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⚠️ A ordem dos capítulos foi desorganizada pelo o wattpad, peço que antes que comecem a leitura, visualizar a numeração do capítulo. ⚠️

" Era pra ser mais um romance, mas nós dois faz drama "

Caio Souza.

Entramos no hospital público. Vendo a situação precária. Pego os documentos da Mariana e levo para a recepção, afim, de pedir uma transferência para um particular. Após ajeitar tudo, sigo até o corredor, vendo todo mundo junto.

— Vão transferir ela, agora. — eles concordam e me sento. — Dona Fátima e Tia, vai com eles na ambulância. Iremos atrás de carro.

As duas concordam indo para a recepção. Matias não demora e aparece, assim que a Agnes o vê, corre e o abraça fortemente. Sorrio de lado, imaginando como a Mariana reagiria vendo isso. A garota é doida para que eles fiquem juntos. E falar aqui, é bonitinho até.

— Então vamos? — Carol pergunta se levantando.

Lc segura no seu braço á levando pra fora. Agnes me olha, como se me chamasse para ir com ela, nego fazendo sinal para que eles pudessem ir. Md faz um toque comigo e sai com ela.

Fico um tempão ali. Tava sem rumo, me sentindo sozinho. Perdido. Uma dor incondicional, tava tão aéreo, que nem perguntei o Md se ele pegou o cara que fez isso com a Mariana.

Me levanto saindo do hospital, e ando pela rua. Paro de frente á uma capelinha e me ajoelho de frente á Deus e Nossa Senhora, rezando todas as rezas que minha mãe havia me ensinado quando viva. Ela era muito religiosa e sempre quis, que eu seguisse seu rumo. Me dói ver que seu pedido, não foi realizado.

Após rezar, acendo uma vela e saio benzendo o corpo. Peço um uber e vou para o Hospital. Assim que chego, vou para o corredor principal, vendo a Tia Vilma sentada rezando. Me sento ao seu lado, apoiando minha cabeça no seu ombro, chorando.

Após finalizar sua reza, ela passa seus braços por volta do meu corpo, me acariciando devagar, me dando o conforto do seu colo.

Tempo ali com ela, vejo a Carol abrindo uma porta, nos chamando. Não perdemos tempo e entramos em outro corredor, maior.

— Pode falar, Doutor! Estão todos aqui. — Dona Fátima fala. Cruzo meus braços apreensivo e ele começa a falar.

— Ao meu ver, não rompeu nenhum órgão abdominal. O sangue, é normal pelo corte. Mas faremos alguns exames para checar se não rompeu algum vaso sanguíneo.

Suspiro aliviado, assim como todos. Uma peso enorme saiu das minhas costas.

— Então ela está livre de perigo. Não é? — Carol pergunta e ele concorda.

Sorrio com a notícia, mas ainda com a dor no peito. Me viro me sentando.

— Ás visitas só poderão ser liberadas amanhã. Depois vocês se enformam na recepção sobre os horários. — todos nós concordamos e ele sai.

— Vou para casa então, não comi direito e estou me sentindo um pouco tonta. — Carolinne fala.

— Melhor mesmo, Filha. — Tia Vilma fala. — Irei com você. Não temos o que fazer hoje, amanhã cedinho a gente vem.

Elas se despedem pedindo para darmos notícias e Lucas sai para levá-las.

Agnes se senta ao meu lado, com os olhinhos vermelhos. Abraço ela de lado que encosta a cabeça no meu peito.

— Vou ir pegar um café, vocês querem? — Negamos e Dona Fátima sai. Md se senta ao meu lado suspirando.

— O velho barbudo, era pai do Tico, Coringão. — me surpreendo respirando pesado. Tava explicado, o porque ele foi atrás da Mariana.

— O que fez com ele?

— Deixei amarrado, na salinha de tortura. — ele dá de ombros.

— Por favor, me deixem arrancar pelo menos um dedo dele. — Agnes pede se desencostando.

— Fique a vontade, Morena. — Md pisca pra ela e eu faço cara de nojo. — fica com ciúmes não amor. Meu 01 é você! — ele beija minha bochecha me pegando desprevenido e dou um tapa na sua cabeça bravo. Era de fuder mermo.

— Caralho Md, se liga, viado. — passo a mão na bochecha e ele e a Agnes ri.

Eles dois estavam aflitos também, mas queriam mostrar estarem dboa para me passar uma tranquilidade.

(...)

— Sua vez, mano. — Lc diz fechando a porta e eu respiro fundo. Me levanto devagar limpando as mãos suadas na roupa.

Eu tinha ficado por último para ver ela. Tava apreensivo pra caralho, mo medo, seila. Todos que entraram, não me falaram nada. Também nem fiz questão de perguntar.

Abro a porta fechando em seguida. Ando até a maca e ela me olha confusa.

— Que susto que tu me deu, branca. — Mariana ainda tinha o olhar confuso para mim. E piorou quando ela nem me respondeu nada. — Mariana?

— Quem é você?

Nessa hora achei que tinha ido no inferno e voltado. Meu coração chegou parar. Eu travei todinho, sem saber o que falar.

Minha boca abria e fechava, mas eu não conseguia falar nada. Tava em choque.

— Você é muito sem graça, Caio. — ela ri de lado e eu suspiro aliviado. — deveria ter surtado.

— Tu quase morreu e tá aí agora, fazendo graça. — sorrio para ela.

— Aprendi com o melhor. Não se esqueça, que quando você estava entre a vida e a morte, você debochou legal. — me lembro perfeitamente. Por fora eu tava bem tranquilo, por dentro. Já tava me imaginando pagando pelos meus pecados.

— Mas você me salvou!

— E agora você retribuio. — suspiro pesado. Me sentindo culpado. Beijo sua testa deixando uma lágrima cair. — não chora. — pede. — todo mundo que entrou aqui, chorou. Até o Md. — ri sem graça e me afasto. — vazo ruim não quebra. — pisca pra mim.

— Tava com saudades de tu, branca. — dou um selinho nela. — me doeu ver tu daquele jeito.

— Eu tô aqui. Viva pra contar história. — ela repousa a cabeça, cansada. — Caio. Posso te fazer uma pergunta?

— Pode.

— O que a gente é? — congelo. Não sabia o que eu responderia, porque, eu nem sabia o que a gente tem.

— Sei não, Branca. Mas tô gostando. — sorrio e ela fica séria.

— Tô muito cansada. Tudo bem se a gente conversar mais a tarde? — muda de assunto. Seus olhos piscam lentamente.

— Fica bem! — beijo sua testa e saio da sala.

Esperava outra coisa. Mas já fiquei chateadão. Mariana em um momento desse fazendo pergunta difícil e já ficando estranha. É de fode.

×××
Música do início do capítulo:
CAPRICORNIANA — POESIA ACÚSTICA 3.

Maratona (1/5)

Obrigada pelos 20K de leituras. 🤍

Para sempre você. Where stories live. Discover now