Sempre foi ela - Duskwood

Ela foi sequestrada

Depois da bronca que levei dos meus amigos a uns meses atrás, resolvi seguir os conselhos deles, tenho como objetivo, um dia me tornar capitão, e decidi dar um passo rumo a isso.

Me inscrevi na prova para me tornar sargento, estou estudando para isso, Ethan tem me ajudado, ao invés de irmos a festas e bares, ele tem se disposto a vir na minha casa me ajudar, eu aprecio o seu gesto e o apoio de todos.

Dan me comprou as apostilas, Aiden me ajuda com questões burocráticas que sargentos são responsáveis, e Liam me distrai um pouco, o que é bom, porque estudar me dá dor de cabeça.

Ainda sou amigo da Maria, e sim, ainda jantamos juntos, mas a frequência diminuiu muito desde que ela me contou que está com o Jake. Felizmente, nós não brigamos mais. Tive que cancelar nosso jantar de hoje, porque eu tive que trabalhar até tarde, as vezes, ser detetive não tem muitos horários regulares, e ia ficar muito tarde, ela me pediu para a avisar quando chegasse em casa.

Alan: Oi, não sei se está acordada, mas cheguei em casa agora, desculpe perder nosso jantar, quem sabe outro dia.

Fico pensando como o Jake, deve reagir a sermos amigos, ele fica inseguro ou será que não liga? Sente ciúmes? Ele deveria ficar inseguro já que não tenho intensão de permanecer amigo dela por muito tempo, ele tem é inteligente, sabe que eu a quero de volta. Ela não responde de imediato, acredito que ela esteja dormindo, mas meu celular vibra com sua mensagem.

Maria: Oi, não vi sua mensagem, estava aprendendo a tocar uma música aqui.

Alan: O que você está cantando aí?

Maria: Você quer ouvir?

Alan: Você sabe que sim.

Ela me liga, as boas e velhas chamadas de vídeo, sinto falta disso, me faz lembrar dos tempos onde flertávamos, onde dizíamos sem dizer que gostávamos um do outro, ela aparece na tela.

Maria: Apenas isso por enquanto. — ela levanta os ombros. — O que você achou?

Alan: Eu achei a escolha de música interessante.

Maria: O quê? Essa música está em alta agora. — diz ela franzindo o cenho.

Alan: Sei. Mas, e aí, como você está?

Maria: Bem, e você? — vejo ela respirar fundo.

Alan: E cadê o hacker? Onde ele está?

Maria: Hackeando coisas por aí. — responde ela rindo. — Ele sabia que eu ia jantar com você hoje, então ele ficou na casa dele.

Alan: E pra ele tudo bem, nós sermos amigos?

Maria: Acho que eu posso ser amiga de quem eu quiser, e ele confia em mim. — Ui, essa doeu.

Alan: Mas ele não confia em mim.

Maria: Não. — ela ri.

Alan: Também não confiaria em mim se fosse ele.

Maria: O que você quer dizer?

Alan: Você sabe perfeitamente o que eu quis dizer. — sorrio maliciosamente e a vejo pela pequena tela de celular umedecendo os lábios devagar tentando conter o riso.