobre a muralha observando seu exercito recepcionando o exercito enviado por Dufour que acaba de chegar. Os oficiais cavalgam para a muralha e o príncipe desce as escadas para cumprimenta-los. Nesse clima tenso, eles se dirigem a uma mesa onde Ian aguarda com o mapa.

Abel expõe o caminho e, por fim, designa Ian para explicar os detalhes, pois nesse momento ele precisa terminar um assunto urgente. Os oficiais veem essa atitude com maus olhos.

— O que seria mais urgente que a batalha para resgatar o rei? — questiona o líder de Dufour.

— Salvar a vida do rei de Dufour... — responde Ian seriamente.

Os oficiais se entreolham surpresos.

— Não pensem mais sobre isso, nem me pergunte como. Se concentrem e sua própria missão e prestem atenção no plano. — disse Ian começando a explicar a o caminho que seguiriam e a estratégia.

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O príncipe chegou ao castelo, mas não entrou seguiu pela lateral como se dirigindo ao estabulo. Aquele era somente um atalho para entrar na floresta. Contudo o cavalo empina assustado e se recusa a seguir por ela. Enquanto tenta acalmar o animal Abel percebe a sobra de um homem se aproximando.

— Está tão atrasado que me obrigou a vim busca-lo.

— Meu tio! — Abel exclama alegremente em vê-lo e salta do animal indo em direção a Volker.

— Não me chame assim! — reclama, mas o príncipe apenas sorri.

— Então? Conseguiu? 

— Sim. Vamos logo. — declara já se transformando em um dragão e agarrando-o levanta voo.

A primeira reação de Abel é um grito, pois de proposito Volker o sacode em sua pata ameaçando deixa-lo cair.

A viagem dura horas. Próximo ao destino o dragão cruza o céu ficando bem acima das nuvens fazendo o príncipe reclamar por conta do frio e ar rarefeito.

— Já estamos chegando, seu eu descer agora seremos avistad... Ouch! — Volker estremece de dor perdendo altitude.

Ficando abaixo das nuvens o dragão entreabre suas garras e nota Abel desmaiado com seu nariz, lábios e dedos das mãos roxos causados pela dispneia.

Em seguida ouve o bater de sinos e o soar de trombetas. A cidade estava bem a sua frente e os moradores fugiam aterrorizados.

Mas Volker não teve tempo para reagir, novamente sentiu aquela dor que o faz perder altitude descendo até a altura da muralha, tendo que desviar para não se chocar contra ela.

Os soldados assistiram o rasante de um dragão ao redor da muralha.

Alguns se afastaram da borda caindo sentado, tomados de terror. Outros, mais corajosos, atiraram suas flechas que tilintaram, inutilmente, contra as escamas prateadas.

Guerra e DragãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora