Para sempre você.

61.

"Você é linda, o mundo é seu, é só cê ter coragem"

Mariana Lima.

Segunda, e graças á Deus eu já estava melhor.

No domingo, fui no postinho perto de casa e tomei uma injeção para a garganta e tomei soro na veia. Hoje já estava me sentindo renovada.

Mandei uma mensagem para o Marcelo avisando que não precisava ele ir trabalhar hoje, que eu não abriria a clínica.

Comecei a trabalhar em uma clinica particular veterinária aqui no Leblon, meio período. De manhã, vai ser fácil conciliar com a do morro.

De manhã aqui, de tarde lá.

Estaciono o carro e desço entrando no shopping, indo para uma loja infantil comprar coisas paras os meus gêmeos. Acabei perdendo a noção do tempo e quase falindo ali, comprei tanta coisa que sai da loja rindo com tantas sacolas na mão.

Abro o fundo do carro e coloco todas as sacolas. Bato a porta e entro no carro, colocando o cinto e ligando o som na minha melhor playlist. Que na segunda música para, com meu celular tocando.

— Alô? — pergunto assim que atendo. Não vi o nome.

— Fala tu, branquela. — ouço a voz do Matias e reviro os olhos rindo. — Tá podendo falar?

— Tô sim, manda. — digo. Na verdade, eu estava dirigindo mas isso não atrapalharia.

— Quero fazer uma surpresa para a Morena, po. — arqueio as sobrancelhas.

Perdi quantos capítulos dessa novela deles?

— Que surpresa? — pergunto curiosa.

— Ih fia, relaxa que tu sabe. — Corta minha onda. — só que tô enrolado, sábado tenho uma pá de bagulho pra resolver, domingo é o chá de bebê da gravidoida. Só fica os dias da semana.

— Amanhã?

— Muito em cima.

— Quarta?

— Ela tá ocupada demais no salão, olhei a agenda dela.

— Quinta?

— Tenho uns negócios para resolver, e tem baba de noite. Nem dá!

— E sexta, Matias? — suspiro.

— Sexta tô numa boa.

Não era mais fácil ele ter falado isso assim que eu comecei a perguntar?

— Faz assim então, me manda as coisas que tem que comprar, assim que eu sair da clínica nois vai pra casa dela, pode ser? — sugiro estacionamento o carro de frente á minha casa.

— Eu já comprei tudo minha fia. — ele responde óbvio. Como se eu fosse obrigada a saber de tudo. — na sexta te encontro na clinica e nois desce pra casa dela.

— Tá bom, Md Chefe.

Desligo sem esperar ele dar tchau.

O moloque tava tirado demais.

(...)

Passar pelo amor da sua vida, todo os dias. E ter que o ignorar para poder ficar bem, é sim, o sentimento mas terrível que um ser humano pode sentir.

Caio foi a pessoa que me apresentou o amor. Que em meio de tantas coisas, sempre esteve comigo me fazendo se sentir amada. Independente das milhares de brigas.