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⚠️ A ordem dos capítulos foi desorganizada pelap wattpad, peço que antes que comecem a leitura, visualizar a numeração do capítulo. ⚠️

" você não aproveita a vida mas quer a imortalidade "

Mariana Lima.

Eu estava com um puta medo. Mas ultimamente eu estava chorando tanto, que naquele momento, o choque era tão grande que eu não tinha reação. Só orava pedindo ao meu bom Deus para me proteger.

— O que quer comigo ? — consigo perguntar e ele sorri de lado jogando o cigarro no chão e pisando em cima em seguida.

— Ótimo você perguntar. Vai ser maravilhoso explicar. — ele veem até mim. — Não vou ser ruim com você, Mariana! Até porque eu conheci o seu pai, olha que conhecidencia. — sinto uma dor no peito. Era só falar do meu pai que eu sentia uma enorme vontade de desabar.

— Você matou ele. — sinto o desgosto na minha voz e a raiva.

— Acusação é crime. — aponta o dedo pra mim. — Mas você não tem medo disso. Você matou uma pessoa, igual fizerem com o seu pai. Você não sentiu remorso, Mariana? — sinto o nó se formar na minha garganta e minhas mãos suarem. — e respondendo sua pergunta, não, não matei.

— Como você sabe disso tudo? — minha voz sai falha e embarcada pelo choro.

— Tico era meu filho. — meus ombros vacilam pra trás. Me fazendo perceber, que ali. Era meu belo, fim. — te conheço não é de hoje, garota. — ele me empurra me fazendo cair de costas no chão. Me ralando por conta da roupa que eu estava. — Você matou meu moloque.

Ele começa a chorar, fazendo um sinal para todos saírem. Fazendo apenas eu e ele ficar naquela rua deserta.

A sorte, andava ao meu lado.
A morte do meu pai.
A morte do Tico.
A morte da minha mãe.

Tudo me rodeava. Era como se eu estivesse em um jogo de azar. Onde, o universo estaria contra mim. Me fazendo pagar por coisas horríveis.

— Nunca quis que ele entrasse nessa. Mas entrou e moldou a mente no dinheiro. — o homem parecia estar numa brisa sem fim. Sua cabeça era distante. O que me causava mais medo. — quando recebi a notícia que ele tava morto, eu morri também. — ele chora mais ainda, demostrando a raiva, sua mão vai na sua cintura tirando uma faca me fazendo arregalar os olhos. — Você matou um moloque cheio de luz, o meu moleque.

Sinto minha respiração falhar assim que a lâmina fria enconsta na minha perna. Solto um grito de dor quando a faca corta minha perna. Um corte pequeno, me causando uma dor absurda. Sua outra mão vai para a minha boca. Abafando meu grito.

Eu tinha chances de fugir, mas o medo era maior. O desespero.

Por impulso e sufoco. Mordo sua mão fazendo ele se assustar, chuto sua outra mão fazendo a faca cair. Me arrasto para trás no asfalto quente e me levanto com dificuldade, mancando da perna que sangrava.

Mas o velho consegue se levantar rápido, puxando meu cabelo, me fazendo gemer com dor.

— Me perdoa pela morte do seu filho. Ele ia matar o meu amigo. — choro implorando pela sua misericórdia. Coisa que eu não recebi. Ao invés disso ele sorriu me virando para ele. Suas mãos me soltam me fazendo tentar permanecer em pé com uma perna só.

Antes de reagir, sua mão se fecha e seu punho acerta meu rosto com força, me fazendo cair no chão. Choro, gritando por socorro. Mas nada. Eu não obtinha respostas nenhuma.

Minha perna ardia e queimava pelo sol quente. A infecção que eu pegaria ali era enorme. Que me preocupava.

Ouço zuadas de vários carros. Mas eu não estava raciocinando direito.

Eu estava desesperada, causando uma crise de pânico em mim mesma.

— Seus amigos estão chegando. — ele sorri se agachando com a faca na mão. — vai ficar tudo bem. — ele me acaricia com a faca, passando levemente no meu rosto.

Sua mão se levanta e me assusto ao ver que ele me esfacaria. Assim que seu braço desce, me viro com tudo, evitando que acertasse no meu peito.

Ao sentir a faca fazer contato com a minha pele, grito com a dor que eu sentia. A faca estava no canto direito da minha barriga. Ele não tirou, me causando uma gastura absurda e a ardência.

Ele levanta rindo, me dando um tchau e saindo andando. Ouço os carros e as motos pararem, eu ouvia e via tudo, mas não reagia. Encosto minha cabeça no chão, direcionando minha mão na faca, onde grito sentindo dor.

— Mariana, Caralho! — vejo o Caio se sentando no asfalto. Meus olhos estavam pesados, eu estava sentindo sono.

Faço força pra falar mas nada saia.

Era bom, olhar o Caio nos olhos. Meu verdadeiro e único amor. Talvez, morrer em seus braços não seja a pior coisa.

— Tira. — única coisa que sai. Antes da minha visão curvar totalmente e formigar, me apagando.

×××
Música do início do capítulo:
IMORTAIS E FATAIS — BACU EXU DO BLUES

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