Sessão de horrores

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Observação: Esse capítulo irá conter alguns momentos que poderá ser sensível ou agoniante para alguns tipos de público! Boa leitura.😉

     Não podia acreditar no que estava acontecendo comigo. O que eu fiz Senhor? (Pensei). Como já previsto, eu preferi morrer do que trair meu pai novamente. Eles me apanharam pelos braços, e então me jogaram dentro de uma cela podre. Repletos de ratos e baratas. -Amanhã viremos para buscá-la querida! (Disse o homem debochando da minha triste situação). Deitei sobre o chão apodrecido, e minhas lágrimas, sem que eu pudesse controlar, começou a rolar pelo o meu rosto. De tanto chorar, meus olhos ficaram inchados e por consequência acabei por pegar no sono. Sem dúvida alguma, essa fora a pior noite da minha vida. 

...

Manhã seguinte

    Achei que seria mais um dia comum pelo menos para um pirata. Acordei e apenas veio em minhas lembranças a memória de meu velho pai. Ainda não superei a distância, ou a traição. Toda vez que eu lembrava dele, uma dor semelhante a de uma navalha despedaçando a alma vinha sobre mim. Não sabia que o amava tanto. Mas tenho certeza que um dia, terei a coragem de escrevê-lo uma carta pedindo perdão por tudo que fiz. Por ter destruído a sua tripulação. E que nunca mais, apareceria em sua vida novamente. Enquanto estava presa a tais devaneios senti meus lábios secando, e meu estômago roncando incontrolavelmente. Até que, numa fração de segundos, ouvi passos se aproximando. Era o "nobre" homem fardado que me encobria de ameaças incontrolavelmente. -Bom dia senhorita! Aqui está seu desjejum! Coma e ponha essa roupa e daqui exatamente vinte minutos estarei de volta para buscá-la para a sua sessão de tortura! Prepare-se minha querida...( Ele me deu um pão mofado com um leite repleto de bichos de mosca passeando pela tigela. Em seguida me deu um vestido branco, muito encardido, fiquei trêmula quando o vi cheio de sangue velho. O vestido na verdade era de saco. O que me espera meu Deus?! 

...

    Passaram-se exatamente vinte minutos. E então, como prometido, ele voltou só que desta vez com diversos instrumentos que nunca tinha visto em toda a minha vida. Ele estava vermelho de ódio. Então, puxou-me para fora da cela e me levou para a mesma sala que havia estado antes de ser presa. Ainda algemada, ele prendeu também os meus pés. Logo ao lado havia uma lareira, com um  fogo fumegante. Como se não bastasse, ele também vendou os meus olhos. Naquele momento, conseguia ouvir apenas o barulho de correntes. Ele pegou o instrumento que estava em suas mãos, colocou-o no fogo, e assim que ficou laranja de tão quente, ele "colou" a ponta em meu braço. Eu nunca havia gritado tanto em minha vida. E assim foi durante dez minutos de agonia, parecia que queimar as pessoas ou melhor, piratas com instrumentos pontiagudos de aço, era seu passatempo preferido. Mas ainda não havia acabado. Ele me puxou pelos cabelos, tirou a venda dos meus olhos, e em seguida apanhou um chicote cheio de pregos, e eu ainda estava presa na maldita cadeira. Minhas súplicas não adiantava de nada. Eu apanhei muito, meu rosto escorria sangue, minha pele rasgava, poderia ver a minha carne sendo despedaçada por aquele  maldito, e por enfim acabei desmaiando. 

A filha do capitão Jack SparrowWhere stories live. Discover now