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Eu estava acabada. Meu corpo estava doendo por completo, minha cabeça parecia que iria explodir. Sofia estava jogada ao meu lado da cama, encontrei Gab dormindo na sala quando me levantei para tentar achar algum remédio nas coisas da garota. Demorei, mas encontrei, bebi-o e voltei para a cama. Sofia me abraçou e eu passei a mexer no celular, assim vendo que eu estava sendo muito marcada no twitter. Era uma foto minha e de Sofia, as pessoas estavam surtando.


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Eu acabei rindo da situação.

- Bom dia. - Ouvi a voz rouca e baixa de Sofia próxima ao meu ouvido.

- Bom dia, como está a idosa? - Disse olhando pra ela que mostrou a língua.

- Bem, acabada, não lembro de quase nada, mas bem. - Ela disse fazendo com que déssemos risada.

- Acho que isso aqui é algo que você não lembra. - Disse mostrando o celular, a garota o colocou sobre a cama e colocou seu rosto em meu pescoço.

- Eu lembro de você, não tem como não lembrar, você tava linda. - A garota distribuía beijos em meu pescoço. - O que mais eu fiz?

- Embebedou muita gente, assumiu nós duas para o Lusca, me beijou muitas vezes, sentiu ciúmes da Espanha e deixou isso na cara. - Sofia fechou a cara e eu ri.

- Não tem graça.

- Tem sim, você com ciúmes, até parece que eu te largaria. - Disse deixando um beijo na bochecha da garota. - Ah, você me disse uma coisa muito importante também.

- Hm, o que? - Ela disse desdenhando.

- Que me ama. - Disse e Sofia virou assustada.

- Que? Eu disse que te amo?

- Disse, tá assustada? Não me ama? - Disse
fazendo biquinho e ela negava.

- Não, não, eu amo, mas eu queria lembrar do meu primeiro te amo. - Ela disse e eu sorri olhando pra garota.

- Você falou eu te amo e saiu correndo pra falar com alguém, nem deu tempo de eu te responder. - Disse me ajeitando e olhando nos olhos da garota. - Eu te amo.

- Besta. - Ela se escondeu em meu pescoço e eu a abracei. - Eu amo você.

- Eu sei, não tem como não amar. - Disse e recebi um tapa da garota. - Viu? É amor isso.

- Ainda bem que sabe. - Sofia colocou a mão em meu rosto e fez carinho, nossos lábios se colaram.

- Primeiro beijo com vinte e quatro, oficialmente gay. - Disse e a garota riu.

- Você só fala merda.

- Não, eu falo as vezes umas coisas bonitinhas. - Disse descendo os beijos para o pescoço de Sofia. - Eu falo seu nome, ele é lindo, eu falo sobre você e você é linda.

- Tá toda romântica hoje, né? - Sofia disse e eu concordei sorrindo.

- Linda, preciso ir embora. - Disse pra Sofia que terminava de secar a louça que acabamos de lavar, Gab havia ido embora logo que acordou.

- Me dê um motivo. - Ela disse segurando uma xícara e eu fui até a garota, a abraçando por trás.

- Minha mãe pediu pra eu ajudar ela com o pequeno, ele tá doentinho e ela precisa ir na empresa que ela trabalha. - Disse e deixei uma trilha de beijos por seu ombro. - Se quiser ir junto, mas tem a chance de dar de cara com a dona Regina. - Disse passando a mão pela cintura de Sofia.

- Não sei, tenho um pouco de medo da sua mãe. - Sofia disse e colocou a xícara no balcão, se virando pra mim.

- Não tem problema, não precisa ir, mas eu preciso dar uma ajuda lá. - Disse e ela deixou um selinho em meus lábios. - Sei que é seu dia, mas o pequeno precisa de mim.

- Tudo bem, a gente fica juntinha outra hora, vai cuidar daquele querido. - Sofia disse e eu sorri.

- Prometo te recompensar depois. - Disse e Sofia sorriu de canto. - Besta, não precisa ser desse jeito.

- E se eu quiser?

- Então será. - Disse e a garota riu. - Me empresta alguma roupa? Eu meio que tô só com a de ontem e ela não tá em condições. - Disse e Sofia concordou. Eu vesti uma camiseta e uma calça da garota e fui até a porta. - Te amo, tchau. - Disse deixando um beijo para Sofia.

- Te amo. - Sofia sorria. - Vai me avisando, ok? - A garota disse e eu concordei. Sai do prédio de Sofia e peguei um uber para o meu primeiro destino.

Meu irmão não estava doente.

Eu iria pegar as coisas para fazer uma surpresa para a garota. Cheguei em uma floricultura de meu bairro, os donos são tão simpáticos que não tenho coragem de comprar em outra.

- Seu Armando, como vai? - Disse encontrando o senhor na bancada da loja, seus cabelos eram brancos por inteiro e sempre tinha cachinhos formados.

- Fernanda, quanto tempo. - Ele disse fazendo questão de vir até mim e me abraçar. - Tô velho, já sabe, né? Mas seguimos firmes e fortes, Ferdinando está gripada, não veio hoje. - O senhor era incompleto sem ele, eles eram a combinação perfeita. Eles já me contaram toda a história de amor, toda a superação pra ficarem juntos, eu realmente quero ser como eles quando crescer.

- Mande um beijo pra ele, diga melhoras! - Disse e ele concordou sorrindo.

- O que você está procurando? - Ele disse olhando em volta e eu respiro fundo.

- Seu Armando, preciso de um buquê, eu encontrei o amor da minha vida. - Disse e mais um abraço foi dado pelo homem.

- Minha filha, você está feliz? Me mostre quem é. - Ele disse e eu sorri, abri uma foto minha com Sofia e ele brilhou os olhos. - Muito lindas, meus parabéns. Vamos preparar esse buquê agora!

- Hoje é o aniversário dela. - Disse e o homem estava muito animado. - Quero algo bem bonito, o senhor conhece como sou.

- Temos rosas, que são associadas com paixão, principalmente as vermelhas. - Ele começou a andar pelos corredores e parou ao lado das mesmas.

- Acho que já é muito batido, queria algo mais eu. - Disse e ele concordou.

- Cravos ou tulipas. - Ele disse e apontou para os dois. - Cravos dependem da cor, o branco significa amor puro, o vermelho admiração. Tulipas simbolizam o amor verdadeiro, são lindas e normalmente não são encontradas, mas temos algumas. - O senhor disse e eu respirei fundo.

- Um buquê de tulipas, acho que combina com o que meu coração carrega. - Disse e ele sorriu, fez o buquê e eu o paguei.

- Boa sorte! - Ele disse e eu sorri em agradecimento, indo para casa e deixando as flores em um pote com água. Meu outro presente havia sido comprado pela internet, uma bolsa que Santino estava babando a tempos, espero de coração que ela não tenha comprado.

Peguei meu celular e liguei pra garota.

- Oi Gatinha, tudo bem? - Ele disse preocupada e eu sorri boba.

- Sim, nós vamos sair pra jantar, ok? Eu vou passar te pegar e não vou te contar onde vamos, supresa. - Disse nervosa.

- Mas e seu irmão? - Ela disse confusa.

- Minha mãe já vai ter chego, quero te dar uma comemoração de aniversário, tudo bem? - Ela concordou. - Oito horas estou na frente do seu prédio, não atrasa, temos reserva.

Olha Bela. - Sofia SantinoWhere stories live. Discover now