Capítulo 3

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Durante toda sua vida, Natasha tinha escutado praticamente todas as mulheres que conheceu falarem que a gravidez era difícil, mas a maternidade em si, estar com o bebê nos braços para cuidar, era mil vezes pior.

Ela, no entanto, não via assim.

Talvez porque Lilly era uma bebê calma que quase nunca chorava, ou talvez porque a própria Natasha sempre tentava encarar cada dificuldade que encontrava com calma. Mas ela até achava fácil, apesar de Lilly a segurar acordada até tarde em algumas noites.

Sua mãe constantemente dizia que não sabia como Natasha conseguia fazer a maternidade parecer fácil. Natasha só respondia que tudo acabava se tornando mais fácil quando ela se focava em cuidar da sua pessoinha preferida no mundo e não se estressar com as dificuldades.

Cecília voltou para o Brasil apenas quando Lilly já tinha três meses e quando ela se certificou de que Natasha conseguiria se virar sozinha.

Apesar de que, Natasha nunca estava sozinha. As garotas continuaram tocando a cafeteria e assim elas conseguiam se ver todos os dias antes do horário de abrir quando elas chegavam para tomar café com Natasha, na hora do intervalo para o almoço e elas também sempre subiam após encerrar o expediente.

Sam também sempre estava por perto com sua família. Willow e Luke amavam Lilly como se fosse parte da família deles e até mesmo se referiam a ela como prima. Natasha amava aqueles dois.

Quando Natasha já tinha a sua rotina e de Lilly mais definida, e Lilly já tinha passado da fase de recém-nascida, foi que ela voltou a trabalhar ativamente na cafeteria. Claro que ela sempre tinha Lilly do seu lado no carrinho ou no colo, mas ela não podia reclamar. Lilly era uma bebê calma o suficiente para Natasha conseguisse trabalhar sem muitas interrupções.

Desde o início, Sam deu a ideia de que Natasha deveria comemorar cada mês de vida que Lilly fizesse, mesmo que fosse apenas entre os amigos, era bom ter fotos e recordações de todos aqueles momentos. Além de que, cada mês era uma conquista nova, tanto para Natasha quanto para Lilly.

Natasha não precisou de muito para concordar, e Cecília ainda esteve presente nas três primeiras comemorações. Nas demais, Sam começou a chamar até mesmo a própria família para participar e Natasha até se sentiria estranha com aquelas pessoas se eles não fossem tão legais.

Natasha amou a mãe de Sam, que se chamava Carmen. Elas tinham apenas uma diferença de idade, mas a mãe de Sam era tão amável quanto sua própria mãe e era quase impossível não amar Carmen Larbalestier, que quase imediatamente adotou Natasha e Lilly para sua própria família.

Nicola era a irmã mais nova de Sam, e nas vezes que Natasha a encontrou, foi tão amável quanto Sam e Carmen. Nicolas, pelo que Natasha sabia, não era seu irmão biológico. Na verdade, ele era filho do ex-marido de Carmen e, consequentemente, era irmão somente do meio irmão mais novo de Sam que Natasha nunca conheceu.

Era meio confuso, na verdade. Mas pelo que Sam contava, seu meio irmão mais novo e Nicolas eram muito ligados, então Nicolas sempre estava junto deles.

O meio irmão mais novo de Sam ainda era um mistério para Natasha mesmo após tanto tempo conhecendo praticamente a família toda. Samantha vivia tentando arrumar pretextos para fazer Natasha conhecê-lo porque, segundo ela, seu irmão seria um ótimo partido, mas nunca dava muito certo.

De qualquer jeito, Lilly já estava completando seus sete meses quando Sam ligou para avisar que, pela primeira vez, não poderia ir.

- Como assim você não vai vir? – Natasha questionou com o celular pressionado entre o ombro e a orelha. – Já fiz o bolo preferido das crianças e aquele que você sempre compra.

Untamed ~ Lewis HamiltonWhere stories live. Discover now