Capítulo quarenta e cinco

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Diane POV

Namorados. Daniel e eu éramos namorados... Ainda não acreditava. Pensei que a etiqueta de "namorado" apenas se adequava a Louis, não a ele. Começava a arrepender-me de tudo. E que merda era isso que queria Daniel? De certo que não era nada de bom, ao menos para mim.

- O intervalo está prestes a terminar, vou embora, não quero chegar tarde. - Anunciei levantando-me da cadeira, colocando a minha mala ao meu ombro.

- Queres que te acompanhe à aula? - Perguntou.

- Não é preciso.

- Insisto. - Ele levantou-se também.

- Na verdade, não...

- Como o bom rapaz que eu sou devo assegurar-me que a minha namorada chega à sua aula sã e salva, ainda que, queiras ou não, vou contigo. - Sorriu gozão.

- Está bem. - Passou o seu braço pelos meus ombros, aproximou os nossos corpos e deixou um beijo na minha cabeça.

Avistei a silhueta de Will no final do corredor, estava com as costas apoiadas no marco da porta da aula de desenho e falava animadamente com Sam.

Removi-me de baixo do toque de Daniel até me separar dele.

- Porque é que te afastaste?

- Pelo Will.

- É pelo que disse antes? - Assenti. - Ouve, se ele é um ciumento de merda não é culpa minha. - Rodeou novamente os meus ombros. - Além disso, agora és minha namorada, tem que começar a acostumar-se a ver-nos assim. - Namorada... Não me acostumava a ouvir isso. - Olá, meninos. - Will e Sam deixaram de falar e olharam-nos. Sam sorriu ao ver como Daniel me agarrava pelo seu braço e Will, diferentemente, parecia estar a aniquilar-nos na sua mente.

- Olá. - Disseram ao mesmo tempo.

- Sam, posso pedir-te um favor? - Perguntou Daniel.

- Claro.

- Podes deixar-nos a casa livre para esta tarde? Gostávamos de celebrar algo... - Olhei-o surpreendida. em cuidado com o que dizes, Daniel.

- Sim, mas posso saber o que é que vão celebrar?

- Estamos juntos. - Diz orgulhoso. Sam sorriu ainda mais, Will ficou tenso e a sua mandíbula apertou. Fiquei pasmada.

- Claro que vos deixo a casa, não há problema.

- Obrigada. - O seu timbre soou. - Vejo-te depois da aula. - Disse-me. Pegou na minha cara entre as suas mãos e beijou os meus lábios. - Adeus, amor. - Amor?

- Adeus.

- Diane. - Chamou Sam. - Já estás a atrasar-te em contar-me tudo.

- Sim, também gostava de saber que merda se está a passar. - Ladrou Will.

- Não há muito para contar. Vamos, o professor já entrou na aula.

Durante esta hora, Sam dedicou-se a bombardear-me com perguntas enquanto que Will me ignorava, apesar de vez em quando o apanhar a olhar-me, meros olhares cheios de rancor. Afetava-o que estivesse com Daniel?

À saída da aula, o meu novo "namorado" estava à minha espera. Não me apetecia nada passara tarde com ele em minha casa. Ou melhor dito: não me apetecia passar a tarde a foder com ele.

- Olá, amor. - Amor... Não, não vou acostumar-me a isto, nunca. Abraçou-me fortemente e beijou-me.

- Porque me chamas amor?

- Tenho que fazer isto um pouco mais romântico para te chamar assim uma vez que somos namorados, não achas? Ou preferes que te continue a chamar garota?

- Não! - Respondi antes que ele terminasse a pergunta. - Chama-me o que quiseres menos garota ou mal educada.

- Supus. - Voltou a pressionar os seus lábios contra os meus. - Vamos, quanto mais cedo chegarmos a tua casa, melhor. - Piscou-me o olho. Passou um braço sobre os meus ombros e começamos a andar.

Daniel contou-me anedotas bastante divertidas durante o caminho. A verdade é que Daniel não era tão chato como eu pensava. Sim, tem coisas más e coisas a favor, mas era bastante agradável lá no fundo. Simplesmente lhe custava mostrar esse seu lado tão humilde.

- Estavas visitas hoje? - Perguntou de repente.

- Não, porque perguntas?

Ele acenou para minha casa com a cabeça. Havia alguém encostado à porta da entrada, mas de longe eu não podia distinguir a pessoa.

Cada metro em que nos aproximávamos a figura ficava mais focada. Era um rapaz com cabelo castanho. Tinha as mãos dentro dos bolso do seu casaco e o olho preso no chão. Entre fechei os olhos para tentar perceber melhor e parei em seco quando ele levantou a cabeça.

Não era possível. Isto não podia estar a acontecer. O que é que Louis fazia à porta de minha casa?

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Hello!

Desculpem a demora e desculpem ainda mais o facto se o capítulo tiver erros, foi tudo muito rápido.

Comentem! E não se esqueçam de ler as minhas outras fic's, se quiserem e também eu tenho um álbum de divulgação de fic's ;)

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