Sempre foi ela - Duskwood

Isso é pro resto da minha vida

Estou na delegacia trabalhando como qualquer dia normal, meu capitão me chama até sua sala para revisar alguns relatórios e burocracia chata, quando saio da sala dele, Maria está do lado de fora próxima da minha mesa.

Ela raramente vem até aqui, nunca se sabe o que se pode acontecer, por aqui passa todo tipo de gente doida e não quero colocá-la em perigo, mesmo que o risco seja mínimo.

Tem quase um ano que estamos casados, e nossa relação é perfeita, ela é perfeita, e posso afirmar com toda certeza do mundo que ela me faz muito feliz, mas ela está aqui e está com os olhos arregalados e pálida, aconteceu alguma coisa.

— Maria, está tudo bem? — pergunto colocando os papéis em uma mesa aleatória.

Ela vem andando até mim, coloca as mãos em meus braços, está ofegante, parece até que ela correu até aqui.

— Alan — ela diz e seus olhos se enchem de lágrimas e um pequeno sorriso se forma em seus lábios — Eu estou grávida!

— Querida, você tem certeza?

— Tenho, 3 semanas.

— Ah meu Deus. — então a abraço, seguro sua nuca e sua cintura com força, e dou risada, a delegacia começa a bater palma, tinha me esquecido que estávamos aqui e que tinham pessoas ao nosso redor.

— Eu, eu... — ela gagueja, tremendo saindo do abraço.

— Maria, eu estou tão feliz! Obrigado! — abraço ela de novo. — Então, parece que a comida não estava estragada no outro dia. — ela ri.

— Verdade, era enjoo da gravidez, meu Deus. — diz ela passando a mão na testa e passando a mão nos cabelos.

— Parabéns, papais! — Ethan se aproxima e me abraça e depois abraça Maria. — Vocês serão ótimos pais.

— Treinamos muito com você. — respondo rindo.

— Verdade. — concorda ele rindo.

Os outros vem nos cumprimentar também, nos dando os parabéns, paro tudo o que estou fazendo, e vamos ao médico, ver como estão as coisas e se está tudo bem.

Estamos animados agora que ela está grávida não consigo parar de ver bebês em todos os lugares, compramos várias coisas que não precisa porque ainda está no início, mas estamos muito animados.

A barriga de Maria, está bem no início quase imperceptível, ela sempre foi de falar sozinha em voz alta, mas agora ela fala com o bebê o dia todo o que é muito fofo.

Agora, ela está de quase 5 semanas, e não teve um dia desde então que Maria não chegou em casa com algumas coisas de bebê, e eu também, confesso.

Estamos entrando em casa, quando Maria simplesmente para de andar, olhando para baixo e quando ela olha para mim de novo está quase chorando e eu fico confuso.

— Você está bem? — pergunto.

— Tem algo errado. — responde ela.

— Como assim?

— Me leve pro hospital, agora. — ela ordena, e eu obedeço.

Dirijo a toda velocidade, e chegamos ao hospital na metade do tempo que normalmente levaria, com uma mão no volante e a outra em sua barriga, enquanto ela respira fundo.

Somos atendidos rapidamente, Maria se deita na maca, a enfermeira faz o ultrassom e sai da sala, pede para esperamos a Dra. Lewis chegar.

E eu sei, sei o que acabou de acontecer, Maria coloca as mãos nos olhos chorando, estou sentado ao lado dela.