Traição

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   Enquanto admirava todo aquele lugar, dei ordens ao homens que saqueassem os vilarejos circunvizinhos, pois ali até os lugares que "deveriam" ser mais pobres, eram os mais prósperos. De repente, enquanto a tripulação fora cumprir a missão, senti uma saudade do meu pai. Será que ele acha que não é mais capaz? (Pensei) Fiquei com medo dele desistir do posto de capitão já que agora está mais velho e não possui mais a disposição de antes. Eu o amo com toda a minha alma. Mas...espero que ele fique bem!
Logo me espantei de tais devaneios, e fui também agir como uma pirata. Segurei a minha espada na bainha, e de forma firme e segura, caminhei até o palácio Dourredo para que lá eu pudesse talvez tirar umas preciosidades. Contudo o meu passeio foi interrompido quando um dos guardas me reconheceu sendo filha do capitão Jack Sparrow.

-Ora, ora...não é você a pequena Sparrow? (Questionou-me um dos guardas do palácio) droga! Pensei. Não imaginava que eu e meu pai éramos tão famosos assim. 

-Você e aquele imundo! Disse ele olhando-me de forma assustadora e grotesca. -Escute aqui mocinha, se não sair em dez minutos, juro que corto seu pescoço aqui mesmo.

Eu hein!? Que cara louco! Eu não tenho culpa das coisas que o meu pai fez! Mas...talvez posso fazer-lhe uma proposta...mas o que? Que coisa seria do interesse dele? (Pensei)

-Calma aí! Já sei...o que posso fazer para que o senhor não vá atrás de mim nem de meu pai? Quanto quer? Podemos negociar...o que acha?

Ele fechou os olhos e respirou profundamente. -Está querendo me subornar é?! (Questionou)

-HOMENS VÃO ATRÁS DELA! A  LEVAREMOS PARA CONHECER O CÁRCERE E A FORCA!!!

Não me lembro de mais nada. Apenas saí correndo e desesperadamente pulei no rio que havia em baixo da Ponte de Villas. Eu acho que acabei desmaiando.

Horas depois...

   Abri os meus olhos, olhei de um lado a outro mas nada havia. Estava um pouco tonta. Mas...fiquei espantada ao virar-me para o lado e me deparar com uma cela fria, escura, e solitária. O que está acontecendo? Pensei. Aqui parecia ser tão perfeito! O que faço agora meu Deus?! Olhei para as minhas mãos e as mesmas estavam algemadas. Gritei para ver se havia pelo menos alguma companhia, mas não! Não havia ninguém. Apenas ratos, sapos e temíveis baratas. Eu teria que dar um jeito de sair dali. Não poderia ir para a forca. Sou muito jovem. Não posso. Minutos depois, ao levantar a minha cabeça, avisto um dos soldados zombando de mim. -E aí bela pirata? Está gostando de sua nova casa ? Não se preocupe, que logo logo esse   medo irá passar. (Sorriu em seguida). -Não por favor! O que querem? Não me matem...eu imploro!

Ele parou no corredor, virou-se para trás, e parecia que iria aceitar fazer alguma proposta comigo. Pois confesso que a morte me assusta. Me assusta muito.

-Olha, o seu pai, aquele tal de Jack Sparrow vale uma fortuna. Diga-me onde ele está, que então você terá a sua liberdade! Isso eu prometo! E ainda poderá ganhar uma fortuna, mas isso fica apenas entre nós. E então...o que acha?

Tremi na mesma hora! Entregar meu pai?! Como assim? Isso é golpe baixo! Mas...ele sempre se safou do pior, se eu entregá-lo, além de ficar com todo dinheiro, terei a minha liberdade. E...tenho certeza que dessa vez ele também escapará, não será diferente. Com muita dor no coração e medo, acabei entregando onde meu pai estava.

Com os olhos marejados, olhei para ele e implorei para que ele não fizesse nada com meu pai.

-Então...ele está na praia, no mar daqui da cidade, em seu amado Pérola. Ele acenou com a cabeça, e colocando um sorriso de lado, pegou as chaves e destrancou as grades, além de tirar as algemas de meus braços. -Pode ir, e volte amanhã para receber o seu dinheiro!

A filha do capitão Jack SparrowWhere stories live. Discover now