Capítulo Sessenta e Quatro

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Diane POV

Cheirava a sexo, álcool e droga. Não podia, de todo, ir assim para casa de Louis. Seria demasiado evidente que tinha estado a foder em vez de estar a fazer "coisas da universidade", como lhe tinha dito. Depois de ter estado com Daniel, e uma vez que Will tinha terminado de tomar banho, foi a minha vez.

Enquanto a água molhava o meu corpo pensava em Louis.  Digamos que continuava a sentir que o que tinha acabado de acontecer estava mal. Como lhe iria contar?

Não lhe contes, estás doida? Ficaria chateado.

Era verdade, de certo que se sentiria como lixo. Quando soube que Daniel era o meu namorado já ficou mal, então se soubesse disto, pior. Não podia saber.

Quando saí do banho já pronta, Will e Daniel esperavam-me junto à entrada, a falar.

- Vamos? - Perguntou Will. Assenti. Ele voltou a chocar os punhos com Daniel enquanto dizia um "Até amanhã, mano".

- Will, podes esperar no carro? Quero falar um pouco com Diane. - Olhei Daniel curiosa. O que queria ele falar?

- Claro. Espero-te no carro, loira. - Will sorriu-me e saio de casa. Até que o rapaz não entrasse no carro, Daniel não falou.

- Estás lixada, Diane. - Estava sério,mas a sua voa não era dura, mas sim... suave. Dava impressão que falava com medo.

- O quê? - Eu não estava a entender nada. Ele suspirou.

- Antes eu não disse nada para não parar, mas eu vi os chupões que tens no pescoço e no peito. - Louis... foi ele que mos fez, de certeza. - Foi ele, certo? - O meu silêncio serviu como resposta afirmativa. Suspirou outra vez. - Ouve Diane, eu sei quem ele é. Sei quem é de verdade. - O meu corpo gelara nesse mesmo momento. Não. Daniel tinha que estar errado. Não, fodasse, não!

- O que queres dizer com sabes quem ele é de verdade?

- Não te faças de despercebida. Sabes do que falo. - E outro suspiro deu. - Quando o vi em tua casa não me dei conta mas depois, quando ia pela rua, vi uma revista num quiosque em que a capa era o seu grupo. E reconheci-o naquele instante. - Passou a mão pelo cabelo, com cara pesada. - Tu estás envolvida com um dos membros dos One Direction, a banda do momento. Merda, Diane! Dás-te conta do que estás a fazer? - Elevou a voz.

- Não me grites.

- Como não te grito?! Não vês a gravidade do assunto?

- Pára de gritar! - Estava a pôr-me de mau humor. Bufou.

- Não sabes onde te meteste. Tu fodeste, e fodeste bem.

- Sei o que faço.

- Ah sim? Encontras-te às escondidas com um famoso, e um famoso que tem namorada. Sabes o que fazes? Permite-me duvidar.

- Não preciso dos teus discursos de moralidade, Daniel. A minha consciência está tranquila. - Dei um passo, disposta a sair de sua casa. Ele impediu-me, agarrando-me no braço.

- De certeza que tens a consciência tranquila, Diane? Não te sentiste culpada pelo tempo todo que levas a viver isto? Nem só uma vez? - Sim...

- Não.

- Não? Nunca te sentiste culpada? Não pensaste que apenas te quer foder, que unicamente és a porra do seu lenço de papel e quando te gasta já não serves para nada? Não pensas que agora mesmo ele pode estar a comer a sua namorada? - Sim.

- Não. - A minha voz tremia. Eu ia chorar.

- Esse rapaz não merece alguém como tu. Para ele será apenas um jogo mas sei que para ti é algo mais, notasse. Estás apaixonada por ele e não podes negar. - Largou levemente o meu braço. - Já pensaste o que pode acontecer se mais gente souber? Tudo irá para a merda e tu serás a primeira a sofrer. - Não aguentei mais, comecei a pensar no pouco tempo vivido com ele e uma lágrima rolou pela minha bochecha. A seguir a essas lágrimas mais vieram. Daniel aproximou-se e abraçou-me, um abraço forte. - Lamento dizer-te isto tudo, mas é que não quero que te magoes... Eu gosto de ti, Diane. E ver como não aproveitas a vida por um rapaz que apenas deseja metê-la onde seja, não me agrada. Disse, acariciando o meu cabelo. - Deixei de chorar, respirei fortemente pelo nariz e observei-o, confusa por algo que ele tinha dito.

Secrets (Portuguese Version)Where stories live. Discover now