Capítulo Trinta e Seis

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Louis POV

- Levanta o teu rabo da cama, Tomlinson. - Grunhiu uma voz masculina. Enrolei-me ainda mais da cama. - Hoje não tenho tempo para as tuas maluquices, Louis. Levanta-te! - O edredão e os lençõis voaram, literalmente, de cima de mim.

- Fodasse. - Disse entre dentes. Apoiei os cotovelos no colchão e impulsionei-me para a frente. - Que horas são? - Perguntei. Esfreguei os olhos e abri-os o melhor que pude, adaptando-me à luz do quarto.

- Oito da manhã.

- É demasiado cedo, Paul. Porque é que me acordaste? - Deixei cair o meu corpo na cama. Suspirei cansado.

- Em duas horas tens uma entrevista, assim deixa de perder tempo e levanta-te de uma maldita vez. - Exigiu levantando a voz.

- Não me grites, tenho ressaca e dói-me a cabeça. - Acariciei as minhas têmporas. 

- Eu sei que te dói a cabeça, mas tens que te aguentar. Se tens ressaca aguenta, e se não, aprende a deixar de beber tanto, porque ultimamente isso é a única coisa que fazes. E digo-te Louis, a minha paciência tem um limite.

- Tudo o que disseres...

Contra a minha vontade levantei-me da cama.

Suspirando, pontadas no meu estômago e tonturas apropriaram-se de mim no momento em que me pus de pé.

- Se vais vomitar que seja na casa de banho, não quero que sujes o chão e não quero ter que chatear o serviço de limpeza do hotel por tua culpa. - Paul estava a irritar-me de uma maneira brutal.

- Que considerado que és. - Ironizei.

Senti outra náusea e saí disparado para a casa de banho.

Primeira razão porque devia de planear deixar de beber: Odeio vomitar.

Puxei o autoclismo, lavei os dentes e enxuguei a boca antes de voltar a ir ter com Paul.

- E sua majestade sente-se mal de beber a noite passada? - Gozou comigo.

- Não me fodas, Paul. - Sentei-me na ponta da cama. - Hoje... Onde está Eleanor?

- Obriguei-a a ir-se embora. - Diz somente.

- O quê? Porquê?

- Porque durante o tempo que ela esteve aqui não lhe deste a mínima atenção, e ontem passaste dos limites com ela. - Suspirou. - Olha, Louis, vou ser sincero e dizer-te o que penso. - Sentou-se ao meu lado. - Eleanor adora-te, mas se continuas a tratá-la deste modo, não acharia estranho ela acabar com esta relação. - Que palavras duras.

- Eu sei, Paul, eu sei... - Descansei a cara entre as minhas mãos e cravei os cotovelos nas minhas pernas.

- Não sejas parvo, Tomlinson, não percas a pessoa que queres pelas tuas idiotices. - Levantou-se. - Vou buscar os outros. Em meia hora quero-te na receção. - Abriu a porta para se ir embora. - Ah, e toma um banho, cheiras a álcool. - Disse antes de desaparecer do meu quarto.

Depois de tomar um duche de água fria sentia-me reconfortado, ainda que não na totalidade, a terrível dor de cabeça continuava em mim e o corpo não fazia o que eu queria.

A segunda razão pela qual devia de ponderar deixar de beber: Evito chatear o "general".

Quando acabei de me arranjar e desci até à receção do hotel, os outros ainda não estavam lá. Retirei o telemóvel do bolso das minhas calças e olhei as horas, fiquei impressionado pela velocidade a que me despachei; vinte minutos. O que significava que ficava com alguns minutos até que os rapazes descessem.

Deveria ligar a Eleanor? Ou a Diane talvez?

Procurei pela minha lista de contactos o nome da rapariga que decidira ligar. Inspirei e expirei umas cinco vezes. Procurei mentalmente as palavras adequadas para lhe pedir desculpas mas a sua voz suou antes que chegasse a pensar.

- Olá... - A sua voz era ensonada.

Imaginei-a estendida na sua cama, ligeiramente despenteada, as mantas a cobrir o seu corpo nu e...

- Merda. - Murmurei. 

- O que é que se passa? Voltaste a enganar-te no número?

- O quê? Não, não, é só que... - Que acabo de nos imaginar a fazê-lo e o sangue não me chega à cabeça, só isso.

 - Então porque ligaste?

- Posso fuder-te mas não posso ligar-te?

- Desculpa? - Elevou a sua voz. És um idiota todos os dias, Louis. Parece-te normal dizer-lhe isso?

- Não quis dizer isso, eu... - Esfreguei a cana do meu nariz e soltei um profundo suspiro. - Desculpa a chamada de ontem à noite.

- Não importa. Enganaste-te e pronto. Não há nada mais a falar.

- Eu sei que te importas! Fodasse, Diane, não me digas que não te importas quando sei que chateia o facto de te ter chamado Eleanor. - Expirei.

- Adeus. - Desligou.

A segunda vez que me desligava o telefone na cara em menos de vinte e quatro horas.

Voltei a seleccionar o seu nome na lista de contactos do telemóvel e liguei, ao segundo toque rejeitou a chamada. Decidi tentar de novo mas foi parar à caixa de correio. Ela tinha desligado o telemóvel. Que infantil e cobarde.

Os rapaz, acompanhados de Paul, chegaram à receção assim que eu coloquei o telemóvel de novo no bolso das calças.

Bom, Diane poderá ser teimosa mas eu era mais. Depois da entrevista voltaria a ligar-lhe. E faria-o uma e outra vez até que conseguisse que ela falasse comigo.

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Wow! Traduzi este capítulo em vinte minutos, por isso desculpem se tiver erros!

Eu não vou estar em casa à tarde queria deixar-vos este pequeno presentinho pois quando chegar a casa tenho 100% de certeza que venho cansada e sem vontade de traduzir, por isso, espero conseguir voltar a publicar amanhã!

Isto tudo devesse ao facto de os comentários me terem motivado, MUITO OBRIGADA! 

Beijinhos <3 Comentem mais vezes :3

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