72.

2.2K 155 16
                                    

"Eu acho que te querendo pra sempre. "

Mariana Lima.

Visto uma calça skinny jeans clara com uns rasgos, e um boddy preto decotado. Usar essas roupas enquanto me cabe. Já já, to vestindo extra G.

Termino de me arrumar e me olho no espelho, me vendo bem arrumada. Eu tinha feito uma maquiagem simples mas deixando a minha marca registrada nos lábios, meu lindo batom vermelho e meu cabelo com babylis.

— Tô indo. — Aviso pegando minha bolsa de ombro e colocando meu celular, cartão e documento dentro.

— Beleza. — reviro os olhos ao ouvir a voz seca do Coringa.

— Caio, eu já falei, que se for pra você ficar desse jeito, eu não vou! — suspiro cruzando os braços.

— Vai, caralho. — ele fala sem nem olhar na minha cara, tava com o olho vidrado na porra do celular.

— Beleza então. — saio do quarto batendo a porta. Tava sem paciência para começar uma briga sem motivo com ele.

Desço as escadas correndo vendo as duas me esperando. Saímos de casa entrando no carro vendo o relógio marcar cinco horas da tarde.

— Matias tá sem falar comigo. — Agnes fala baixo entrando no banco de trás. — Não gosto disso.

— Que se foda. — Carol fala entrando no lado do passageiro. — Eles tá achando o que? Será que eles esqueceram que eu estou perto de parir e que a Mariana tá grávida? — ela se questiona brava e eu ligo o carro indo em direção ao shopping. — idiotas.

— Eu falei pra ele que a gente so ia dar uma volta no shopping, só nois três. Mas não adiantou. — ela suspira.

— Caio tá seco comigo. — falo.

— Eles são uns otarios. — minha cunhada da de ombros sem se importar. — quer dizer que eles podem sair? Ir até para baladas. E nós três que somos amigas a anos não podemos passear no shopping.

Fico quieta.

Talvez, a forma como a Carol expressou na quarta, saiu de jeito estranho. Como se estivéssemos indo para uma boate, com homens pelados e bebidas alcoólicas. O que não seria uma má ideia.

Mas estou grávida, Carol também, e a Agnes, bom. A Agnes não iria para um lugar assim.

— Vamos parar de falar deles. — respondo decidida.

— É difícil amiga, nunca me imaginei dizendo isso... mas tô com saudades do Matias! — Agnes fala quase chorando e eu arregalo os olhos surpresa.

— Por essa eu realmente não esperava. — olho para ela pelo retrovisor.

— Vocês são lindos juntos. — Carol sorri me fazendo concordar. — Escuridão mesmo sendo atentado, tem um coração lindo e te ama muito, Agnes.

— Estamos pensando em morar juntos. — fala decidida e eu sorrio.

— Ja já vocês engravida. — digo estacionamento o carro no estacionamento do shopping.

— A não, por agora eu não quero. — ela nega desesperada. — já vai vir três crianças para mim bajular, e tá ótimo assim. Uma copia minha só daqui uns três anos.

Sorrio pensando em como nossas vidas podem mudar de uma forma tão repentina.

Descemos do carro e entramos no shopping conversando sobre diversos assuntos. Era bom estar com elas, minhas amigas e principalmente, família. Pessoas que a vida me presenteou e eu não imagino mais viver sem.

Não me imagino mais sem a calmaria e a postura do Lucas.
Ou sem as zoações e os apelidos do Matias.
Sem o estresse e a bipolaridade dos irmãos Souza.
Sem a Agnes para estar no controle de tudo.

— Ja me deu vontade de comer uma porção de batata frita com muito bacon e cheddar. — Carol fala assim que pisamos o pé na praça de alimentação me fazendo sentir o cheiro bom.

— Foi só você falar que a vontade bateu aqui, também! — falo rindo sentindo minha barriga roncar.

— Duas esfomeadas, meu Deus!

(...)

Passamos a tarde e a noite fora, comemos muito, compramos roupas e assistimos filmes. Agora, meia noite estávamos dentro do carro, já em frente casa, comendo açaí e rindo de palhaçadas de quando eramos novas.

— Quando a Agnes namorava o Felipe, uma vez ele traiu ela na frente dela, e deu a desculpa que a menina tinha engasgado com um chiclete e ele teve que fazer uma respiração boca boca.

— Que cara otario, mano. — falo indignada.

— Otaria era eu, que perdoava. — Agnes diz rindo. — rir para não chorar.

Rimos dela e descemos do carro travando o veículo. Carol pega a chave e destranca o portão.

— Que estranho... — murmuro vendo tudo em silêncio e a casa toda fechada e com luzes apagadas.

— Certeza que eles saíram! — Carol já diz abrindo a porta. — ou não...

Me aproximo dela, vendo a cena mais engraçada que eu poderia ver hoje.

Os três dormindo juntinhos em um colchão no chão, enquanto a televisão está ligada passando um filme de romance que eu nem conheço.

Prendo a risada e não perco tempo em tirar uma foto deles.

Agnes entra na sala com cuidado, acendendo a lanterna do celular.

— Vou pegar mais um colchão de casal. — fala e sai correndo me fazendo rir baixo.

Carol tranca a porta. E eu passo por eles indo para o quarto, colocando uma calça moletom e uma regata, pego dois travesseiros e uma coberta, desço as escadas devagar vendo a Carol lumiar a Agnes que ajeitava o colchão do lado do deles, assim que ela coloca, entrego os travesseiros e a coberta.

Pego o controle desligando a televisão, e deitando junto com as duas. Ficando uma cena bonita de se ver.

Dormimos as três no colchão, sem se importar que amanhã a coluna estaria daquele jeito.

×××
Música do início do capítulo:

TIPOS — DJONGA

Para sempre você. Where stories live. Discover now