22

775 110 7
                                    

Definitivamente o primeiro dia já rendeu altas risadas, haviam feito jogos com bebidas e agora verdade ou desafio era o da vez. Devo confessar que me sinto uma adolescente, mas eu gostava desse clima, gostava de como estava leve.

- Fernanda, verdade ou desafio? - Caick me olhava à espera de uma resposta.

- Fe, foi a única que não pediu verdade até agora. - Marcos disse surpreso.

- Então vai verdade. - Disse e Caick xingou o garoto.

- Quando foi a sua última foda? - Ele disse e eu não me surpreendi, esperava algo muito pior, o pessoal tava bem íntimo nas perguntas.

- Fim de semana passado. - Disse e fui em direção da garrafa para girar novamente.

- Com aquela lá? - Ele disse e eu concordei. - Para de girar essa garrafa, quero mais detalhes.

- Que isso, tá querendo saber como eu fodo? - Disse arrancando algumas risadas.

- Sim, claro, meu maior sonho. - Ele disse ironicamente e eu lhe mostro o dedo.

- Tá parecendo. - Disse e virei a garrafa, o jogo continuou e eu já estava cansada, depois de um tempo eu me levantei e avisei que iria sair um pouco, fui até o quarto e me deitei, só queria descansar um pouco a cabeça.

- Tá bem, querida? - Bruno apareceu na porta depois de alguns minutos e eu confirmei. - Pessoa tá fazendo lanche, vamo lá comer.

- Já vou, tô dando um tempo pra cabeça. - Disse e ele concordou, voltando para a sala, continuei ali por um tempo e peguei no sono, não sei ao certo o quanto eu dormi, mas sei que acordei com fome pra caralho. Bruno e Pedro dormiam no quarto, fiz o mínimo barulho possível e fui até a cozinha, acendendo a luz e assustando ao ver Sofia sentada na mesa comendo.- Caralho, que susto porra. - Disse e a garota ria muito.

- Que susto eu levei, achei que tinha espírito acendendo a luz. - Eu me sentei ao seu lado e comecei a fazer um pão pra comer. - Bateu a fome, foi?

- Apaguei cedinho, agora tô morrendo de fome. - Disse e ela concordou.

- Não perdeu nada, ficaram brincando de lutinha, assistindo umas coisas nada a ver na Tv. - Sofia disse enquanto eu dava a primeira mordida em meu pão.

- A gente só sabe fazer isso. - Disse e ela concordou. - No fim tu ficou com quem?

- Como assim? - Ela disse confusa.

- No quarto.

- Duda e Gab, deixa o Marcos e o Caick lá, imagina eu lá no meio, credo. - Ela disse me fazendo rir.

- Mas não fugiu dos gays.

- Nessa casa não dá, tô tendo que conviver com uma agora. - Sofia disse se virando pra mim e eu revirei os olhos.

- Como se você não fosse a maior bicha. - Disse e ela negou.

- Sou totalmente hétero.

- Ah, sim, claro. - Disse e ela confirmava. - Quando pedia pra eu te beijar não era nada hétero.

- Mudei, não sou mais assim. - Eu me virei na cadeira e virei de frente pra Santino.

- Mudou? - Ela concordou. - Então se eu te pedir um beijo agora, você não dá? - Disse com a sobrancelha arqueada e Sofia desceu os olhos pros meus lábios, o silêncio reinou por alguns segundos. - Viu? Santino se tem uma coisa que você não é, é hétero! - Disse voltando a dar outra mordida em meu pão.

- Eu não te beijei.

- Você é sem atitude, óbvio que não ia me beijar, mas sua travada foi engraçada. - Disse e continuei a comer.

- Vai se fuder, vai. - Ela disse me dando um empurrão e eu molhei os lábios com a língua.

- Valeu, fuder com alguém é mais gostoso. - Disse me levantando para lavar o meu prato e de Sofia, a garota ficou sentada e eu sentia seu olhar sobre mim.

- Você é insuportável.

- Essa é nova, já foi chata, sem vergonha, insuportável, cheirosa, linda. - Disse e Sofia fazia "shi" com a boca para que eu parasse.

- Idiota.

- Mais uma pra lista. - Disse secando minhas mãos e parando ao lado de Santino. - Vai dormir?

- Acho que não, tô sem sono. - Ela disse e eu concordei.

- Vou sentar lá fora, quer ir? - Ela concordou e pediu pra que eu a esperasse, logo a garota voltou com uma manta e um travesseiro, jogando-os mais cadeira de tomar sol que havia ali.

- Deita aí, cabe nós duas. - Ela disse e eu neguei. - Maria Fernanda, a gente já ficou mais grudada que isso.

- Eu não vou falar nada. - Disse e me sentei ali, Sofia fez o mesmo e ficamos espremidas, a garota estava com a perna sobre a minha e abraçada em meu tronco. Ao olhar pra baixo e ver ela tão perto, eu tinha uma única vontade: lhe dar um beijo, queria envolver ela em meus braços e encher de beijos toda a parte da garota. Seus olhos observavam as coisas atentamente, seu cabelo era movido pelo vento e seu dedo não parava um segundo de bater em meu tronco.

- Se você tivesse um desejo, qual seria? - Ela disse me olhando.

- Acho que o mundo ser um lugar melhor. - Disse e ela resmungou.

- Pra você, bobalhona.

- Bobalhona, quantos anos você tem? - Disse e ela sorriu. - Meu irmão falaria isso.

- Meu deus, seu irmão é lindo.

- Igual eu.

- Ele é mais.

- Acho que você tá mentindo, ele pode ser mais fofo.

- Você tem um ponto.

- Eu sou mais linda, né?

- Não vou responder, seu ego já é alto demais. - Ela disse quebrando nosso olhar e virando o rosto, eu continuava a olhar para a garota, estava pouco me fodendo.

- Você quem inflou ele.

- Para, eu vou me culpar, você é insuportável com esse ego todo.

- Desde que eu tive a chance de te dar um beijo, eu sinto que posso beijar qualquer pessoa, você é a mulher mais linda do mundo. - Disse sorrindo pra garota que empurrou meu rosto.

- Amigas. - Ela disse e eu concordei.

- Amigas podem se beijar, Linda. - Disse colocando a mão na cintura dela. - Só não precisa ter toda aquela coisa de você ser minha, mas se você quiser ser só minha não vejo problema. - Disse e depositei um beijo em sua mandíbula.

- Você não mudou nada nesse tempinho, cara de pau.

- Paus são feios, eu sou linda.

Olha Bela. - Sofia SantinoWhere stories live. Discover now