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- Não acredito que eu tô indo conhecer sua família e você nem me pediu em namoro. - Sofia disse durante o caminho até a casa de minha mãe.

- Eu falei que se não quisesse não precisava ir. - Disse e ela me deu um tapa.

- Você é muito bunda mole, pelo amor de Deus. - Sofia disse e eu apenas ria.

- Você é minha namorada, Santino, eu só não perguntei se você quer ser. - Disse e ela quem riu dessa vez.

- Eu só vou aceitar quando eu tiver um pedido decente. - Sofia disse e deixou um beijo na minha bochecha.

- Interesseira.

- Eu te amo. - A garota disse enquanto eu terminava de estacionar o carro. - A gente já chegou?

- Sim, preparada? - Disse olhando pra ela que negou. - Vai dar tudo certo, qualquer coisa me fala que vamos embora, ok? - Disse colocando uma mecha atrás da orelha de Santino e beijando seus lábios. - Eu te amo, Linda.

- Te amo, Gatinha. - Sofia disse sorrindo, saímos do carro e tocamos o interfone, logo sendo liberadas para subir, Sofia segurava minha mão firmemente e eu deixava beijinhos em seu ombro durante a espera no elevador. Assim que ele parou e caminhamos para fora do mesmo foi possível ver a figura de minha mãe nos esperando na porta. O sorriso dela foi triplicado ao ver Santino ao meu lado.

- Meu deus. - Ela disse fechando a porta e vindo até a gente, abraçando Sofia no meu do corredor. - Prazer, sou Regina, mãe da Maria.

- Mãe, essa é Sofia, vamo com calma, ok? - Disse vendo que a garota estava com vergonha.

- Tá tudo bem, Meu bem. - Sofia disse baixinho e minha mãe nos olhava sorrindo. - É uma prazer conhecer a senhora.

- Deixe pra usar senhora com os mais velhos, ainda tenho muito caminho pra correr. - Sofia acompanhou minha mãe na risada. - Todo mundo tá aí já. - Minha mãe disse me olhando e eu encarei Santino.

- Tem certeza que quer ir? - Disse no ouvido de minha companheira e ela entrelaçou nossos dedos, balançou a cabeça e eu deixei um beijo em sua bochecha.

- Eu tô emocionada. - Minha mãe disse enquanto caminhava para o apartamento, fazendo com nós duas déssemos risadas. - Você já sabe como vai funcionar, né Mafe?

- Sim, fica tranquila. - Disse entrando no apartamento e Sofia me acompanhava. - A lésbica aqui que tem que ficar na churrasqueira. - Disse arrancando um riso de Sofia.

- Coitadinha. - Sofia disse fazendo carinho em meu ombro, minha mãe foi até onde meus parentes se encontravam.

- Nanda! Sofia! - Um voz tomou nossa atenção, Theo correu até nós e eu o peguei no colo.

- E aí? - Disse sorrindo. - Tá ficando velho, ein?

- Ainda sou criança. - Ele disse e eu concordei.

- Parabéns, viu? - Sofia disse e ele abriu os braços, assim os dois se deram um abraço, eu quis chorar de emoção. - Olha, comprei esse presente, mas se você não gostar a gente pode ir trocar, ok? - Ela disse entregando uma sacolinha, o garoto pediu para que ela mostrasse o presente e assim ocorreu.

- A roupa do homem-aranha! - Ele disse animado vendo a fantasia. - Nanda, eu vou ser o homem-aranha.

- Você vai, Meu amor. - Disse deixando um beijo em sua bochecha. - Agradeça pelo presente.

- Obrigado Sofia, gostei muito. - Ele disse e a garota ao meu lado sorria. - Nanda, meu amigos tão aqui. - Ele apontou. - Vou lá brincar. - O coloquei no chão e ele saiu correndo atrás dos amiguinhos.

- Ele amou muito, normalmente ele nem quer ver o presente. - Disse e Sofia continuava sorrindo feito boba.

- Eu ganhei meu dia com a reação dele.

- Ele é muito pitoco. - Disse e ela concordou. a Vou deixar aqui, depois levo pro quarto dele. - Disse deixando a sacola sobre o balcão da cozinha, dei nossas mãos novamente e a garota respirou fundo. - Pronta?

- Vamos. - Ela disse fazendo com que eu desse risada.

- Finalmente chegou. - Meu tio disse assim que pisei na varanda, Eduardo era casado com a irmã de minha mãe, Theodora, também conhecida como Tia Dora. A mulher estava sentada ao lado de meu tio, minha vó estava os acompanhando e para finalizar minha mãe, o filho de Dora e Du brincava com Theo, ele tinha uns oito anos, Diego era muito inteligente e normalmente quietinho. - Quem é a nova peça no hospício?

- Sofia, esse é meu tio Du, essa é tia Dora e essa é minha vó, Luz. - Disse apontando respectivamente para cada um. - Essa é minha namorada, Sofia. - Disse sorrindo e todos se encaravam confusos e animados.

- Meu deus, não sabia que teríamos novidade na família, eu viria mais arrumada. - Tia Dora levantou e veio até nós. - Seja bem-vinda, viu? Meu marido faz graça demais, mas somos boas pessoas no fundo. - Sofia ria, provavelmente de nervoso.

- Obrigada, é um prazer conhecer vocês.

- Você é de onde, minha filha? - Minha vó disse e Sofia olhou para a mais velha.

- Recife.

- Ah, Recife, eu e meu marido moramos lá antes de termos filhos, acredita? - Sofia se surpreendeu com esse fato, eu também. - Amávamos lá, mas precisamos vir pra cá por causa de trabalho, Reginaldo amava caminhar na praia no fim de tarde, era a felicidade do dia dele.

- Lá é muito especial mesmo, minha família ainda mora lá, então consigo aproveitar um pouco dessa magia. - Sofia disse e minha vó a chamou para sentar ao seu lado, a garota me olhou e eu confirmei com a cabeça.

- Vou ajudar minha tia ali do lado, mas qualquer coisa vai ali, eu já volto. - Disse em seu ouvido e ela concordou.

- Que menina linda, teve que batalhar pra conquistar, né? - Dora disse enquanto lavava a salada e eu ri.

- Um pouco.

- Nossa família tem que ter lábia, não somos tão lindos assim.

- Dora, minha querida, não diga isso, você é muito linda, minha sobrinha é charmosa e carismática, mas não pode dizer que ela é feia. - Du disse e eu ri.

- Vocês querem me fuder, né?

- Olha a boca, pelo amor de deus, Mafe! - Minha mãe disse dando uma batida com o guardanapo em mim.

- Mafe, acredita que seu avô e eu conhecíamos a avó de Sofia? - Ouvi minha vó dizer e eu olhei confusa.

- Alma gêmea, né vó? - Disse e vi um sorriso no rosto de Dona Luz. - A senhora me ensinou isso.

- Quando encontramos a pessoa da nossa vida, a todo momento descobrimos coisas que mostram que sempre estivemos predestinados a encontrá-la. - Eu e Dona Luz falamos juntas, Sofia sorria me olhando e eu explodia de felicidade.

Olha Bela. - Sofia SantinoWhere stories live. Discover now