A filha do capitão Jack Sparrow

Incrível porém estranho

Jack Sparrow

A ficha ainda não tinha caído. Como pode? Da noite para o dia eu me tornar pai? Ainda mais de uma menina?! Isso só pode ser loucura daquela mulher. Mas...e se ela tiver me enganado como noutra vez que nos encontramos? Ou...sei lá. Estava com ela em meus braços e ao mesmo tempo pensando alto. Meus delírios eram malucos assim como eu, e de repente tive a brilhante ideia de levá-la para a cozinha do navio para pegar algumas coisas de comer. Enquanto procurava algo, Helena não parava de mexer em meu chapéu com suas mãozinhas brancas e gorduchas. -Pare querida por favor, isso não é para brincar, é um chapéu de capitão, está vendo? O papai é o capitão desse navio! Disse enquanto colocava o chapéu na cabeça dela, e ela ia se jogando para trás com uma risada gostosa que deixava meu coração de forma muito estranha. Nunca havia sentido aquilo. Não sei explicar. É como se eu já a tivesse conhecido. Não consigo imaginar a minha vida sem ela. Pode parecer melodrama, mas...o que aconteceu com aquele capitão Jack Sparrow? Me perco em seus olhinhos doces e suaves como se tivesse me pedindo para protegê-la do temível mundo cruel. Peguei algumas frutas, e coloquei-a sentada sob o madeiro desgasto. Nunca pensei que admiraria tanto uma criança comendo uma fruta. Só sei que enquanto outros cochilavam num sono profundo, eu e a minha pequena pirata brincávamos como nunca antes. -Veja querida, um dia será você que guiará este navio, tenho certeza que será uma incrível capitã. O papai vai te ensinar muita coisa querida. (Disse enquanto a levava para conhecer o navio) -  E uma outra coisa...(disse levantando o dedo indicador para o alto! ) Talvez você irá amar o tão adorável rum! O que acha hein?!  (Oh meu Deus que tipo de pai eu sou?! Oferecendo rum para uma criança! ) -Vamos querida, dormir um pouco, amanhã o dia será longo.

Peguei um cobertor que havia perto da rede, e a cobri, o que a fez resmungar, talvez porque estava achando tudo aquilo muito estranho, mas, como pai, deitei ao seu lado, beijei-lhe a testa e cantei o hino dos piratas para ela! Por incrível que pareça, ela soltou uma leve gargalhada e em seguida fechou os seus olhinhos. Adormecendo num sono profundo.