Capítulo Trinta e Quatro

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Diane POV

Will tinha razão e uma parte de mim desejava voltar a provar o amargo sabor da marijuana? Por minha desgraça, sim.

A velha Diane, de dezasseis anos, louca por experimentar coisas novas está a gritar desde o mais profundo de mim, suplicando pelo fumo desta droga que invadisse o meu organismo uma vez mais.

- E?

- Sim, quero fumar. - Informei.

- Eu sabia. - Sorriu vitorioso.

Aproximou-se de mim, talvez demasiado, tanto que podia ouvir como ele respirava. Agarrou os meus braços, os quais tinha cruzados por baixo do meu peito e afastou-os.

- O que estás a fazer? - Afastei a sua mão quando vi que ia introduzi-la por dentro do casaco.

- Para poder fazer a ganza preciso de tabaco e tenho-o guardado no bolso do interior do casaco. - Diz. - Pensavas que ia meter a mão? - Riu com vontade. Idiota.

- Não... Bom... Eu achava que... É igual. - As minhas bochechas tornaram-se numa cor avermelhada e não era pelo efeito do frio.

- Tranquila, terei tempo para meter a mão mais tarde, não vou deixar-te com vontade. - Mentalmente preparei-me para me atirar a um canto. Porque é que estava envergonhada?

- Isso será se eu quiser. - Contra ataquei.

- Farás.

- Como estás tão seguro? - Não respondeu. No seu lugar cravou os seus dedos na minha cintura, o seu aperto doía, mas não o suficiente para me queixar.

Apenas chegou a roçar nos meus lábios e eu estava a morrer por dentro.

- Vês? Dás conta de como te pões quando te toco? - Sorriu.

- És um idiota. - Insultei querendo dissimular um pequeno sorriso.

- Tu adoras que faça isto. E agora deixa-me pegar no tabaco de um vez.

Abri a americana e no lado esquerdo vi o tal bolso, deixei que ele pegasse no tabaco, no isqueiro e num pequeno pacote negro de papel de enrolar.

Quanto já tinha tudo sentou-se nas escadas que haviam por baixo da porta das traseiras. Deu uns golpezinhos no espaço ao seu lado, convidando-me para me sentar. Aproximei-me, agarrei nos extremos do meu pequeno vestido, no fim deste, para o vestido não subir ao agachar-me e sentei-me.

Will retirou um cigarro da caixa, abri-o pela metade e pegou num pouco de tabaco.

- Estende a tua mão. - Pediu. Abri a minha mão para ele e ele pousou o pouco tabaco nela.

Pegou no pequeno saco que continha a marijuana e retirou uma pequena quantidade, quase a mesma que tabaco. Pegou depois num papel para enrolar e colocou sobre a erva, ato seguido eu peguei o que tinha na mão e ele encarregou-se  de misturar um pouco, com cuidado para que não caísse nada no chão. Fez um filtro com um pedaço de cartão da caixa do tabaco e terminou de enrolar o charro.

A porta abriu-se num só golpe nesse momento e Daniel saiu por ela. Genial, era o que mais me faltava. 

- Menos mal, cheguei a tempo. - Suspirou.

Sentou-se ao lado de Will e arrancou o cigarro das mãos de Will, mexendo-o nas suas próprias mãos. Colocou-o entre os seus lábios, acendeu um isqueiro e aproximou a chama deste para o acender. Aspirou fortemente, inundando-se de fumo. Reteve-o por um tempo dentro da sua boca e depois expulsou-o.

- Levava semana sem fumar um destes. - Declarou voltando a dar outro trago.

- Sim, muito bem, mas não fumes tudo sozinho. - Disse Will com uma vontade enorme de se apoderar do cigarro.

Deu vários bafos e logo me ofereceu.

- A pequena rapariga leva maus hábitos? - Daniel estava a irritar-me do batente da porta. Realmente começava a arrepender-me de ter fodido com ele antes.

- Chateia-te que fume, por acaso?

- Não, por mim é como quiseres meter-te na coca, cada um matasse como quer. - Encolheu os ombros. Ele é tão idiota.

- Daniel, deixa-a. - Espetou Will em minha defesa.

- Desculpa, é que gosto de me meter com a pequena Diane. - Ou deixas de sorrir dessa forma ou eu mesma me encarregarei de estragar esse estúpido sorriso da tua bonita cara, o meu interior fazia ressoar os seus nós, estava pronta para partir a boca a este imbecil. 

- Que te fodam, Daniel. - Disse já farta.

- Já me "foderam" esta noite, à mais ou menos quarenta minutos para ser exato, foi na casa de banho das raparigas. - Mostrou a sua branca dentadura. Filho da...

- Mano, cala-te já. - Will parecia algo irritado pela maneira como o seu amigo se dirigia a mim.

- Está bem, desculpa. - Levantou as mãos.

Daniel voltou a retirar o pequeno cigarro a Will, olhei-o chateada, eu ia pegar nele.

- Alguma vez fizeste uma iguana, Diane? - Perguntou soltando lentamente o fumo da sua boca.

- Não, mas sei como fazem e se estás a propor fazer uma, esquece. 

- Oh, vamos, não sejas chata.

Neguei com a cabeça, levantando-me das escadas.

- Espero-te lá dentro, Will.

- Espera. - Apressou-se a dizer Daniel. De um segundo para o outro estava a agarrar-me no braço. Deu uma rápida e profunda tragada no cigarro e aproximou os seus lábios dos meus para soltar todo o fumo na minha boca.

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Hello!

Agora a história está a avançar lentamente, mas não pode acontecer tudo de seguida! Ahah bom, talvez seja para breve o reencontro entre Diane e Louis :P 

Não deixem de ler! 

Beijinhos e votem muitoo! <3

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