Capítulo Cinquenta e Oito

222 18 0
                                    

Diane POV

O alarme do telemóvel interrompeu o meu sonho e acordou-me. Estiquei a mão até à mesa de cabeceira com o objetivo de o desligar mas não encontrei nada sobre o pequeno móvel. Estranho. Rodei sobre o colchão e encontrei-me com um corpo intruso na minha cama. Com o quarto meio sumido da escuridão e aproveitando a mínima luz que entrada pelas gretas das persianas, consegui apreciar as feições do perfeito rosto de Louis. Nem se quer me recordava que ele estava a dormir ao meu lado.

Apoiei todo o meu peso no cotovelo esquerdo e consegui ver o telemóvel sobre a outra mesa de cabeceira, assim que, com cuidado para não cair por cima do rapaz, inclinei-me sobre ele, peguei no telemóvel entre os meus dedos e depois de retirar a música irritante que emanava do aparelho, voltei a deixá-lo na mesa.

Senti os braços de Louis a serpentear à volta da minha cintura, apertando-me, fazendo com que caísse em cima de si.

- Eu esperava que me acordasses como a última vez e vais tu pôr o alarme. - Negou, atirando-me a língua. - Estás a perder pontos positivos, Diane. - Eu ria contra o seu peito.

- A outra vez foi uma exceção. 

- Podias fazer uma segunda exceção agora.

- Tenho que me vestir para a aula, não posso perder tempo dessa maneira. 

Tentei impulsionar-me para cima com as mãos e sair de cima de Louis. Sabendo o fácil que era eu de convencer, tinha noventa e seis porcento de possibilidades de acabar com a boca em certa parte da sua anatomia masculina se não me levantasse já da cama. Ele só lhe faltava tocar-me um pouco e dizer-me qual a obscenidade para ter-me à sua mercê. Era fraca. Com ele eu era.

Por alguma estranha razão, não me deteve, deixou que me levantasse sem dar resistência.

A primeira coisa que fiz foi aproximar-me da janela do meu quarto e subir toda a persiana. Antes da grande mudança de iluminação, Louis escondeu-se de baixo das mantas. Abri uns centímetros a janela, a suave brisa da manhã acariciou a minha cara e o resto do corpo. Devido a isso o meu corpo tremeu. Fazia bastante frio lá fora. Coisa perfeitamente normal uma vez que estamos em pleno mês de Novembro. 

Abri o armário e peguei na roupa que iria usar hoje, normalmente demorava uns 10 minutos a decidir o que usar, era bastante indecisa. 

- Onde vais? - Perguntou Louis, sentando-se na cama.

- Mudar-me na casa de banho. - Ele rolou os olhos.

- Não sei a paranóia que as mulheres têm com isso de não mudarem de roupa à frente dos rapazes. Ane, já te vi, toquei, chupei, mordi e saboreado cada centímetro do teu corpo, porque é que tens vergonha de mudar de roupa comigo à tua frente? - As suas palavras fizeram-me ficar tensa. Se não fosse porque precisava da roupa que tinha nas mãos, tinha-me atirado enquanto gritada um "Porco!".

Louis esperava que eu desse uma resposta coerente à sua pergunta mas, sinceramente, eu não tinha. Porque de repente tinha vergonha de me mudar à sua frente?

- E bem? - Insistiu, com um irritante sorriso.

Abri a porta para falar. Não disse nada. O que ia dizer? Optei por me calar e sair do quarto.

Quando voltei ao meu quarto, Louis já não lá estava e a cama estava feita, um gesto bonito da sua parte. Peguei num casaco do armário, a minha mala e os meus livros que estavam por cima da secretária e fui até à cozinha à procura de algo para comer.

Graças a Deus a minha mandíbula estava presa à minha cara, porque se assim não fosse teria caído no chão quando entrei na cozinha.

- Louis! - Ele deu meia volta, a minha cara não podia estar mais corada naquele momento. - O que fazes nu?

Secrets (Portuguese Version)Where stories live. Discover now