Alan x Jake (round 168)

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Estamos no hospital e Maria vai direto para a cirurgia, quando percebo o lugar está cheio de amigos dela e policiais, e agora não tem nada que possamos fazer a não ser esperar, mas quando vejo Jake, não penso em mais nada e avanço pra cima dele.

— De novo ela está em um hospital por sua causa. — digo espumando de raiva e empurro ele, que volta e me dá um soco, ele tem sorte de nos terem separados eu iria acabar com ele.

— Estamos em um hospital, se comportem. — agente Blake olha feio para nós e eu me afasto com Dan puxando meu braço.

Não consigo me acalmar, não consigo para de pensar se ela está bem, da visão dela toda machucada, ando para um lado o outro quase arrancando os cabelos de ansiedade.

— Calma cara, ela vai ficar bem. — Dan tenta me acalmar e só consigo acenar com a cabeça que sim.

Após algumas horas, finalmente um médico fala com a gente, ele diz que ela levou duas facadas, e a perna estava quebrada, os machucados no rosto não foram sérios e que ela vai ficar bem, depois que ele fala isso, não ouço mais nada, eu preciso vê-la.

Ela vai ficar na UTI, sob observação, por alguns dias, eu não saio daqui até ver ela, e não importa quanto tempo ela irá ficar aqui, vou ficar também. A enfermeira que está cuidando da Maria vem até nós e diz:

— Uma pessoa pode ficar de acompanhante com a Maria no quarto. Qual de vocês pode ficar?

— Eu fico. — digo firme e Jake também ao mesmo tempo.

— Alan, acho melhor o Jake ficar e depois que ela sair da UTI, nós podemos visitá-la — Jessy me aconselha.

Eu dou a volta, para sair do hospital, mas não vou embora, pedi para Ethan vir e me trazer umas roupas, já que não vou sair daqui nenhum minuto até ter certeza de que ela está bem e poder falar com ela.

Respiro ar puro, coloco as mãos na cintura e ando de um lado para o outro, minha garganta em um nó, Ethan coloca a bolsa no chão e me abraça e eu me permito chorar por um momento.

— Ela vai ficar bem, ela é durona. — diz ele tentando me consolar.

— Ela podia ter morrido. Eu podia ter a perdido pra sempre. — respondo aos prantos molhando seu moletom preto.

— Isso só prova que no passado você não a perdeu. Entendeu? Você não a perdeu. E eu lamento que ela esteja nessa situação.

— Obrigado, cara. — damos tapas fortes nas costas um do outro. Eu limpo o rosto e pego a mochila no chão.

Volto para dentro do hospital e pergunto se tem um lugar onde eu possa tomar banho e me trocar, não gosto de fazer isso, mas tenho que mostrar meu distintivo para que me deixem fazer isso, tomo um banho demorado e me troco, me sinto melhor, mas a imagem dela naquele local sujo não sai da minha cabeça, eu tenho que a ver o mais rápido possível.

Depois vou até a sala de espera e fico lá, por horas, Jake está no quarto com ela, e não saber de nada me deixa nervoso, a mesma enfermeira de antes passa sorrindo e entra no quarto, me levanto em um salto, mas não consigo ver nada, pouco depois Jake sai do quarto com uma expressão triste, mas quando me vê ele fecha a  cara.

— Está feliz? — pergunto para ele.

— O quê? — responde ele com uma careta.

— Você só trouxe desgraça desde que chegou. — digo para ele me aproximando.

— Acha que eu não sei disso? — ele fala mais alto.

— Então o que ainda está fazendo aqui?

— O que você está fazendo aqui? — ele replica.

— Sabe, Jake, se não estivéssemos aqui dentro eu te daria uma surra. — digo quase cuspindo.

— Você deve ter experiência nisso já que já levou várias de mim. — esse moleque está pedindo mesmo.

— Eu sinto vontade de te arrebentar desde o dia que pisou em nossa casa e arruinou nossas vidas. — confesso.

— Vamos lá para fora então. — desafia ele.

— Sabe — sorrio para ele — Quando nós terminamos ela disse que a dor do nosso término era pior do que a dor de perder você naquele dia na floresta.

— Ela só disse isso porque eu estava vivo, idiota. — Jake engole em seco, e eu atingi meu alvo com isso.

— Se ela quebrar uma unha perto de você, pode ter certeza de que você é um homem morto, entendeu, hacker?

— Eu não tenho medo de você.

— Não estou tentando te causar medo, Donfort, só estou te avisando.

— Vocês vão se beijar? — Dan debocha e nos afasta.

— Parem de brigar, vocês dois! — Jessy diz com sua voz fina.

— Eles vão brigar pelo amor dela, isso é romântico — Dan responde.

— Tenha mais respeito. Maria está se recuperando.

Respiro fundo e vou para um lado do corredor enquanto Jake vai para o outro, mas ninguém está permitido de entrar no quarto, ela está descansando, o médico acabou de a examinar, e nos disse que ela está bem, o que me deixa aliviado, mas nem tanto, não sem a ver.

Porém, já estou aqui a dois dias e ainda não a vi e nem fui pra casa, estou exausto, não durmo e não como direito, mas neste momento, Dan e Jessy foram na lanchonete e Jake foi para casa, a enfermeira saiu do quarto e não tem ninguém aqui além de mim.

Me levanto e entro sorrateiramente no quarto, finalmente podendo a ver, mas ela está dormindo, tranquilamente, talvez ela acorde com as batidas altas que meu coração está dando neste momento, passo a mão no peito, tentando me acalmar, não quero acorda lá.

Decido me aproximar, me sento devagar na cama, o seu rosto está melhor, não está tão machucado, vermelho ou inchado, ela está linda como sempre, passo a mão de leve em seu rosto, meu Deus, eu a amo tanto, e trocaria de lugar com ela se pudesse.

— Eu prometo que nada assim vai acontecer com você de novo, querida. — falo baixinho.

Continuo a fazendo carinho, passo as mãos em seus cabelos, seguro sua mão, continuo tão apaixonado por ela quanto estava antes de terminamos, eu nem sei se ela sabe que estou aqui todo esse tempo, que estou aqui agora.

Vou até o prontuário dela, é digital, mas tem uns papéis em uma prancheta e uma caneta, faço uma carinha feliz e escrevo meu nome bem pequeno no gesso em sua perna. Dou um beijo bem de leve em seu rosto e saio do quarto.

Sempre foi ela - DuskwoodOnde as histórias ganham vida. Descobre agora