Capítulo cinquenta e seis

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Louis POV

- Só podes estar a gozar. - Diz Diane depois de desembrulhar a caixa que lhe havia dado.

- O que te faz pensar isso?

- Isto. - Apontou para a caixa que tinha na sua mão. Eu encolhi os ombros.

- A ti parece-te uma brincadeira mas a mim não. - Eu aguentei o riso.

- Agora a sério, Louis, o que se passa contigo? Quero dizer, a tua namorada não aceita usar estas coisas e por isso tenho que o fazer eu? - Aqui vamos nós outra vez...

- Se quis dar-te isso foi porque pensei que seria divertido usá-lo contigo, ponto. E já te disse para deixares de dizer o nome da Eleanor em tudo.

- Está bem, desculpa, é que... Primeiro dás-me algemas e lubrificante e agora um fodido vibrador... Como percebes isso não é normal para mim. - A pequena careta que fez pareceu-me fantástica.

Peguei na sua mão e aproximei-a de mim, beijei os seus lábios fogosamente.

- Ane, não vou obrigar-te a usar o vibrador, mas quero que me respondas a algo: quando te algemei à cama, gostaste?

- Sim. - Baixou a a cabeça envergonhada.

- E... - Prossegui, levantando a sua cabeça pelo queixo para que olhasse para mim. - Quando usei o lubrificante, achas-te desagradável?

- Não. Onde queres chegar? - Rugas na sua testa apareceram.

- Se gostaste de utilizar essas coisas, não achas que também podias desfrutar com o vibrador? - Tentava animá-la de alguma maneira. Era certo que não queria obrigá-la a usá-lo, mas tão pouco ia deixar passar a oportunidade de ver como ela brincava com ele.

Calou-se durante um minuto. Um minuto que dedicou-se a observar a parece que havia atrás de mim. Depois desses sessenta segundos, suspirou. Olhou para mim e pegou na caixa que segurava.

-Quais os teus planos para mim e esta... coisa?

Sorri, peguei na sua cara entre as minhas mãos e voltei a beijá-la.

- Como queres que te responda?

- Surpreende-me.

Curvei os lábios num sorriso. Girei-a bruscamente e colei as suas costas contra o meu peito, afastando o seu cabelo - ainda um pouco húmido pelo duche - para um lado, rodeei a sua cintura firmemente com o meu braço esquerdo e, acariciando o seu braço com a minha outra mão, sussurrei ao seu ouvido:

- Quero que te desfaças dessa toalha que cobre o teu corpo, quero que te inclines na cama e abras as pernas, quero que estimules o clítoris com os seus dedos e depois te penetres a ti mesma com o vibrador. Quero ver como te masturbas, Ane. - A minha voz saiu grave. Beijei a pele por de trás da sua orelha, gemeu.

- Louis...

- Quando te vi à alguns minutos atrás a tocares-te excitei-me de uma maneira impressionante. Ver-te a fazer com os dedos, a gemer, a morder o lábios e a tapar a boca para reprimir os gemidos pôs o meu libido a cem. - Rocei o meu pescoço com os meus lábios antes de o beijar subtilmente. - Por favor, quero voltar a presenciar um momento como esse.

Diane prendeu a saliva e assentiu. Deu meia volta. Os seus olhos transmitiam inibição quando os fixou nos meus e com um movimento de mão, a toalha que envolvia a sua anatomia caiu no solo.

A sua pele arrepiou-se de imediato pelo frio. A dureza dos seus peitos apenas acrescentava a minha vontade de chupá-los e morde-los. E o conjunto dos seus lábios entre abertos, o corado das suas bochechas e a timidez irradiando dos seus olhos faziam-me ver tão inocentemente aquela imagem dela de joelhos a chupar-me, a aparecer na minha mente. Lambi os meus lábios. Vou ter que comprar calças de um número maior, ter pensamentos impuros com estas calças tão apertadas de certo que não era saudável para o meu amigo.

Esquecendo as minhas ideias depravadas, centrei a minha atenção da rapariga que me olhava envergonhada. Dava a impressão que tinha medo ou vergonha de algo assim que, procurando acalma-la, levei os meus braços à sua cintura e aproximei-me para a beijar com doçura. Movi os meus lábios sobre os seus lentamente, chupei o seu lábios inferior e, quando ia introduzir a minha língua na sua boca, ela afastou-se.

Abraçou-me e escondeu a sua cara no meu peito.

- O que se passa?

- Louis... Não o quero fazer, não quero tocar-me enquanto me olhas.

- Porquê?

- Tenho vergonha. - Confessou com um indício de arrependimento. - Deixemo-lo para outro momento está bem?

Ajustou o meu aperto, colando-me - se fosse possível - mais a ela. Sorri compreensivo ainda sendo consciente que ela não me pudesse ver. Beijei a sua cabeça.

- Está bem.


Secrets (Portuguese Version)Where stories live. Discover now