Capítulo Vinte e Um

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Louis POV

Estacionei o meu carro à frente de sua casa. Saí do veículo fechando a porta num só golpe e aproximei-me da entrada da casa dando passos firmes e largos.

Toquei à campainha repetidas vezes sem obter resposta do interior.

- Abre a fodida da porta, Diane! - Gritei. Eu não quero saber se os vizinhos me ouvem.

Bati na porta com força. Juraria que fiz uma pequena moça.

Retirei o telemóvel do bolso das calças e marquei o número. Não atendia. Voltei a ligar e tão pouco o fez. A minha única opção era atirar a porta abaixo e não passaria por isso, algum vizinho podia imaginar alguma coisa e iria chamar a polícia a pensar que Diane estava em perigo e que eu era um louco desiquilibrado. Que, na verdade, de certo ponto de vista, não era totalmente mentira.

Liguei de novo, desesperado. Primeiro pi... Degundo pi... Terceiro pi... Atendeu.

- Mas que merda se passa contigo? Deixa de me ligar e esmurrar a porta! - Gritou

- Não vou fazê-lo até que deixes a puta do orgulho e fales comigo! - Respondi

- De nenhuma maneira vou abrir-te a porta - Diz cínica

- Abre o...

- Ou o quê? - Levantou a voz, interrompendo-me. Soltei o ar pesadamente.

- Por favor, abre. Devo-te uma explicação e tu a mim. - Murmurei. A chamada acabou. Genial...

Dei um golpe na porta, resignado. Embati as minhas costas contra a parede ao lado da porta e o meu corpo esbarrou até ao chão, estiquei as minhas pernas e deixei escapar outro suspiro profundo enquanto passava as minhas mãos pela cara. Porque estou a fazer isto?

Diane POV

Pode ser que seja pela insistência ou pelo simples facto que veio até aqui, mas vi-me quase obrigada a abrir-lhe a porta.

Peguei num bocado de ar antes de virar a maçaneta da porta e abri-la. Estava sentado ao lado da porta, com a cara entre as mãos.

- Louis - Murmurei. Ele rapidamente virou a cara na minha direção. Levantou-se desajeitadamente. Abriu a boca para falar, levantei a minha mãe em sinal de não dizer nada e fiz um sinal para entrar.

- Olha, não sei o que te disse essa puta - Olhei-o incrédula pela maneira como acaba de definir a Samantha, ainda que eu também a denominasse assim desde ontem - Desculpa... Sam. - Corrigiu - Mas eu não fodi com ela se é isso que tu pensas.

- Claro e agora dizes-me que tão pouco se beijaram na discoteca - Cruzei os braços virando a cara.

- Não. Bom, sim. Quero dizer... - Olhei-o com a testa franzida. Fechou os olhos uns segundos e humedeceu os lábios antes de continuar. - Ela é que se aproximou quando eu estava no bar, no início não sabia quem era até que me disse o seu nome e falou-me daquele dia nos bastidores. Ofereceu-se a pedir a minha bebida porque o barmen era um maldito aproveitador que apenas atendia as raparigas com decote. Deu-me a bebida e antes de se despedir e que eu pudesse racicionar, estava a beijar-me. Depois foi-se embora e eu não voltei a vê-la a noite toda.

- Não sei se acredito... - Confessei

- Devias, eu estou a dizer a verdade. E não tenho porque não o fazer - Diz sério

- Claro, como sou unicamente a tua maldita puta privada, não tens porque explicar-me que te enrolas-te com a minha amiga - Alguma vez vou aprender a pensar antes de atuar? Levantei-me, não gostava do caminho que a conversa estava a tomar.

- O quê? - Levantou-se e ficou à minha frente - O que é que acabas de dizer?

- Tu ouviste - Girei sobre os meus calcanhares disposta a ir para o meu quarto e fechar-me lá. Louis colocou-se à minha frente, interrompendo o meu caminho - Afasta-te - Ordenei

- Acabaste de insinuar que te uso como se fosses um pedaço de carne? - A sua voz era profunda, obscura e irritada.

- Pois - Num abrir e fechar de olhos as minhas costas tocavam na parede. Ele acaba sempre por me encorralar de alguma maneira.

- Que saibas que eu nunca te vi como tal. Não vou negá-lo, adoro ter sexo contigo sem nenhum tipo de compromisso, mas isso não quer dizer que para mim sejas uma "puta privada" como dizes - A sua voz suavizou pouco a pouco. Suspirou - Acho que deviamos de falar sobre esta espécie de relação, acho que estás uma bagunça, e na verdade, é que eu estou também. Há muitas coisas para exclarecer - O seu corpo separou-se do meu - Apenas se todavia quiseres continuar com isto, claro - Arqueou uma sobrancelha e olhou-me expetivo.

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Hello! Segunda começa as aulas e eu vou deprimir por isso. :c 

Bom, espero que tenham gostado do capítulo, Louis e Diane estão a passar um mau bocado :c Let's cry together

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Beijinhos <3

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