IMPERIUM (JJK+PJM) ABO

O verdadeiro Vilão

A casa Park estava completamente escura, o cheiro de Seo Joon pairava no ar, Jeon podia sentir seu sangue pulsar nas veias, medo? Talvez. A porta estava entreaberta como uma esfera sombria e silenciosa, o ar gelado da madrugada era como o último suspiro da morte.
Jeon entrou silencioso, mas estranhou a aura que pairava no ar,  começou soltar seu cheiro de pimenta lentamente. Seguiu pelo caminho escuro até chegar no quarto de Jimin onde uma música lenta e melancólica tocava, o lúpus abriu a porta e pode sentir o sangue fresco de Seo Joon escorrendo e seu coração pulsando lentamente, até parar por completo.
— Me desculpe, mas eu precisava fazer isso, ele precisa morrer para nos deixar em paz. — Seokjin chorava em um canto, com as mãos ensanguentadas.
— Namjoon sabe que está aqui?
— Não, ele estava dormindo. Eu precisei vir, ele prometeu pegar minha filha e sumir com ela. — As mãos trêmulas ainda mantinham a faca que o ômega usou.
— Onde está sua mãe? - pergunta o alfa, imaginando qual seria a resposta.
— Ela não estava aqui quando eu cheguei, ela me ligou e disse que se arrependia, pediu para que eu viesse e quando entrei ele estava assim na cama e eu aproveitei e acabei com ele.
— A casa está vazia, Jeon. — falou Hoseok entrando no quarto.
— Leve ele daqui, diga para Sully cuidar dele.
— Yoon, quero que ligue para casa e diga para JB atirar em qualquer um que tentar passar pelo portão da mansão, diga para atirar para matar, você ouviu. Logo pela manhã quero todos no escritório.

Quando Jeon chegou em casa, tudo parecia tranquilo e isso estava  errado, ele pressentia o perigo, algo estava prestes a acontecer. O lúpus foi para seu quarto, tomou banho e deitou com Jimin em seu ninho, o abraçando com carinho.
— Kokkie, você chegou. Eu estava com tanta saudade de você, meu amor.
— Eu também, meu bebê.
Jimin tomou a iniciativa e beijou Jungkook com fome, descendo suas mãos pequenas pelo corpo musculoso do lúpus.
— O que está procurando amor?
— Eu quero você, quero meu homem dentro de mim, eu preciso de você meu alfa. — Jungkook jogou Jimin contra o ninho e se pôs em cima dele, ficando entre suas pernas, o beijando loucamente. O sexo foi intenso naquela noite, mas a mente de Jeon ainda estava perturbada com tudo que havia acontecido.

Quando a manhã chegou, estavam todos reunidos, até Namjoon que estava andando com uma muleta a tiracolo.
— Porque não ficou descansando, Nam? — Pergunta Jeon, olhando seriamente.
— Não, eu preciso estar a par dos acontecimentos irmão.
— Taehyung, eu preciso que fique com Jimin e não o deixe atender nenhuma ligação. — Diz Jungkook para o ômega, que se despede de seus alfas e vai em direção ao quarto do lúpus.
— O que está acontecendo irmão? — Pergunta Yoongi apreensivo.
— Seo Joon está morto como vimos ontem a noite, Seokjin o matou.
— Então se ele está morto, significa que tudo acabou? — completa Hoseok, sem rodeios.
— Não, Seo Joon foi apenas um fantoche, uma distração para nós.
— Como assim? — pergunta Namjoon assustado.
— Sempre foi ela, Park Jisoo. Ela é a cabeça da operação.
— Tem certeza? irmão.
— Tenho, Yoongi. Tudo ficou esclarecido quando o doutor Chin, começou a frequentar nossa casa e Namjoon a trouxe de Busan. Naquele dia, ela não perguntou sobre Jimin nenhuma vez,  e quando encontrou com o doutor aqui eles nem se olharam, achei isso muito estranho. Normalmente como é médico do filho, ela ficaria preocupada. Quando ela bateu em Seokjin aqui, ontem para defender o marido, não foi por amor, foi medo de descobrirmos que ela assinou a internação de Seokjin.
Hoseok não viu o computador na casa de Seo Joon porque não é ele que comanda os leilões, e sim ela com outra pessoa, só precisamos descobrir quem.
— Sim, mas ela não está doente? — exclama Namjoon.
— e sua mãe entra onde nessa história, estou confuso. — fala Hoseok.
— Elas eram rivais no amor, mas não nos negócios, o dinheiro sempre falou mais alto. A doença ela inventou para manter Jimin por perto e fazer com que Seokjin se interessasse por medicina, assim ele ensinou a ela os meios de dopar alguém e todos os truques para poder dopar os ômegas e betas que vende nos leilões, assim como ela fez com Seo Joon essa noite. E faria com os filhos para vendê- los, e assim mais tarde faria com a neta. — completa Jeon, olhando para Namjoon. — Quando o doutor Chin me mostrou os papéis do tratamento de Jimin e da internação de Seokjin, eu percebi que os dois nunca se distanciaram, a assinatura dela e do marido estavam em todos os papéis.
— E por que vender os próprios filhos? — Fala Noona, que até o momento permanecia calada.
— Porque Seokjin é um lúpus, e Jimin é um original, o primeiro da linhagem. Os exames do doutor mostrou isso, eles são lobos raros que valem muito dinheiro. Quando eu fui a Stanford, eu senti dois cheiros, um eu descobri ser de Félix e o outro eu não reconheci até ontem, quando ela não se conteve de raiva e bateu em Seokjin.
— Então o seu comparsa deve ser o Eun Woo. — Pronúncia Namjoon.
— Também pensei nisso. Mas ela vai procurar Jimin.
— Agora me diz, por que eles colocaram meu ômega para a venda? — Yoongi e Hoseok se olham sem resposta.
— Taehyung entrou na jogada, porque quem os jogou na internet foi Sana, por vingança a amizade deles talvez. Acredito que eles não seriam negociados assim, e tudo isso se deu porque Bogum trabalhava para Seo Joon vendendo drogas na rua e por um deslize isso tudo caiu nos braços do Park, que viu a oportunidade de ganhar dinheiro e quando Jisoo descobriu tudo, ontem aqui na sala a armação do marido, ela o dopou e armou para que Seokjin o matasse.  Ela não falou com ele antes de fugir.
— O que fazemos agora? Ela está com o laptop, está sumida e nós no escuro. - repreende Hoseok, desesperado.
— Calma, eu peguei o celular de Jimin, ela irá aparecer a qualquer momento, precisamos proteger nossos ômegas, porque ela não vai descansar. Vou colocar mais seguranças na mansão e não os deixem sair sem estar acompanhado com um de nós, ela é perigosa e traiçoeira, capaz de tudo por dinheiro.

Eun Woo estava se arrumando para o velório de Félix, quando alguém bateu na porta.
— O que faz aqui?
— Seo Joon está morto. Eu preciso me esconder por uns dias, até a poeira baixar, Jeon deve estar me procurando.
— O que você aprontou, eu mandei você ficar quieta naquele muquifo, até eu pegar meu ômega e ir embora.
— Seu plano daria certo, se aqueles idiotas não tivessem colocado ele para ser leiloado. Agora não venha jogar a culpa em mim. Seu mimadinho inútil.

Eun Woo a pegou pelo pescoço, a prensando contra a parede. — Escute aqui, vagabunda, não ouse levantar a voz para mim, você só está viva porque prometeu trazer Jimin para mim, e você fará isso ou eu mesmo a matarei sem dó. — Eun soltou o pescoço de Jisoo a fazendo cair no chão, e passar a mão em seu pescoço para aliviar a dor.
— Eu preciso de tempo, o imperador não sai de perto do meu filho, preciso que me deixe ficar aqui alguns dias, tenho certeza que ele não me procurará aqui.
— Você é idiota sua cadela, aqui é o primeiro lugar que ele irá te procurar, não subestime a inteligência de um lúpus, ainda mais dele que é completamente louco.
— Está com medo dele? Seu frouxo.
— Cale a boca, vadia. Suma da minha frente.
— Para onde eu vou?
— Se vira, você não é a esperta. Você tem dois dias para trazer meu ômega, ou eu mesmo mato você e mando tua cabeça para o imperador. Saia, e saiba que o relógio está correndo.

12:00 - cemitério

A despedida a Lee Félix chegou, Eun Woo sentia uma imensa tristeza por perder um grande amigo. Félix sempre o ajudou na sua busca incessante por Jimin e agora que ele havia encontrado seu amor, o amigo não estaria mais ali para ver como ele seria feliz com seu ômega.
As mãos da irmã Jaynne deslizaram sobre seus ombros, o dando conforto e alento, seus olhos lacrimejaram ao ver a primeira pá de terra cair sobre o caixão, mas o que realmente chamou sua atenção foi uma rosa-branca completamente cheia de sangue ser jogada junto a terra.
Seus olhos se levantaram lentamente e ele não acreditou no que estava vendo, Jeon Jungkook estava ali em sua frente, com Jimin enlaçado ao seu braço o olhando friamente com um sorriso debochado no rosto.

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Estamos chegando ao fim, obrigado por chegarem até aqui comigo.