09 RECONQUISTA

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Na manhã seguinte Volker não apareceu para a reunião.

— Alteza, sei que deseja auxiliar seu pai ao sul, mas primeiro deveríamos recuperara nossos território a nordeste

— Sim alteza! Deve marchar até a fronteira e retomar a aliança com seu avô!

— Sem falar que o exercito de Vermont ao sul está parado, seria mais sábio enviar mensageiros para analisar a situação, ao menos por enquanto.

— Dufour nos trouxe muito mais baixas de territórios.

— Também devíamos aproveitar o elemento surpresa para retomar o máximo de cidades possíveis...

A reunião estava sendo muito longa, pois o príncipe argumentava contra todos, afirmando que trazer o rei de volta deveria ser a prioridade.

Contudo, vendo-se sozinho nessa disputa escolheu ceder ao concelho e declarou:

— Então preparem os homens. Esta noite faremos um assalto na torre de Assaph e no palácio de Bristol

— Mas alteza... 

— A maior parte do exército está ferida não temos homens suficientes... 

— Não precisamos de muitos, vinte devem bastar. 

— Vinte, alteza? Apenas vinte...

— Mas como chegará até Assaph e Bristol? Os cavalos não correm tão rápido...

— Não iremos a cavalo. O dragão nos levará pelo ar. Chegaremos, na calada da noite, primeiro em Bristol. Com o dragão pousando no pátio superior Ian levará dez homens para dominar o segundo andar do palácio. O objetivo é fazer os nobres de Dufour reféns e assim forçar uma rendição.

Todos ficaram atônitos com a solução e o jovem continuou.

— Partirei com os outros dez homens para Assaph, acredito que chegaremos antes do amanhecer e pousaremos dentro das muralhas da torre. Com o dragão à frente invadiremos a torre e faremos reféns também.

Volker ouvia toda a reunião pelo lado de fora, escondido em uma sombra da janela mais afastada. Quando os nobres saíram ele entrou no escritório congelando desde os vidros da janela até o chão onde pisava.

— Acha que vou servir de montaria para um bando de humanos?

— Sim, vai! Até essa guerra acabar.

— Quer medir forças comigo?! Vejamos o que farei com seus soldados, a começar por aquele cavaleiro sem modos... 

— Você não fará nada a eles, e me devolverá a espada agora.

— Oh! A espada ficará sobre minha posse e você não me verá por um bom tempo...

Dito isso Volker sairia pela janela de onde veio, mas o Abel pulou sobre ele. Foi uma luta de puxões, empurrões e ordens. Até evoluir para socos e o príncipe agarrar o cabo da espada, mas Volker segurou-a para que não saísse da bainha.

Nessa altura a sala já estava toda congelada e os guardas tentavam abrir a porta, mas ela foi coberta de gelo para que ninguém entrasse.

A luta era diferente de todas as outras, embora o dragão o acertasse com socos ele estava controlando sua força para não feri-lo muito. Abel não soltava o cabo da espada e com a outra mão socou o rosto adversário. Volker não hesitou em retribuir com o soco bem no estômago do príncipe.

Abel se curvou agarrando a camisa daquela forma humana e ordenando entre os dentes:

— Solte a espada, é uma ordem! Me dê a espada!

Guerra e DragãoWhere stories live. Discover now